14. UMA OBRA QUE DEVE SER CONTINUADA
A Campanha da Fraternidade é quaresmal, de modo que o seu término será no domingo de Ramos, neste ano no dia 17 de abril. Quaresma é tempo de conversão, e conversão não é apenas para o tempo quaresmal: é para toda a vida e deve se manifestar em gestos concretos que demostrem que, de fato, a obra da graça divina produziu frutos que permanecem para a vida eterna.
Sendo assim a nossa conversão deve continuar produzindo frutos após o término da Quaresma também no que se refere ao enfrentamento do problema do aquecimento global e das mudanças climáticas.
O mais importante dessa continuidade, para além da ação propriamente dita, é o surgimento de uma mentalidade apoiada na mística que reconhece a Deus como o criador de todas as coisas que nos deu a responsabilidade de cuidar dos frutos de sua obra. Sendo assim não se trata simplesmente de uma ação humana em favor do meio ambiente, mas de uma parceria do ser humano com o próprio Deus. Essa parceria supõe envolvimento pessoa e comunitário, compromisso com os objetivos da criação e, principalmente, muito amor a Deus e aos irmãos e irmãs.
Portanto, é a mística a motivadora de um agir que adquire significados cada vez mais profundos, porque vincula a fé com a vida, tornado-se causa de uma postura existencial que não gera simplesmente atos, mas uma atitude séria e comprometedora em face do meio ambiente. Tal atitude, antes de tudo, deve ser fundamentada no relacionamento com o próprio Deus, de modo que o agir em relação ao meio ambiente seja por toda a vida.
Pe. José Adalberto Vanzella
Secretário-executivo do R. Nordeste 5
TEXTO PUBLICADO NO FOLHETO "O DOMINGO"
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