domingo, 31 de agosto de 2008

JESUS FALA DA SUA MORTE E DA SUA RESSURREIÇÃO


Mt 16,21-27

Daí em diante, Jesus começou a dizer claramente aos discípulos:
- Eu preciso ir para Jerusalém, e ali os líderes judeus, os chefes dos sacerdotes e os mestres da Lei farão com que eu sofra muito. Eu serei morto e, no terceiro dia, serei ressuscitado.
Então Pedro o levou para um lado e começou a repreendê-lo, dizendo:
- Que Deus não permita! Isso nunca vai acontecer com o senhor!
Jesus virou-se e disse a Pedro:
- Saia da minha frente, Satanás! Você é como uma pedra no meu caminho para fazer com que eu tropece, pois está pensando como um ser humano pensa e não como Deus pensa.
E Jesus disse aos discípulos:
- Se alguém quer ser meu seguidor, esqueça os seus próprios interesses, esteja pronto para morrer como eu vou morrer e me acompanhe. Pois quem põe os seus próprios interesses em primeiro lugar nunca terá a vida verdadeira; mas quem esquece a si mesmo por minha causa terá a vida verdadeira. O que adianta alguém ganhar o mundo inteiro, mas perder a vida verdadeira? Pois não há nada que poderá pagar para ter de volta essa vida. Pois o Filho do Homem virá na glória do seu Pai com os seus anjos e então recompensará cada um de acordo com o que fez

Comentário do Evangelho Anúncio da paixão

Jesus vinha exercendo seu ministério na Galiléia, onde se misturavam gentios e colônias judaicas, e nas regiões gentílicas vizinhas. Agora, tendo chegado bem ao norte, em Cesaréia de Filipe, como que dando por encerrado seu ministério nestas regiões, Jesus toma a decisão de voltar ao sul e, atravessando a Galiléia, seguir o caminho de Jerusalém. Nesta nova etapa de seu ministério, Jesus decide fazer seu anúncio libertador e vivificante diretamente entre as multidões de fieis do judaísmo que acorriam a Jerusalém, para atenderem ao preceito religioso de cumprir o dever de celebrar a Páscoa. Esta era a principal festa religiosa da tradição de Israel, e era a ocasião de todos os fieis, particularmente os que moravam em regiões mais distantes, trouxessem suas ofertas e dízimos anuais ao Templo.
Jesus tinha consciência de que os chefes das sinagogas e do Templo de Jerusalém tinham a intenção de, em algum momento oportuno, matá-lo. A pregação e a prática libertadora de Jesus suscitara o ódio destes chefes, que tinham garantidos sua autoridade e seu poder a partir da Lei opressora, elaborada ao longo da tradição de Israel.
Agora, a ida a Jerusalém poderia ser fatal. Contudo Jesus não renuncia ao propósito de anunciar ao mundo, sem restrições, o projeto de Pai, de libertar o mundo de toda opressão e promover a vida plena para todos.
Jesus, então, fala aos discípulos sobre as provações que o aguardam em Jerusalém. Ë o chamado "anúncio da Paixão". Este "anúncio" pode ter dois sentidos. Na perspectiva messiânica é o sofrimento necessário redentor, de acordo com a tradição do Primeiro Testamento. Porém pode significar a comum prática repressora dos poderosos deste mundo que não toleram e procuram destruir todo aquele que promove a libertação do povo oprimido, tal como foi Jesus em toda sua vida.
Mateus, em seu evangelho, faz um contraste. Pedro, ao identificar Jesus com o Cristo, tinha uma revelação de Deus, era proclamado como pedra da Igreja, a as portas do inferno não prevaleceriam sobre ela (cf. 7 ago.). Agora, ao rejeitar o confronto de Jesus em Jerusalém, não tem a compreensão das coisas de Deus, é pedra de tropeço, e satanás.
Jesus convida os discípulos a consagrarem sua vida à causa da justiça e da vida. Seduzidos pelo chamado de Jesus (primeira leitura), empenham-se em renovar as estruturas deste mundo conformando-o a tudo que é bom, justo, e agradável a Deus (segunda leitura).

Oração
Pai, coloca-me em sintonia com teu Filho Jesus, cuja morte resultou da fidelidade a ti, sem temer seguir o caminho que traçaras para ele.

sábado, 30 de agosto de 2008

OS TRÊS EMPREGADOS



Mt 25,14-30

Jesus continuou:
- O Reino do Céu será como um homem que ia fazer uma viagem. Ele chamou os seus empregados e os pôs para tomarem conta da sua propriedade. E lhes deu dinheiro de acordo com a capacidade de cada um: ao primeiro deu quinhentas moedas de ouro; ao segundo deu duzentas; e ao terceiro deu cem. Então foi viajar. O empregado que tinha recebido quinhentas moedas saiu logo, fez negócios com o dinheiro e conseguiu outras quinhentas. Do mesmo modo, o que havia recebido duzentas moedas conseguiu outras duzentas. Mas o que tinha recebido cem moedas saiu, fez um buraco na terra e escondeu o dinheiro do patrão. - Depois de muito tempo, o patrão voltou e fez um acerto de contas com eles. O empregado que havia recebido quinhentas moedas chegou e entregou mais quinhentas, dizendo: "O senhor me deu quinhentas moedas. Veja! Aqui estão mais quinhentas que consegui ganhar." - "Muito bem, empregado bom e fiel", disse o patrão. "Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!" - Então o empregado que havia recebido duzentas moedas chegou e disse: "O senhor me deu duzentas moedas. Veja! Aqui estão mais duzentas que consegui ganhar." - "Muito bem, empregado bom e fiel", disse o patrão. "Você foi fiel negociando com pouco dinheiro, e por isso vou pôr você para negociar com muito. Venha festejar comigo!" - Aí o empregado que havia recebido cem moedas chegou e disse: "Eu sei que o senhor é um homem duro, que colhe onde não plantou e junta onde não semeou. Fiquei com medo e por isso escondi o seu dinheiro na terra. Veja! Aqui está o seu dinheiro." - "Empregado mau e preguiçoso!", disse o patrão. "Você sabia que colho onde não plantei e junto onde não semeei. Por isso você devia ter depositado o meu dinheiro no banco, e, quando eu voltasse, o receberia com juros." - Depois virou-se para os outros empregados e disse: "Tirem dele o dinheiro e dêem ao que tem mil moedas. Porque aquele que tem muito receberá mais e assim terá mais ainda; mas quem não tem, até o pouco que tem será tirado dele. E joguem fora, na escuridão, o empregado inútil. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero."


Comentário do Evangelho

A parábola dos talentos

Neste texto de Mateus temos uma narrativa parabólica, caracterizada por sua extensão e seus detalhes. Baseia-se em situações reais de ambição, opressão e exclusão. Pela sua complexidade supõe-se que pode ter se originado de alguma fala de Jesus, porém sofreu acréscimos e interpretações ao ser transmitida pelas primeiras comunidades. A parábola tem um sentido escatológico, relativo ao fim dos tempos. Nas primeiras comunidades havia a expectativa de uma volta breve de Jesus. Mateus adverte as comunidades que se devia aguardar Jesus produzindo frutos concretos e não na passividade e indolência.


Oração

Pai, transforma-me em discípulo responsável que sabe aproveitar cada circunstância para fazer frutificar os dons que me concedes, colocando-os a serviço do meu próximo.

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

O empregado fiel e o empregado infiel



Mt 24,42-51

Fiquem vigiando, pois vocês não sabem em que dia vai chegar o seu Senhor. Lembrem disto: se o dono da casa soubesse quando ia chegar o ladrão, ficaria vigiando e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso vocês também fiquem vigiando, pois o Filho do Homem chegará na hora em que vocês não estiverem esperando.
Jesus disse ainda:
- Sabemos que é o empregado fiel e inteligente que o patrão encarrega de tomar conta dos outros empregados, para dar a eles os mantimentos no tempo certo. Feliz aquele empregado que estiver fazendo isso quando o patrão chegar! Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o patrão vai colocá-lo como encarregado de toda a sua propriedade. Mas, se o empregado for mau, pensará assim: "O meu patrão está demorando muito para voltar." Então começará a bater nos seus companheiros, e a comer, e a beber com os bêbados. E o patrão voltará no dia em que o empregado menos espera e na hora que ele não sabe. Aí o patrão mandará cortar o empregado em pedaços e o condenará a ir para o lugar aonde os hipócritas vão. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero.

