Bento XVI fala sobre quais são as ''coisas do alto'' e as ''coisas da terra'', indicando que o Ressuscitado é o caminho que leva ao céu
O Papa Bento XVI falou sobre a Páscoa, coração do mistério cristão, na Catequese desta quarta-feira, 27. Bento XVI indicou o objetivo e a missão dos cristãos: "fazer ressurgir no coração do próximo a esperança onde há o desespero, a alegria onde há tristeza, a vida onde há morte".
"A fé no Cristo ressuscitado transforma a existência, operando em nós uma contínua ressurreição", disse.
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.: NA ÍNTEGRA: Catequese de Bento XVI na Quarta-feira da Oitava da Páscoa
O Pontífice salientou que tudo começa a partir do fato de que Cristo ressuscitado dos mortos é o fundamento da fé. É da Páscoa que se irradia toda a liturgia da Igreja, que encontra nela conteúdo e significado. "A celebração litúrgica da morte e ressurreição de Cristo não é uma simples comemoração desse evento, mas é a sua atualização no mistério, para a vida de cada cristão e de cada comunidade eclesial, para a nossa vida", destacou.
"Como podemos então fazer tornar-se 'vida' a Páscoa? Como pode assumir uma 'forma' pascal toda a nossa existência interior e exterior? Devemos partir da compreensão autêntica da ressurreição de Jesus. [...] A ressurreição de Cristo é a via para uma vida não mais submetida à caducidade do tempo, mas uma vida imersa na eternidade de Deus. Na ressurreição de Jesus inicia uma nova condição do ser homens, que ilumina e transforma o nosso caminho de cada dia e abre um futuro qualitativamente diferente e novo para a humanidade inteira", ressaltou.
Se cada cristão e cada comunidade vive a experiência da passagem da Ressurreição, certamente será fermento novo no mundo. "Nós, cristãos, crendo firmemente que a ressurreição de Cristo renovou o homem sem retirá-lo do mundo em que constrói a sua história, devemos ser as testemunhas luminosas dessa vida nova que a Páscoa trouxe. A luz da ressurreição de Cristo deve penetrar este nosso mundo, deve chegar como mensagem de verdade e de vida a todos os homens através do nosso testemunho cotidiano", pediu.
Coisas do alto e da terra
Com base no trecho da Carta de São Paulo aos Colossenses - "Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da terra" (3,1-2) -, o Sucessor de Pedro explicou o autêntico sentido das palavras do Apóstolo:
"O Apóstolo precisa muito bem aquilo que entende pelas 'coisas do alto', que o cristão deve buscar, e as 'coisas da terra', das quais deve proteger-se. [Com] 'coisas da terra', deseja claramente fazer compreender aquilo que pertence ao 'homem velho' do qual o cristão deve despir-se, para revestir-se de Cristo. Com igual clareza São Paulo indica-nos quais são as 'coisas do alto', que o cristão deve, ao contrário, buscar e apreciar. Essas dizem respeito àquilo que pertence ao 'homem novo', que revestiu-se de Cristo uma vez por todas no Batismo, mas que tem sempre necessidade de renovar-se 'à imagem d'Aquele que o criou'", explicou.
O Santo Padre disse que é verdade o fato de sermor cidadãos da pátria celeste, mas o caminho rumo a essa meta deve ser percorrido cotidianamente já sobre essa terra. "Participando desde agora da vida de Cristo ressuscitado, devemos viver como homens novos neste mundo, no coração da cidade terrena".
A audiência
O encontro do Bispo de Roma com os cerca de 25 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro aconteceu às 10h30 (horário de Roma - 5h30 no horário de Brasília). O Papa fez uma pausa no período de descanso na residência pontifícia de Castel Gandolfo - a pouco mais de 20 quilômetros de Roma - para se reunir com os fiéis provenientes de vários lugares do mundo no Vaticano.
O Santo Padre fez o trajeto entre as duas cidades de helicóptero e, ao término da Catequese, retornou para a cidade do interior da Itália, em que se encontra desde a tarde do Domingo de Páscoa, 24, após a intensa programação da Semana Santa.
Na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Papa salientou:
"Queridos peregrinos de língua portuguesa, particularmente os portugueses vindos de Lisboa e da Sertã e os brasileiros de Poços de Caldas, a minha saudação, com votos duma boa continuação de santa Páscoa! Não podemos guardar só para nós a vida e a alegria que Cristo nos deu com a sua Ressurreição, mas devemos transmiti-la a quantos se aproximam de nós. Assim, fareis surgir no coração dos outros a esperança, a felicidade e a vida! Sobre vós e vossas famílias, desça a minha Bênção Apostólica!".
