JESUS É A RESSURREIÇÃO E A VIDA

Mediante o diálogo de Jesus com Maria e Marta, por ocasião da morte de Lázaro, é possível compreender o ensinamento de Jesus a respeito da vida presente e futura.

A ressurreição de Lázaro é sinal de que a morte não tem a última palavra, mas é vencida pela vida, que teima em ressurgir após o estrago da morte. Aqui caberia a indagação: a morte é um fim ou novo começo: às vezes não conseguimos resposta das ciências, mas somente da fé.

Cristo, vencedor da morte, é a resposta ao enigma da morte do ser humano. Ele declara a Marta ser a ressurreição e a vida e diz que quem nele crê, mesmo que morra, viverá. Cristo é, portanto, a porta de acesso à vida definitiva e permanente junto a Deus. A morte é a condição necessária para a participação nessa vida que virá no futuro, mas já se inicia no presente. Como disse alguém:  “A morte é o “terminar de nascer”.

Para o cristão, é apenas a passagem para a vida nova. Com a morte, o fiel entra no “mundo de Deus”, passa a fazer parte da vida livre dos limites do presente. Um exemplo banal, mas ao nosso alcance de percepção para esclarecer essa passagem, talvez pudesse ser o da lagarta. A lagarta não morre, mas deixa de ser lagarta para se transformar em bela borboleta.

A ressurreição não é algo que se deve esperar só no futuro, mas realidade que experimentamos já no presente, sempre que procuramos superar os sinais de morte existentes na vida das pessoas. Numa realidade onde campeia a morte, somos chamados a dar a vida. Mesmo sob nuvens escuras, devemos defender o direito de todos à vida e nunca nos pôr ao lado de quem fabrica a morte. Jesus diz aos presentes no momento em que Lázaro é convidado a sair do túmulo: “Desatai-o e deixai-o ir”. Quantas pessoas há que, devido à pobreza e a tantos problemas, estão amarradas, sem condições de viver livre e dignamente e necessitadas de uma mão amiga e generosa para se libertar?

TEXTO PUBLICADO NO FOLHETO "O DOMINGO"