Comentário do Evangelho Discurso escatológico

Este texto de Mateus é a conclusão do "discurso escatológico", sobre o fim dos tempos. Este "discurso" é uma coleção de textos que se constituíram como tradição das comunidades de discípulos de Jesus. Tais textos escatológicos estão presentes, também, nos evangelhos de Marcos e Lucas. Hoje temos duas parábolas na forma comparativa, exortando à vigilância. A motivação é a expectativa da volta do Senhor. Enquanto é aguardada esta volta deve-se vigiar, para não ser pego de surpresa. Esta expectativa da "volta do Senhor" foi se frustrando com o tempo, dando lugar à visão mais realista do encontro com Jesus, já presente entre nós, no nosso próximo e irmão, principalmente nos mais carentes e necessitados. Vigiar é estar atendo à vontade do Pai que quer que todos sejam um, sem privilegiados e excluídos. Estar sensível às necessidades de nossos irmãos, de modo a assumirmos o serviço como realização pessoal e partilha da vida.

Oração

Pai, faze de mim um servo fiel e prudente, disposto a pautar toda a sua vida pelos ensinamentos de teu Filho Jesus. Que eu jamais seja insensato!

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

BATIZADOS

Abertas inscrições para quem deseja batizar seu filho(a) na Paróquia N.Sra Aparecida no mês de outubro.
Conheça também o orkut da Paróquia Nossa Senhora Aparecida
http://www.orkut.com.br/Home.aspx

FESTA DE SANTA TEREZINHA

VEM AÍ... FESTA DE SANTA TEREZINHA!
TRÍDUO PREPARATÓRIO - 25, 26, 27 DE SETEMBRO E NO DIA 28 DIA DA FESTA.

VÁ SE ORGANIZANDO PARA QUE POSSAMOS TODOS NOS ENCONTRAR PARA CELEBRAR COMO FOI NO ANO PASSADO.

JUNTOS SOMOS MAIS!

GRUPO DE JOVENS

ESTAMOS COMEÇANDO NA PARÓQUIA UM
GRUPO DE JOVENS.
SE VOCÊ TEM 15 ANOS OU MAIS VENHA PARTICIPAR.
DEIXE SEU NOME NA SECRETARIA E CONVIDE SEUS AMIGOS PARA QUE VENHAM TAMBÉM.

SEMANA DA CATEQUESE

DE 24/08 A 30/08
SEMANA DA CATEQUESE NA MATRIZ COM FORMAÇÃO PARA OS CATEQUISTAS TODOS OS DIAS AS 19H30

O castigo dos hipócritas

Mt 23, 27-32

- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês são como túmulos pintados de branco, que por fora parecem bonitos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de podridão. Por fora vocês parecem boas pessoas, mas por dentro estão cheios de mentiras e pecados.
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês fazem túmulos bonitos para os profetas e enfeitam os monumentos das pessoas que viveram de modo correto. E dizem: "Se tivéssemos vivido no tempo dos nossos antepassados, não teríamos feito o que eles fizeram, não teríamos matado os profetas." Assim vocês confirmam que são descendentes daqueles que mataram os profetas. Portanto, vão e terminem o que eles começaram!



Comentário do Evangelho
Duas censuras

Com estas duas increpações, introduzidas por "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas...", completa-se o numero de sete, dirigidas contra estes chefes de Israel. Os sepulcros eram caiados para evitar algum contato involuntário de alguém que, assim, se tornaria impuro. A comparação com o sepulcro tem duplo sentido: a contradição entre a aparência e o interior, e o foco de contaminação. Os escribas e fariseus aparentam justiça mas por dentro estão cheios de injustiça, e, também, sua doutrina é contaminadora. No sétimo "ai", quando os escribas e fariseus enfeitam os túmulos afirmando que se tivessem vivido nos tempo de seus pais não teriam cumplicidade na morte dos profetas, eles estão reconhecendo que são filhos dos assassinos. E atingem o auge da hipocrisia, pois apresentando-se como piedosos, querem matar Jesus.
Temos nestes textos, com os versículos que seguem (vv. 33-39), uma das mais violentas denúncias contra o sistema do Templo e das sinagogas.



Oração

Pai, torna-me de tal modo transparente que meu íntimo possa ser revelado por meus gestos e atitudes. Livra-me de ser como um sepulcro caiado!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

As advertência de Jesus



Mt 23,23-26


- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês dão a Deus a décima parte até mesmo da hortelã, da erva-doce e do cominho, mas não obedecem aos mandamentos mais importantes da Lei, que são: o de serem justos com os outros, o de serem bondosos e o de serem honestos. Mas são justamente essas coisas que vocês devem fazer, sem deixar de lado as outras. Guias cegos! Coam um mosquito, mas engolem um camelo!
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês lavam o copo e o prato por fora, mas por dentro estes estão cheios de coisas que vocês conseguiram pela violência e pela ganância. Fariseu cego! Lave primeiro o copo por dentro, e então a parte de fora também ficará limpa!

Comentário do Evangelho Ai de vós, hipócritas!

Neste texto, com mais duas increpações que são introduzidas com a advertência: "Ai de vós...", temos a continuidade da contundente denúncia de Jesus quanto à incoerência e hipocrisia dos escribas e fariseus, que integravam a cúpula religiosa de Israel. As tradições da Lei de Israel, no decorrer do tempo, foram cada vez mais acrescidas com inumeráveis detalhes de observâncias religiosas e preceitos legais não condizentes com o projeto de Deus de libertação e comunicação de vida a todos. Os chefes religiosos retinham não só o poder religioso mas também o poder político sobre o povo de Israel. Nas tradições eles tinham o fundamento de seu poder, e atinham-se às observâncias legais como meio de afirmação de seu prestígio e de opressão do povo. Estas observâncias legais, por sua vez, limitavam-se a aspectos secundários em relação aos problemas reais da vida. Estas denúncias de Jesus chamam a atenção sobre isto. Atrelados a pequenas questões de aparência os chefes religiosos abandonam o essencial, que é o direito, a misericórdia, a fidelidade e a sinceridade.

Oração
Pai, dá-me pureza de coração para que do meu interior brotem a justiça, a misericórdia e a fidelidade, e assim, eu possa guiar meus semelhantes na caminhada para ti.

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Jesus condena o fingimento

Mt 23,13-22
- Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês fecham a porta do Reino do Céu para os outros, mas vocês mesmos não entram, nem deixam que entrem os que estão querendo entrar. - Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês exploram as viúvas e roubam os seus bens e, para disfarçarem, fazem longas orações! Por isso o castigo de vocês será pior!] - Ai de vocês, mestres da Lei e fariseus, hipócritas! Pois vocês atravessam os mares e viajam por todas as terras a fim de procurar converter uma pessoa para a sua religião. E, quando conseguem, tornam essa pessoa duas vezes mais merecedora do inferno do que vocês mesmos. - Ai de vocês, guias cegos! Pois vocês ensinam assim: "Se alguém jurar pelo Templo, não é obrigado a cumprir o juramento. Mas, se alguém jurar pelo ouro do Templo, então é obrigado a cumprir o que jurou." Tolos e cegos! Qual é mais importante: o ouro ou o Templo que santifica o ouro? Vocês também ensinam isto: "Se alguém jurar pelo altar, não é obrigado a cumprir o juramento. Mas, se jurar pela oferta que está no altar, então é obrigado a cumprir o que jurou." Cegos! Qual é mais importante: a oferta ou o altar que santifica a oferta? Por isso, quando alguém jura pelo altar, está jurando pelo altar e por todas as ofertas que estão em cima dele. Quando alguém jura pelo Templo, está jurando pelo Templo e por Deus, que mora ali. E, quando alguém jura pelo céu, está jurando pelo trono de Deus e pelo próprio Deus, que está sentado nele.



Comentário do Evangelho

Ai de vós

Jesus, com sua prática e com seus ensinamentos, sempre esteve empenhado em libertar o povo oprimido e excluído pelo legalismo religioso sediado no Templo de Jerusalém. Mateus, no capítulo 23 de seu evangelho, apresenta uma contundente denúncia de Jesus quanto à incoerência dos escribas e fariseus, membros da cúpula religiosa de Israel. Hoje temos três das sete increpações, introduzidas sempre com a expressão "Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas...", que explicitam as suas várias incoerências: estes chefes religiosos recusam entrar no Reino dos Céus e impedem os outros de entrarem; quando conquistam adeptos de sua religião os põem a perder; e induzem seus fieis a jurarem pelo ouro do Santuário. Estas advertências também são dirigidas à própria comunidade de Mateus, com discípulos oriundos do judaísmo, para que não retornem à antiga prática a que haviam renunciado



Oração

Pai, dá-me a graça de ser um evangelizador sincero. E livra-me da hipocrisia de exigir dos outros o que eu mesmo não faço.

domingo, 24 de agosto de 2008

A afirmação de Pedro

Mt 16,13-20

Jesus foi para a região que fica perto da cidade de Cesaréia de Filipe. Ali perguntou aos discípulos:
- Quem o povo diz que o Filho do Homem é?
Eles responderam:
- Alguns dizem que o senhor é João Batista; outros, que é Elias; e outros, que é Jeremias ou algum outro profeta.
- E vocês? Quem vocês dizem que eu sou? - perguntou Jesus.
Simão Pedro respondeu:
- O senhor é o Messias, o Filho do Deus vivo.
Jesus afirmou:
- Simão, filho de João, você é feliz porque esta verdade não foi revelada a você por nenhum ser humano, mas veio diretamente do meu Pai, que está no céu. Portanto, eu lhe digo: você é Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e nem a morte poderá vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino do Céu; o que você proibir na terra será proibido no céu, e o que permitir na terra será permitido no céu.
Então Jesus ordenou que os discípulos não contassem a ninguém que ele era o Messias.