FONTE: http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=281437
"A fé no Cristo ressuscitado transforma a existência, operando em nós uma contínua ressurreição", disse.
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O Pontífice salientou que tudo começa a partir do fato de que Cristo ressuscitado dos mortos é o fundamento da fé. É da Páscoa que se irradia toda a liturgia da Igreja, que encontra nela conteúdo e significado. "A celebração litúrgica da morte e ressurreição de Cristo não é uma simples comemoração desse evento, mas é a sua atualização no mistério, para a vida de cada cristão e de cada comunidade eclesial, para a nossa vida", destacou.
"Como podemos então fazer tornar-se 'vida' a Páscoa? Como pode assumir uma 'forma' pascal toda a nossa existência interior e exterior? Devemos partir da compreensão autêntica da ressurreição de Jesus. [...] A ressurreição de Cristo é a via para uma vida não mais submetida à caducidade do tempo, mas uma vida imersa na eternidade de Deus. Na ressurreição de Jesus inicia uma nova condição do ser homens, que ilumina e transforma o nosso caminho de cada dia e abre um futuro qualitativamente diferente e novo para a humanidade inteira", ressaltou.
Se cada cristão e cada comunidade vive a experiência da passagem da Ressurreição, certamente será fermento novo no mundo. "Nós, cristãos, crendo firmemente que a ressurreição de Cristo renovou o homem sem retirá-lo do mundo em que constrói a sua história, devemos ser as testemunhas luminosas dessa vida nova que a Páscoa trouxe. A luz da ressurreição de Cristo deve penetrar este nosso mundo, deve chegar como mensagem de verdade e de vida a todos os homens através do nosso testemunho cotidiano", pediu.
Coisas do alto e da terra
Com base no trecho da Carta de São Paulo aos Colossenses - "Se, portanto, ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus. Afeiçoai-vos às coisas lá de cima, e não às da terra" (3,1-2) -, o Sucessor de Pedro explicou o autêntico sentido das palavras do Apóstolo:
"O Apóstolo precisa muito bem aquilo que entende pelas 'coisas do alto', que o cristão deve buscar, e as 'coisas da terra', das quais deve proteger-se. [Com] 'coisas da terra', deseja claramente fazer compreender aquilo que pertence ao 'homem velho' do qual o cristão deve despir-se, para revestir-se de Cristo. Com igual clareza São Paulo indica-nos quais são as 'coisas do alto', que o cristão deve, ao contrário, buscar e apreciar. Essas dizem respeito àquilo que pertence ao 'homem novo', que revestiu-se de Cristo uma vez por todas no Batismo, mas que tem sempre necessidade de renovar-se 'à imagem d'Aquele que o criou'", explicou.
O Santo Padre disse que é verdade o fato de sermor cidadãos da pátria celeste, mas o caminho rumo a essa meta deve ser percorrido cotidianamente já sobre essa terra. "Participando desde agora da vida de Cristo ressuscitado, devemos viver como homens novos neste mundo, no coração da cidade terrena".
A audiência
O encontro do Bispo de Roma com os cerca de 25 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro aconteceu às 10h30 (horário de Roma - 5h30 no horário de Brasília). O Papa fez uma pausa no período de descanso na residência pontifícia de Castel Gandolfo - a pouco mais de 20 quilômetros de Roma - para se reunir com os fiéis provenientes de vários lugares do mundo no Vaticano.
O Santo Padre fez o trajeto entre as duas cidades de helicóptero e, ao término da Catequese, retornou para a cidade do interior da Itália, em que se encontra desde a tarde do Domingo de Páscoa, 24, após a intensa programação da Semana Santa.
Na saudação aos fiéis de língua portuguesa, o Papa salientou:
"Queridos peregrinos de língua portuguesa, particularmente os portugueses vindos de Lisboa e da Sertã e os brasileiros de Poços de Caldas, a minha saudação, com votos duma boa continuação de santa Páscoa! Não podemos guardar só para nós a vida e a alegria que Cristo nos deu com a sua Ressurreição, mas devemos transmiti-la a quantos se aproximam de nós. Assim, fareis surgir no coração dos outros a esperança, a felicidade e a vida! Sobre vós e vossas famílias, desça a minha Bênção Apostólica!".
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