Comentário do Evangelho
Tu és o Filho de Deus

Esta narrativa da "confissão de Pedro" é encontrada nos três evangelhos sinóticos, de Marcos, de Mateus e de Lucas. Cada um destes evangelistas imprime uma característica pessoal à sua narrativa.
Marcos, que é o primeiro dos evangelhos canônicos a ser escrito, situa a passagem narrada no momento em que Jesus encerra seu ministério entre os gentios da Galiléia e das regiões vizinhas, iniciando o caminho para Jerusalém, em ambiente de exclusividade judaica, onde se dará o confronto final com os chefes de Israel. Marcos se preocupa em mostrar que Jesus rejeita o título messiânico, indicativo de ambição e poder, afirmando-se como o simples e humilde humano, cheio do amor de Deus e comunicador deste amor que dura para sempre. Um sinal de seu despojamento é a sua vulnerabilidade à morte programada pelos chefes do Templo e das sinagogas.
Lucas, por sua vez, despreocupa-se com a situação temporal do episódio narrado, colocando-o em um momento de oração de Jesus. Uma das características de Lucas é justamente registrar com freqüência estes momentos de oração. Lucas conclui sua narrativa, como Marcos, registrando a rejeição sumária de Jesus ao título messiânico.
No texto de Mateus, acima, encontramos duas de suas características dominantes. Mateus acentua a dimensão messiânica de Jesus e já apresenta sinais da instituição eclesial nascente. Mateus escreve na década de 80, quando os discípulos de Jesus oriundos do judaísmo estavam sendo expulsos das sinagogas que até então freqüentavam. Mateus pretende convencer estes discípulos de que em Jesus se realizavam suas esperanças messiânicas moldadas sob a antiga tradição de Israel. Daí o acentuado caráter messiânico atribuído a Jesus por Mateus. Os cristãos, afastados das sinagogas, começam a estruturar-se em uma instituição religiosa própria, na qual a figura de referência é Pedro, já martirizado em Roma. Na menção às chaves do Reino dos Céus conferidas a Pedro, com o poder de ligar e desligar, podemos ver uma recorrência da atribuição das chaves do palácio de Davi a Eliacim, administrador real, que terá o poder de abrir e fechar (primeira leitura).
A revelação de Deus, atribuída a Pedro no texto de Mateus, ultrapassa as limitadas formulações da inteligência humana (segunda leitura). Porém, no ato de amor, à semelhança de Jesus, mergulha-se na própria vida divina e eterna.



Oração

Pai, faze de mim um bem-aventurado, como o apóstolo Pedro, revelando-me teu Filho Jesus, e dando-me força para testemunhar minha fé até o fim.

sábado, 23 de agosto de 2008

O tesouro escondido

Mt 13,44-46

- O Reino do Céu é como um tesouro escondido num campo, que certo homem acha e esconde de novo. Fica tão feliz, que vende tudo o que tem, e depois volta, e compra o campo.

- O Reino do Céu é também como um comerciante que anda procurando pérolas finas. Quando encontra uma pérola que é mesmo de grande valor, ele vai, vende tudo o que tem e compra a pérola.

Comentário do Evangelho O enígma das parábolas

Nas memórias de Jesus, elaboradas pelas primeiras comunidades, são abundantes as parábolas e as narrativas de milagres. O enigma das parábolas e o espantoso dos milagres são atraentes para uma piedade mais superficial. Contudo, um amadurecimento progressivo leva a uma compreensão maior do mistério da encarnação.
Estas duas parábolas de hoje podem ser associadas ao conselho da opção pela pobreza proposta por Jesus na passagem do encontro com o jovem rico: "Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens e dá aos pobres, e terás um tesouro nos céus. Depois, vem e segue-me".
Nossa vocação consiste em estarmos disponíveis para a partilha e para o serviço à vida, principalmente onde ela é mais ameaçada. Podemos descobrir o "tesouro" do Reino na própria realidade do mundo de hoje. É a misericórdia para com os excluídos e marginalizados. É a solidariedade para com os empobrecidos por esta sociedade competitiva e exploradora. É o serviço e a partilha com os mais necessitados. É o empenho na implantação da justiça que permita a todos o usufruto dos bens deste mundo. É a alegria do convívio fraterno e da comunicação do amor.
Rosa de Lima, padroeira da América é lembrada como aquela que desapegou-se de todos os bens para colocar-se a serviço dos pobres.

Oração
Pai, que eu seja decidido e rápido em desfazer-me do que me impede de acolher plenamente o teu Reino. Que meu coração nunca se apegue a coisa alguma deste mundo.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

DICAS

Mãos ásperas - Banhá-las com água morna, misturada com um pouco de amoníaco comprado em farmácia - Elas ficarão muito lisas.
Também pode-se misturar açucar em um pouco de espuma de sabonete. Esfrega-se uma mão contra a outra.

Borra de café - Bom para retirar mal cheiro das mãos e também alisam as mãos.

Cotovelos ásperos - Acostume-se a esfregar os cotovelos com pedra pomes na hora do banho.
Pode-se também passar limão.

Joelhos ásperos - Esfregar limão ou pedra pomes.

Mancha de tinta a óleo - Na falta de querosene usar cera de assoalho.

Calos - Amasse um dente de alho, óleo de oliva quente. Coloque sobre o calo e envolva com gaze.
Fazer diariamente assim o calo vai secar e cair.

Cheiro forte em vasilhas saem facilmente se as deixarmos de molho de um dia para o outro na borra do café.

Mancha de caneta - Limpar esfregando suco de tomate.

Esmalte grosso - Junte gotas de álcool 90º

Cheiro forte de água sanitária - Saem esfregando um pouco de leite ou borra de café - em seguida lavar as mãos com sabonete.

O nascimento de Jesus é anunciado

Lc 1,26-38

Quando Isabel estava no sexto mês de gravidez, Deus enviou o anjo Gabriel a uma cidade da Galiléia chamada Nazaré. O anjo levava uma mensagem para uma virgem que tinha casamento contratado com um homem chamado José, descendente do rei Davi. Ela se chamava Maria. O anjo veio e disse:
- Que a paz esteja com você, Maria! Você é muito abençoada. O Senhor está com você.
Porém Maria, quando ouviu o que o anjo disse, ficou sem saber o que pensar. E, admirada, ficou pensando no que ele queria dizer. Então o anjo continuou:
- Não tenha medo, Maria! Deus está contente com você. Você ficará grávida, dará à luz um filho e porá nele o nome de Jesus. Ele será um grande homem e será chamado de Filho do Deus Altíssimo. Deus, o Senhor, vai fazê-lo rei, como foi o antepassado dele, o rei Davi. Ele será para sempre rei dos descendentes de Jacó, e o Reino dele nunca se acabará.
Então Maria disse para o anjo:
- Isso não é possível, pois eu sou virgem!
O anjo respondeu:
- O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Deus Altíssimo a envolverá com a sua sombra. Por isso o menino será chamado de santo e Filho de Deus. Fique sabendo que a sua parenta Isabel está grávida, mesmo sendo tão idosa. Diziam que ela não podia ter filhos, no entanto agora ela já está no sexto mês de gravidez. Porque para Deus nada é impossível.
Maria respondeu:
- Eu sou uma serva de Deus; que aconteça comigo o que o senhor acabou de me dizer!
E o anjo foi embora.

Comentário do Evangelho Nossa Senhora Rainha

A escolha de Maria, uma jovem da periferia da Galiléia, para ser a mãe de Jesus, Filho de Deus, nos revela que o projeto de Deus difere dos projetos dos homens neste mundo. O poder e o prestígio tão ansiosamente buscados, nada significam para Deus. Maria viveu a humildade e o serviço e nisto identifica-se com seu filho Jesus. O título de "rainha" aplicado a Maria não indica poder e superioridade, mas sim amor que se doa, cativa, e se comunica. Maria está presente em nossos lares, nas alegrias e nos sofrimentos, nos confortando, como mãe e companheira de caminhada no seguimento de Jesus.

Oração
Pai, plenifica-me com tua graça, como fizeste com Maria, de forma que eu possa ser fiel como ela ao teu desígnio de salvação para a humanidade.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

RECEITAS DA MARTA - PASTORAL DA CRIANÇA

Trança (Pão)
5 ovos, 01 colher rasa de sal, 1.1/2 copo de açúcar, 03 copos de leite morno, 50gr de fermento (pão), 02 kg de trigo, ½ copo de óleo.

Bater no liquidificador o ovo (deixe um ovo para passar no pão antes de assar), o leite e o açúcar. Coloque em uma bacia o líquido e vá acrescentando o trigo aos poucos até despregar das mãos e sovar bem a massa. Cortar a massa em 04 partes e fazer a trança.
Cada pedaço da para fazer 04 tranças.


Bolo de água

04 ovos, 1.1/2 xícara de açúcar, 04 xícaras de trigo, 01 colher de fermento, 1.1/2 de água.

Bater os ovos e açúcar na batedeira. Depois colocar o trigo e a água com a batedeira ligada.
Fez a massa coloque o fermento e mexa devagar.
Coloque para assar em forma untada.

A festa de casamento

Mt 22,1-14

De novo Jesus usou parábolas para falar ao povo. Ele disse:
- O Reino do Céu é como um rei que preparou uma festa de casamento para seu filho. Depois mandou os empregados chamarem os convidados, mas eles não quiseram vir. Então mandou outros empregados com o seguinte recado: "Digam aos convidados que tudo está preparado para a festa. Já matei os bezerros e os bois gordos, e tudo está pronto. Que venham à festa!"
- Mas os convidados não se importaram com o convite e foram tratar dos seus negócios: um foi para a sua fazenda, e outro, para o seu armazém. Outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram. O rei ficou com tanta raiva, que mandou matar aqueles assassinos e queimar a cidade deles. Depois chamou os seus empregados e disse: "A minha festa de casamento está pronta, mas os convidados não a mereciam. Agora vão pelas ruas e convidem todas as pessoas que vocês encontrarem."
- Então os empregados saíram pelas ruas e reuniram todos os que puderam encontrar, tanto bons como maus. E o salão de festas ficou cheio de gente. Quando o rei entrou para ver os convidados, notou um homem que não estava usando roupas de festa e perguntou: "Amigo, como é que você entrou aqui sem roupas de festa?"
- Mas o homem não respondeu nada. Então o rei disse aos empregados: "Amarrem os pés e as mãos deste homem e o joguem fora, na escuridão. Ali ele vai chorar e ranger os dentes de desespero."
E Jesus terminou, dizendo:
- Pois muitos são convidados, mas poucos são escolhidos.

Comentário do Evangelho
A festa de casamento


Temos aqui uma narrativa parabólica na qual se pode perceber o estilo e a criação literária de Mateus. A presença da violência e da crueldade está também em algumas outras parábolas de Mateus, o que não acontece na narrativa de Lucas, paralela a esta (cf. 4 nov.). A cidade incendiada pelas tropas do rei parece se referir a Jerusalém incendiada pelos romanos no ano setenta, que Mateus interpreta como castigo pela morte de Jesus.
A parábola é dirigida aos chefes dos judeus, que se julgavam o povo eleito, e que, rejeitando Jesus, perderam seu espaço para os gentios que creram e aderiram a Jesus.

Oração
Pai, tendo respondido ao teu convite para ser discípulo do Reino, desejo conformar toda a minha vida ao teu querer sendo fiel a ti.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Os trabalhadores da plantação de uvas

Mt 20,1-16a
Jesus disse: - O Reino do Céu é como o dono de uma plantação de uvas que saiu de manhã bem cedo para contratar trabalhadores para a sua plantação. Ele combinou com eles o salário de costume, isto é, uma moeda de prata por dia, e mandou que fossem trabalhar na sua plantação. Às nove horas, saiu outra vez, foi até a praça do mercado e viu ali alguns homens que não estavam fazendo nada. Então disse: "Vão vocês também trabalhar na minha plantação de uvas, e eu pagarei o que for justo." - E eles foram. Ao meio-dia e às três horas da tarde o dono da plantação fez a mesma coisa com outros trabalhadores. Eram quase cinco horas da tarde quando ele voltou à praça. Viu outros homens que ainda estavam ali e perguntou: "Por que vocês estão o dia todo aqui sem fazer nada?" - "É porque ninguém nos contratou!" - responderam eles. - Então ele disse: "Vão vocês também trabalhar na minha plantação." - No fim do dia, ele disse ao administrador: "Chame os trabalhadores e faça o pagamento, começando com os que foram contratados por último e terminando pelos primeiros." - Os homens que começaram a trabalhar às cinco horas da tarde receberam uma moeda de prata cada um. Então os primeiros que tinham sido contratados pensaram que iam receber mais; porém eles também receberam uma moeda de prata cada um. Pegaram o dinheiro e começaram a resmungar contra o patrão, dizendo: "Estes homens que foram contratados por último trabalharam somente uma hora, mas nós agüentamos o dia todo debaixo deste sol quente. No entanto, o pagamento deles foi igual ao nosso!" - Aí o dono disse a um deles: "Escute, amigo! Eu não fui injusto com você. Você não concordou em trabalhar o dia todo por uma moeda de prata? Pegue o seu pagamento e vá embora. Pois eu quero dar a este homem, que foi contratado por último, o mesmo que dei a você. Por acaso não tenho o direito de fazer o que quero com o meu próprio dinheiro? Ou você está com inveja somente porque fui bom para ele?" E Jesus terminou, dizendo: - Assim, aqueles que são os primeiros serão os últimos, e os últimos serão os primeiros.


Comentário do Evangelho

Os últimos serão os primeiros

Esta parábola é exclusiva de Mateus. Com ela, Mateus procura instruir suas comunidades de cristãos originários do judaísmo no sentido de reconhecerem a autenticidade da fé dos discípulos gentios que aderiram a Jesus. Se o judaísmo reivindica uma antiguidade em sua eleição, em nome de sua tradição, devem abrir mão desta pretensão e reconhecer que a adesão a Jesus e a comunhão de vida eterna com o Pai é fruto do amor e da misericórdia, a serem vividos na atualidade. A contundente afirmação final subverte a tradição: os últimos serão os primeiros.


Oração

Pai, que eu jamais me deixe levar pelo espírito de ambição e de rivalidade, convencido de que, no Reino, somos todos iguais, teus filhos.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

O seguimento de Jesus implica despojamento

Mt 19,23-30
Jesus então disse aos discípulos: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: é muito difícil um rico entrar no Reino do Céu. E digo ainda que é mais difícil um rico entrar no Reino de Deus do que um camelo passar pelo fundo de uma agulha. Quando ouviram isso, os discípulos ficaram muito admirados e perguntavam: - Então, quem é que pode se salvar? Jesus olhou para eles e respondeu: - Para os seres humanos isso não é possível; mas, para Deus, tudo é possível. Aí Pedro disse: - Veja! Nós deixamos tudo e seguimos o senhor. O que é que nós vamos ganhar? Jesus respondeu: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando chegar o tempo em que Deus vai renovar tudo e o Filho do Homem se sentar no seu trono glorioso, vocês, os meus discípulos, também vão sentar-se em doze tronos para julgar as doze tribos do povo de Israel. E todos os que, por minha causa, deixarem casas, irmãos, irmãs, pai, mãe, filhos ou terras receberão cem vezes mais e também a vida eterna. Muitos que agora são os primeiros serão os últimos, e muitos que agora são os últimos serão os primeiros.


Comentário do Evangelho

A recompensa

Os discípulos ficam pasmados quando Jesus fala da dificuldade do rico entrar no Reino dos Céus. Tal afirmação abala o prestígio dos ricos. Pedro, falando em nome dos demais, lembrando que eles haviam abandonado tudo, cobra a recompensa. Em Mateus esta recompensa é prometida no futuro, na escatologia do fim dos tempos. Em Marcos (10,29-31) a recompensa é o usufruto dos bens criados por Deus, "desde agora, neste tempo". O seguimento de Jesus implica no despojamento em relação às riquezas, pelo que nos libertamos para a plena felicidade da comunhão de vida com os irmãos, particularmente com os mais necessitados, entrando assim comunhão eterna com Deus.


Oração

Pai, desapega meu coração das coisas deste mundo, livrando-me da ilusão de buscar segurança nos bens acumulados. E reforça minha fé na Providência!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Lançada oficialmente a Missão Continental


"Inspirados no testemunho de São Paulo, incansável evangelizador e audaz missionário, e no de tantas e tantos evangelizadores e missionários que em nosso Continente têm sido exemplo e testemunho de entrega total à causa do Evangelho e ao serviço dos mais pobres, iniciemos nossa Missão Continental permanente sob a proteção da Santíssima Virgem Maria, invocada com os títulos de Santa Maria de Guadalupe e Nossa Senhora Aparecida". Com estas palavras o Arcebispo de Aparecida, (SP), e presidente do Conselho Episcopal Latino-americano, Dom Raymundo Damasceno Assis, lançou oficialmente a Missão Continental. O lançamento aconteceu ontem, em Quito (Equador), no final da missa que encerrou o 3º Congresso Americano Missionário.
Em seu discurso, Dom Damasceno disse ainda que, "a Missão Continental quer promover a consciência e a ação missionária permanente para que o espírito missionário penetre toda nossa vida e as estruturas da Igreja". E afirmou: "estamos convencidos de que conhecer Jesus Cristo é o melhor presente que alguém pode receber; tê-lo encontrado na fé e segui-lo é o melhor que pode suceder a uma pessoa e, anunciá-lo com nossa palavra e obras é nossa maior alegria", ressaltou.
Os presidentes das Conferências Episcopais de todos os países da América receberam das mãos do presidente do Celam um retábulo da Ascensão do Senhor e um Evangelho, símbolo da Missão Continental. O secretário geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, Dom Dimas Lara Barbosa, recebeu os símbolos em nome da Conferência do Brasil.A Missa de encerramento do Congresso foi presidida pelo enviado especial do Papa, Cardeal Nicolás de Jesús López Rdoríguez, Arcebispo de Santo Domingo e Primaz da América.

O moço rico

Mt 19,16-22
Certa vez um homem chegou perto de Jesus e perguntou: - Mestre, o que devo fazer de bom para conseguir a vida eterna? Jesus respondeu: - Por que é que você está me perguntando a respeito do que é bom? Bom só existe um. Se você quer entrar na vida eterna, guarde os mandamentos. - Que mandamentos? - perguntou ele. Jesus respondeu: - "Não mate, não cometa adultério, não roube, não dê falso testemunho contra ninguém, respeite o seu pai e a sua mãe e ame os outros como você ama a você mesmo." - Eu tenho obedecido a todos esses mandamentos! - respondeu o moço. - O que mais me falta fazer? Jesus respondeu: - Se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga. Quando o moço ouviu isso, foi embora triste, pois era muito rico.



Comentário do Evangelho

O bom Mestre

Aquele que se aproxima de Jesus é identificado por Mateus como sendo um jovem. Pergunta a Jesus sobre o que "fazer" para "ter" a vida eterna, que seria uma recompensa futura. Jesus, porém, respondendo, fala em "entrar" na vida eterna. Não se trata de possuí-la em um futuro, mas nela mergulhar, já. De início a proposta é a observância religiosa dos mandamentos. Porém o passo decisivo é o despojamento das riquezas, partilhar com os pobres e seguir Jesus. Pelo seguimento de Jesus, em comunhão com ele, já se participa da vida eterna. Fica bem claro o projeto vivificante de Jesus, que implica na subversão dos falsos valores da sociedade tradicional, excludente e elitista, a qual tem como meta a riqueza e o poder. Desponta o mundo novo possível, onde vigoram os relacionamentos com laços de amizade e fraternidade, no amor, na solidariedade, na partilha e na paz. Cumpre-se, assim, a vontade de Deus que quer vida plena para todos.



Oração

Pai, quero estar sempre em comunhão contigo, pois só tu és Bom. Que eu possa, assim, conhecer a tua vontade e colocá-la em prática, pois este é o caminho da salvação.

domingo, 17 de agosto de 2008

Agosto, mês vocacional

Quando Deus chama, Ele mesmo nos capacita

Vocação é um chamado do Senhor. É Deus quem chama e envia. A iniciativa é toda de Deus.
“Não fostes vós que me escolhestes mas eu vos escolhi e vos designei para que vades e produzais frutos e o vosso fruto permaneça” (Jo 15,16).
Deus quando chama, Ele leva em conta toda a sua pessoa, a começar pelo nome, passando pela sua família e pela sua história. Nada fica de lado em sua vida.
Quando Deus chama, Ele mesmo o capacita para aquilo para o qual está o chamando. Por isso, não precisamos ter medo porque a iniciativa é toda do Senhor. A nossa parte é responder dizendo “sim” e nos colocando inteiramente à disposição d’Aquele que nos chama.
A vocação afeta a pessoa no mais profundo do seu íntimo e quando somos afetados por esse chamado não temos como dizer “não”; a nossa resposta sempre será “sim”!
"Deixei-me seduzir..."
Todos nós fomos escolhidos, chamados por Deus para uma missão. A Palavra diz que Jesus subiu ao monte e chamou os que Ele quis e os designou e os preparou para uma missão específica, a de levar a Sua Palavra por todo o mundo (cf. Mc 3, 13-19). Mas Deus não nos chama só para isso. Há lugar para todos em Seu Reino. Existem os que pregam, os que se dedicam somente às famílias, os que defendem a pátria. Enfim, é infinita a missão de Deus. O Senhor conta com corações abertos para colaborar com Ele nessa linda companhia.
Qual é a sua missão? A que você é chamado hoje? Não diga que aquilo que faz hoje não é um chamado; não é uma missão! Não diga que você não é capaz; porque quem nos capacita é Deus. O chamado foi um presente d’Ele aos discípulos e na Palavra não está escrito que eles estavam capacitados para a missão que iriam receber. Ao contrário, todos corriam o risco de fracassar, de não dar conta; mas, o segredo está em confiar e se abandonar nas mãos d’Aquele que chama, capacita e envia. Quem é chamado recebe a autoridade espiritual e o conforto da presença constante do Senhor.
Creia! Você também foi escolhido por Deus para uma missão e precisa investir nela. O Senhor o conhece e conhece a missão que escolheu para você, conhece seu potencial e também suas limitações. Não são as características pessoais de cada um que determinam a vocação, muito pelo contrário, o próprio profeta responde dessa forma: “Não sei falar, sou apenas uma criança...” (Jer 1, 6). Mas saiba: o Senhor não se importa se você tem potencial ou não, a partir do momento em que Ele nos chama, todo o potencial vem d’Ele.
Toda a graça da vocação de ser pai, de ser mãe, padre, missionário, freira, político, seja lá o que for, se é Deus quem chama toda a graça para executar a vocação vem d’Ele. Quem foi chamado só precisa responder a essa iniciativa amorosa de Deus, como Maria, que disse: “Eis-me aqui, faça-se a Tua Vontade”.
Fonte: C.Nova

A Canção de Maria

Lc 1,39-56
Alguns dias depois, Maria se aprontou e foi depressa para uma cidade que ficava na região montanhosa da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e cumprimentou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se mexeu na barriga dela. Então, cheia do poder do Espírito Santo, Isabel disse bem alto: - Você é a mais abençoada de todas as mulheres, e a criança que você vai ter é abençoada também! Quem sou eu para que a mãe do meu Senhor venha me visitar?! Quando ouvi você me cumprimentar, a criança ficou alegre e se mexeu dentro da minha barriga. Você é abençoada, pois acredita que vai acontecer o que o Senhor lhe disse. Então Maria disse: - A minha alma anuncia a grandeza do Senhor. O meu espírito está alegre por causa de Deus, o meu Salvador. Pois ele lembrou de mim, sua humilde serva! De agora em diante todos vão me chamar de mulher abençoada, porque o Deus Poderoso fez grandes coisas por mim. O seu nome é santo, e ele mostra a sua bondade a todos os que o temem em todas as gerações. Deus levanta a sua mão poderosa e derrota os orgulhosos com todos os planos deles. Derruba dos seus tronos reis poderosos e põe os humildes em altas posições. Dá fartura aos que têm fome e manda os ricos embora com as mãos vazias. Ele cumpriu as promessas que fez aos nossos antepassados e ajudou o povo de Israel, seu servo. Lembrou de mostrar a sua bondade a Abraão e a todos os seus descendentes, para sempre. Maria ficou mais ou menos três meses com Isabel e depois voltou para casa.


Comentário do Evangelho

Maria e Isabel

As primeiras comunidades de discípulos de Jesus guardavam vivas as memórias tanto do próprio Jesus como de João Batista, pelo qual Jesus foi batizado. Lucas recorreu a estas memórias para elaborar sua própria narrativa da concepção de Jesus no ventre de Maria e a de João Batista no ventre de Isabel. Jesus, tendo começado seu ministério como discípulo de João Batista, passou, depois, a agir com autonomia e, com seu anúncio revestido da autoridade divina, sobrepujou a figura de João. Assim sendo, tardiamente, as memórias dos dois, feitas pelas comunidades, foram marcadas pela insistente afirmação da precedência de Jesus sobre João. Neste sentido temos as declarações atribuídas a João de que ele próprio deve desaparecer para dar lugar a Jesus. Na narrativa da visitação de Maria a Isabel, a precedência de Jesus se manifesta na afirmação de que o menino João pulou no ventre de Isabel quando a saudação de Maria, portando Jesus, chegou aos ouvidos de Isabel. Segue-se a proclamação de Isabel ao afirmar "como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar?". Conforme a tradição da igreja, Maria, terminados seus dias de vida aqui na terra, foi elevada aos céus, em sua corporeidade, sendo assumida no seio de Deus, gozando já da vida divina. Ela é um sinal da vitória da vida sobre a morte, vitória esta narrada com imagens impressivas no Apocalipse (primeira leitura). A continuidade desta vida terrena na eternidade é insistentemente afirmada por Paulo em suas cartas (segunda leitura), com a proclamação da ressurreição de Jesus e da qual somos chamados a participar.



Oração



Senhor Jesus, que a contemplação da assunção de tua mãe santíssima me inspire a viver em comunhão com Deus, servindo-o como servo humilde.

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

Jesus fala sobre o divórcio

Mt 19,3-12
fariseus chegaram perto dele e, querendo conseguir alguma prova contra ele, perguntaram: - Será que pela nossa Lei um homem pode, por qualquer motivo, mandar a sua esposa embora? Jesus respondeu: - Por acaso vocês não leram o trecho das Escrituras que diz: "No começo o Criador os fez homem e mulher"? E Deus disse: "Por isso o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa." Assim já não são duas pessoas, mas uma só. Portanto, que ninguém separe o que Deus uniu. Os fariseus perguntaram: - Nesse caso, por que é que Moisés permitiu ao homem mandar a sua esposa embora se der a ela um documento de divórcio? Jesus respondeu: - Moisés deu essa permissão por causa da dureza do coração de vocês; mas no princípio da criação não era assim. Portanto, eu afirmo a vocês o seguinte: o homem que mandar a sua esposa embora, a não ser em caso de adultério, se tornará adúltero se casar com outra mulher. Os discípulos de Jesus disseram: - Se é esta a situação entre o homem e a sua esposa, então é melhor não casar. Jesus respondeu: - Este ensinamento não é para todos, mas somente para aqueles a quem Deus o tem dado. Pois há razões diferentes que tornam alguns homens incapazes para o casamento: uns, porque nasceram assim; outros, porque foram castrados; e outros ainda não casam por causa do Reino do Céu. Quem puder, que aceite este ensinamento.


Comentário do Evangelho

Igualdade ente o homem e a mulher

Entre os rabinos discutia-se sobre quais motivos permitiriam ao homem despedir sua mulher. Os fariseus questionam Jesus com a intenção de pegá-lo em contradição. Evitando discutir a questão a partir da Lei , Jesus evoca a criação, com um sentido de igualdade e unidade entre o homem e a mulher, descartando o direito unilateral do homem de despedi-la. Os discípulos concluem pela pouca conveniência do casamento. Jesus corrige-os, afirmando que a renúncia ao casamento pode ocorrer por parte de alguém que deseja dedicar-se ao Reino dos Céus.


Oração

Pai, infunde nos casais cristãos o desejo de experimentarem a santidade do matrimônio, porque tu és a causa e a razão da comunhão que existe entre eles.

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

O empregado mau

Mt 18,21-19,1
Então Pedro chegou perto de Jesus e perguntou: - Senhor, quantas vezes devo perdoar o meu irmão que peca contra mim? Sete vezes? - Não! - respondeu Jesus. - Você não deve perdoar sete vezes, mas setenta e sete vezes. Porque o Reino do Céu é como um rei que resolveu fazer um acerto de contas com os seus empregados. Logo no começo trouxeram um que lhe devia milhões de moedas de prata. Mas o empregado não tinha dinheiro para pagar. Então, para pagar a dívida, o seu patrão, o rei, ordenou que fossem vendidos como escravos o empregado, a sua esposa e os seus filhos e que fosse vendido também tudo o que ele possuía. Mas o empregado se ajoelhou diante do patrão e pediu: "Tenha paciência comigo, e eu pagarei tudo ao senhor." - O patrão teve pena dele, perdoou a dívida e deixou que ele fosse embora. O empregado saiu e encontrou um dos seus companheiros de trabalho que lhe devia cem moedas de prata. Ele pegou esse companheiro pelo pescoço e começou a sacudi-lo, dizendo: "Pague o que me deve!" - Então o seu companheiro se ajoelhou e pediu: "Tenha paciência comigo, e eu lhe pagarei tudo." - Mas ele não concordou. Pelo contrário, mandou pôr o outro na cadeia até que pagasse a dívida. Quando os outros empregados viram o que havia acontecido, ficaram revoltados e foram contar tudo ao patrão. Aí o patrão chamou aquele empregado e disse: "Empregado miserável! Você me pediu, e por isso eu perdoei tudo o que você me devia. Portanto, você deveria ter pena do seu companheiro, como eu tive pena de você." - O patrão ficou com muita raiva e mandou o empregado para a cadeia a fim de ser castigado até que pagasse toda a dívida. E Jesus terminou, dizendo: - É isso o que o meu Pai, que está no céu, vai fazer com vocês se cada um não perdoar sinceramente o seu irmão. Depois de dizer isso, Jesus saiu da Galiléia e foi para a região da Judéia que fica no lado leste do rio Jordão.
Comentário do Evangelho
O perdão
Em reforço ao tema da correção fraterna, Mateus nos apresenta um diálogo entre Pedro e Jesus e uma parábola. No diálogo, o perdão é caracterizado através da simbologia dos números. "Sete vezes" indica uma condescendência limitada. "Setenta vezes sete" por sua vez é a expressão de um perdão sem limites. A parábola vem completar o sentido do perdão. Cabe àquele que é perdoado ser misericordioso e perdoar também. E, principalmente, tendo nós recebido o infinito perdão de Deus, devemos perdoar sem limites. O perdão é desejado por Jesus não só como reconciliação entre duas pessoas, mas como a prática que consolida a comunidade tornando-a um espaço de alegria e paz.
Oração
Pai, predispõe meu coração para o perdão, e que eu esteja sempre disposto a perdoar e a querer viver reconciliado com meu semelhante.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Sou forte


Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte

“Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte”.
Esse versículo parece uma grande contradição paulina.
Como posso tirar força de minha fraqueza? Como posso diante de minha impotência ser potente?
Isso só é possível dentro da perspectiva de alguém que se reconhece necessitado de Deus. Alguém que, como Paulo, sabe que sem a ação do Espírito Santo não se pode fazer nada.
Paulo era um cara muito estudado, de inteligência ímpar. Mas sabia que sua humanidade possuía fraquezas. E como lidava com isso?
Somente submetendo tudo a Deus.
Fraco não é aquele que possui fraquezas, mas sim, aquele que se rende a elas.
Tocar em minhas fraquezas, em meu vazio, é perceber que quando não tenho mais nada posso contar com o Tudo de Deus.
Somos humanos, somos gente. Sentimos dor, sentimos sede, nos sentimos impotentes. Até Jesus em Sua humanidade também sentiu dor. E Ele não teve medo de apresentar as fraquezas d'Ele aos amigos e a Deus.No Getsêmani foi isso que nos foi apresentado de forma clara.
Lembro aqui uma história antiga:
Um garoto de dez anos de idade decidiu praticar judô, apesar de ter perdido o braço em um terrível acidente de carro. O menino ia muito bem. Mas sem entender o porquê, após três meses de treinamento, o mestre havia lhe ensinado somente um movimento. O garoto então disse a ele:
- Mestre, não devo aprender mais movimentos?
O mestre respondeu ao menino, calmamente e com convicção:
- Este é realmente o único movimento que você sabe, mas também é o único movimento que você precisará saber.
Meses mais tarde, o mestre inscreveu o menino em seu primeiro torneio. O menino ganhou facilmente seus primeiros dois combates e foi para a luta final do torneio. Seu oponente era bem maior, mais forte e mais experiente. O garoto usando os ensinamentos do mestre entrou para a luta e, quando teve oportunidade, usou seu movimento para prender o adversário. Foi assim que o garoto ganhou a luta e o torneio. Era campeão.
Mais tarde, em casa, o menino e o mestre reviram cada luta. Então, o menino criou coragem para perguntar o que estava realmente em sua mente:
- Mestre, como eu consegui ganhar o torneio somente com um movimento?
- Você ganhou por duas razões - respondeu o mestre. - Em primeiro lugar, você dominou um dos golpes mais difícieis do judô. E, em segundo lugar, a única defesa conhecida para esse movimento é o seu oponente agarrar seu braço esquerdo.
A maior fraqueza do menino tinha se transformado em sua maior força. Assim, também nós podemos usar nossa fraqueza para que ela se transforme em nossa força. Não podemos ter medo de deixar o Mestre Jesus trabalhar nossa fraqueza. Ele sabe lidar com nosso "húmus", com aquilo que aparentemente é nossa fraqueza e dela tirar a maior riqueza e fortaleza.

O poder de permitir e de proibir

Mt 18,15-20
- Se o seu irmão pecar contra você, vá e mostre-lhe o seu erro. Mas faça isso em particular, só entre vocês dois. Se essa pessoa ouvir o seu conselho, então você ganhou de volta o seu irmão. Mas, se não ouvir, leve com você uma ou duas pessoas, para fazer o que mandam as Escrituras Sagradas. Elas dizem: "Qualquer acusação precisa ser confirmada pela palavra de pelo menos duas testemunhas." Mas, se a pessoa que pecou não ouvir essas pessoas, então conte tudo à igreja. E, se ela não ouvir a igreja, trate-a como um pagão ou como um cobrador de impostos. - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: o que vocês proibirem na terra será proibido no céu, e o que permitirem na terra será permitido no céu. - E afirmo a vocês que isto também é verdade: todas as vezes que dois de vocês que estão na terra pedirem a mesma coisa em oração, isso será feito pelo meu Pai, que está no céu. Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles.
Comentário do Evangelho
O irmão que peca
Neste texto temos duas orientações para a vida comunitária: a correção fraterna e a oração em nome de Jesus. Mateus apresenta uma regra para a correção fraterna, a ser feita em três estágios. Primeiro, o diálogo entre os dois irmãos envolvidos; a seguir, se for necessário, a ampliação do diálogo com duas ou três testemunhas, e, finalmente, se persistir o problema, o debate na igreja, ou seja, na comunidade. Contudo, o perdão e a reconciliação, tão importantes na vida comunitária, podem ser vivenciados de maneira mais simples e espontânea. O fundamental é não guardar mágoas do irmão e ter sempre um coração acolhedor. O texto se completa com uma palavra de Jesus sobre a oração. A comunidade unida, que ora ao Pai, é atendida em seus pedidos. Fica destacada a presença de Jesus, não na piedade individual, mas na comunhão fraterna, entre dois ou três ou em toda a comunidade.
Oração
Pai, que a presença de teu Filho ressuscitado na comunidade cristã seja um incentivo para que nós busquemos pautar nossa ação pela tua santa vontade.

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Quem é o mais importante

Mt 18,1-5.10.12-14
Naquele momento os discípulos chegaram perto de Jesus e perguntaram: - Quem é o mais importante no Reino do Céu? Jesus chamou uma criança, colocou-a na frente deles e disse: - Eu afirmo a vocês que isto é verdade: se vocês não mudarem de vida e não ficarem iguais às crianças, nunca entrarão no Reino do Céu. A pessoa mais importante no Reino do Céu é aquela que se humilha e fica igual a esta criança. E aquele que, por ser meu seguidor, receber uma criança como esta estará recebendo a mim. - Cuidado, não desprezem nenhum destes pequeninos! Eu afirmo a vocês que os anjos deles estão sempre na presença do meu Pai, que está no céu. - O que é que vocês acham que faz um homem que tem cem ovelhas, e uma delas se perde? Será que não deixa as noventa e nove pastando no monte e vai procurar a ovelha perdida? Eu afirmo a vocês que isto é verdade: quando ele a encontrar, ficará muito mais contente por causa dessa ovelha do que pelas noventa e nove que não se perderam. Assim também o Pai de vocês, que está no céu, não quer que nenhum destes pequeninos se perca.
Comentário do Evangelho
A sede de poder
A pergunta dos discípulos de Jesus reflete a cultura de competição e sede de poder em que foram formados. A disputa de posições mais elevadas e privilegiadas é própria da sociedade fundada no poder e na riqueza. Jesus remove estes critérios de superioridade, rejeitando qualquer aspiração neste sentido. O Reino dos Céus é daqueles que se fazem simples e humildes como crianças. São os filhos de Deus, abandonados e confiantes nas mãos do Pai. A parábola da ovelha perdida e reencontrada é a expressão da missão de Jesus, enviado do Pai, em acolher e restaurar o convívio comunitário e social daqueles excluídos e considerados marginais e pecadores pelo sistema religioso e social.
Oração
Pai, poupa-me de cair na tentação de querer fazer-me grande aos olhos do mundo, pois a verdadeira grandeza consiste em fazer-me amigo e servidor do meu próximo.

Relembrando o último encontro de Liturgia

Por que sou católico?
Começamos a estudar o livro que a CNBB escreveu para ajudar-nos a descobrir os fundamentos de nossa fé.
Precisamos descobrir como vivemos a nossa fé, pois a vivencia da fé precisa transformar a nossa vida. Muitas vezes caminhamos na igreja e a nossa vida não muda. Até participamos de algumas atividades da igreja, mas essa vivencia espiritual não converte em mudança.
Nisso, esse livro vai nos ajudar.
A cada mês vamos estudar um capítulo desse livro. Sou católico, vivo a minha fé.
Precisamos fazer essa conexão: - Do que a gente professa, com o que a gente vive.
Meditamos o livro através de leituras Biblicas.

João 12,20-25
Mateus 16,13-17 – A fé como dom
Ter fé é dom de Deus, disponível para todos.
A fé dom é a fé contemplativa.

Mateus 7,21-23 – A fé como tarefa.
Por em prática é ação.
A dimensão ativa da fé é uma escolha, ou seja, você escolhe fazer a vontade do Pai.

Apocalípse 3,18-20 – “Eis que estou à porta e bato.” – disse Jesus.
Ele bate através das circunstâncias de nossa vida.

II Coríntios 5,1-10 – São Paulo apresenta um fundamento de fé.
Releiam esse capítulo para ver a grandiosidade que tem aqui.

João 15,4-5 – A videira e os ramos.
Viver em comunidade é um processe de santificação.

João 13,27b-35 – Jesus fala do amor, da glória, da vida futura, através da traição.
Nessa leitura Jesus dá a receita do bolo: - Se você está passando por provação, Ame!

João 14,1-7 – Essas mensagens do novo testamento são mensagens para nós.

Eu sou o caminho, a verdade e a vida!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Papa pede o cessar fogo das ações militares na Georgia


Na oração do Ângelus deste domingo, 10, o Santo Padre o Papa Bento XVI, fez um premente apelo pela situação na Ossetia do Sul. O Papa expressou a sua profunda preocupação "pelos trágicos eventos que estão se verificando na Geórgia e que, a partir da região da Ossetia do Sul, já causaram muitas vítimas inocentes e obrigaram um grande número de civis a deixar as suas casas".
"É meu vivo desejo e aspiração que cessem imediatamente as ações militares e que todos se abstenham, também em nome da herança cristã comum, de ulteriores confrontos e retorsões violentas que podem degenerar num conflito de proporções ainda mais vastas. Retome-se resolutamente o caminho das negociações e do diálogo respeitoso e construtivo, evitando assim dilacerantes sofrimentos àquelas queridas populações", disse o Papa.
"Convido também" continou, "a Comunidade internacional e os países mais influentes na atual situação a desenvolverem todos os esforços para sustentar e promover iniciativas visando alcançar uma solução pacífica e duradoura, a favor de uma convivência aberta e respeitosa. Juntamente com os nossos irmãos ortodoxos, rezemos intensamente por estas intenções, que colocamos confiadamente nas mãos da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Jesus e de todos os cristãos".
"Sociedade do bem-estar
"Prosseguindo, o Santo Padre fez uma reflexão sobre os riscos do vazio que comportam certos aspectos da "sociedade do bem-estar". Em muitas partes da terra "a Igreja se encontra penando para seguir adiante não obstante o vento contrário e parece que o Senhor esteja muito distante, mas o Evangelho nos dá resposta, consolação e encorajamento e, ao mesmo tempo, nos indica o caminho”, disse o Papa.
"Cristo estende-nos a mão como aos discípulos", acrescentou o Papa, e "somente se nós segurarmos a mão do Senhor, se nos deixarmos conduzir por Ele, nosso caminho será um caminho reto e bom". Por isso, queremos pedir ao Senhor que consigamos sempre encontrar a sua mão e, ao mesmo tempo, nessa oração há também o convite a fim de que em seu nome estendamos a nossa mão aos outros, àqueles que precisam dessa mão estendida para conduzi-los pelas águas da nossa história.
Aos Jovens
Depois, prosseguiu a sua reflexão com um convite forte e afetuoso aos jovens, a não perderem de vista a alegria verdadeira atrás de falsas miragens de prazer.
Bento XVI recordou os "rostos alegres de tantos jovens de todas as partes do mundo" reunidos em Sydney, que sentiram "a autêntica alegria de encontrar-se e de descobrir juntos um mundo novo", "sem ter tido necessidade de recorrer a modos inconvenientes e violentos, ao álcool e a substâncias entorpecentes".
O Papa ressaltou isso pensando com pesar naqueles jovens que caem vítima de "falsas evasões, vivendo experiências degradantes que não raramente desembocam em tragédias". O Santo Padre analisou os motivos: "Esse é um típico produto da atual chamada "sociedade do bem-estar" que, para preencher um vazio interior e a monotonia que o acompanha, induz a tentar novas experiências, mais emocionantes, mais extremas".
"Referi-me aos jovens porque são os mais sedentos de vida e de novas experiências, e por isso também os que mais correm risco. Mas a reflexão vale para todos: a pessoa humana se regenera verdadeiramente somente na relação com Deus, e Deus o encontramos aprendendo a escutar a sua voz na quietude interior e no silêncio".
Bento XVI também expressou sua gratidão pelo período de repouso e meditação em Bressanone, no nordeste da Itália, onde permanece até hoje, 11. E ressaltou o benefício dos dias de repouso que "nos conduz do lugar de repouso à vida cotidiana", recordando o evangelho do dia. "Conta-nos, explicou o Pontífice, como após a multiplicação dos pães o Senhor vai para a montanha para permanecer sozinho com o Pai. Por sua vez, os discípulos estão no lago e com a sua mísera barca tentam inutilmente resistir ao vento contrário".
Saudações
Nas saudações finais o Papa recordou os peregrinos presentes provenientes das diversas comunidades paroquiais da Diocese de Bolzano-Bressanone, bem como os jovens e as famílias de outras dioceses italianas. A todos agradeceu pelo afeto e, em particular, aos jornalistas e aos agentes dos meios de comunicação que o acompanharam durante suas férias em Bressanone. Recordamos que Bento XVI retorna hoje, 11, para a residência pontifícia de verão de Castel Gandolfo, localizada a cerca de 30Km de Roma.
Fonte: C.Nova

O imposto do Templo

Mt 17,22-27
Um dia os discípulos estavam se reunindo na Galiléia, e Jesus disse a eles: - O Filho do Homem será entregue nas mãos dos homens, e eles vão matá-lo; mas três dias depois ele será ressuscitado. E os discípulos ficaram muito tristes. Quando Jesus e os discípulos chegaram à cidade de Cafarnaum, os cobradores do imposto do Templo foram perguntar a Pedro: - O mestre de vocês não paga o imposto do Templo? - Paga, sim! - respondeu Pedro. Depois Pedro entrou em casa, mas, antes que falasse alguma coisa, Jesus disse: - Simão, o que é que você acha? Quem paga impostos e taxas aos reis deste mundo? São os cidadãos do país ou são os estrangeiros? - São os estrangeiros! - respondeu Pedro. - Certo! - disse Jesus. - Isso quer dizer que os cidadãos não precisam pagar. Mas nós não queremos ofender essa gente. Por isso vá até o lago, jogue o anzol e puxe o primeiro peixe que você fisgar. Na boca dele você encontrará uma moeda. Então vá e pague com ela o meu imposto e o seu.
Comentário do Evangelho
Jesus paga o imposto
A nossa cultura tradicional induz as pessoas a aspirarem à riqueza e ao poder, tornando-se admiradoras e subservientes dos ricos e poderosos. Os discípulos de Jesus, com sua expectativa messiânica, também se inclinavam a ver nele alguém que conquistaria o poder, do qual eles teriam parte. Repetidamente Jesus procura demovê-los de tal compreensão. Agora, decidido a ir para Jerusalém, Jesus fala claramente sobre a expectativa de um fim nada glorioso aos olhos dos discípulos. Nesta narrativa do pagamento do imposto, fica claro que os chefes religiosos do Templo se assemelham aos governantes da terra, que oneram o povo com impostos para sustentar suas elites. Com os filhos de Deus não deve ser assim. Somos chamados a viver o serviço, na liberdade, contando com a providência divina.
Oração
Pai, que eu saiba desfrutar minha condição de filho, que me faz livre diante das imposições injustas dos poderes deste mundo, pois só a ti devo submeter-me.





Encontrei-me com Jesus no jardim.
Nunca vi nada tão lindo assim.
Minhas dores entreguei em suas mãos
E Jesus foi falando pra mim.
Das feridas que recebi
Não sairam, sangue nem dor.
Foi por isso que o mal eu venci.
Porque delas só saiam amor
Foi sempre o meu amor
.
Foi por voce, que me deixei ser
Tão chagado e ferido,por isso,
Sinta - se amado e querido
Pois é o meu amor que cura a sua dor.

Foi por voce, que na cruz,
Meu sangue foi derramado, por isso
Sinta - se querido e amado,
Pois é o meu amor que cura a sua dor.

Então Jesus, pediu - me assim,
Que as mágoas que estivessem em mim,
Que delas não saissem mais dor.
De hoje endiante só saissem amor.
E seja sempre assim!
Foi por voce que deixei ser tão chagado...........

domingo, 10 de agosto de 2008

Origem do dia dos pais

Ao que tudo indica, o Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a idéia inicial foi praticamente a mesma: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida.
Conta a história que em 1909, em Washington, Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais. Ela queria homenagear seu próprio pai, que viu sua esposa falecer em 1898 ao dar a luz ao sexto filho, e que teve de criar o recém-nascido e seus outros cinco filhos sozinho. Algumas fontes de pesquisa dizem que o nome do pai de Sonora era William Jackson Smart, ao invés de John Bruce Dodd.
Já adulta, Sonora sentia-se orgulhosa de seu pai ao vê-lo superar todas as dificuldades sem a ajuda de ninguém. Então, em 1910, Sonora enviou uma petição à Associação Ministerial de Spokane, cidade localizada em Washigton, Estados Unidos. E também pediu auxílio para uma Entidade de Jovens Cristãos da cidade. O primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, aniversário do pai de Sonora. A rosa foi escolhida como símbolo do evento, sendo que as vermelhas eram dedicadas aos pais vivos e as brancas, aos falecidos.
A partir daí a comemoração difundiu-se da cidade de Spokane para todo o estado de Washington. Por fim, em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a idéia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais (alguns dizem que foi oficializada pelo presidente Richard Nixon em 1972).
No Brasil, a idéia de comemorar esta data partiu do publicitário Sylvio Bhering e foi festejada pela primeira vez no dia 14 de Agosto de 1953, dia de São Joaquim, patriarca da família.
Sua data foi alterada para o 2º domingo de agosto por motivos comerciais, ficando diferente da americana e européia.
Em outros países
Pelo menos onze países também comemoram o Dia dos Pais à sua maneira e tradição.
Na Itália e Portugal, por exemplo, a festividade acontece no mesmo dia de São José, 19 de março. Apesar da ligação católica, essa data ganhou destaque por ser comercialmente interessante.
Reino Unido - No Reino Unido, o Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho, sem muita festividade. Os ingleses não costumam se reunir em família, como no Brasil. É comum os filhos agradarem os pais com cartões, e não com presentes.
Argentina - A data na Argentina é festejada no terceiro domingo de junho com reuniões em família e presentes.
Grécia - Na Grécia, essa comemoração é recente e surgiu do embalo do Dia das Mães. Lá se comemora o Dia dos Pais em 21 de junho.
Portugal - A data é comemorada no dia 19 de março, mesmo dia que São José. Surgiu porque é comercialmente interessante. Os portugueses não dão muita importância para essa comemoração.
Canadá - O Dia dos Pais canadense é comemorado no dia 17 de junho. Não há muitas reuniões familiares, porque ainda é considerada uma data mais comercial.
Alemanha - Na Alemanha não existe um dia oficial dos Pais. Os papais alemães comemoram seu dia no dia da Ascensão de Jesus (data variável conforme a Páscoa) . Eles costumam sair às ruas para andar de bicicleta e fazer piquenique.
Paraguai - A data é comemorada no segundo domingo de junho. Lá as festas são como no Brasil, reuniões em família e presentes.
Peru - O Dia dos Pais é comemorado no terceiro domingo de junho. Não é uma data muito especial para eles.
Austrália- A data é comemorada no segundo domingo de setembro, com muita publicidade.
África do Sul - A comemoração acontece no mesmo dia do Brasil, mas não é nada tradicional.
Rússia - Na Rússia não existe propriamente o Dia dos Pais. Lá os homens comemoram seu dia em 23 de fevereiro, chamada de "o dia do defensor da pátria" (Den Zaschitnika Otetchestva).
Independente do seu lado comercial, é uma data para ser muito comemorada, nem que seja para dizer um simples "Obrigado Papai" !
Texto compilado das seguintes fontes
- O Guia dos Curiosos - Marcelo Duarte. Cia da Letras, S.P., 1995.Sites:http://www.pratofeito.com.br/pages.php?recid=2315http://www.virtual.epm.br/uati/corpo/dia_pais.htmhttp://educaterra.terra.com.br/almanaque/datas/pai.htm