Bento XVI no rito de lava-pés na Celebração da Ceia do Senhor
Na Quinta-feira Santa celebramos, a instituição da Sagrada Eucaristia, recordou o Papa Bento XVI, na Missa da Ceia do Senhor celebrada hoje, 21, na Basílica de São João de Latrão, em Roma.
O Santo Padre destacou que Jesus desejava viver a última ceia com seus discípulos. "No seu íntimo, esperou aquele momento em que haveria de dar-Se aos seus sob as espécies do pão e do vinho".
Acesse
.: ÍNTEGRA: Homilia de Bento XVI na Missa de Quinta-feira Santa
.: Veja as fotos da Missa de Lava-pés no Vaticano, no Flickr
E acrescentou: "No desejo de Jesus, podemos reconhecer o desejo do próprio Deus: o seu amor pelos homens, pela sua criação, um amor em expectativa. O amor que espera o momento da união, o amor que quer atrair os homens a si".
"Jesus deseja-nos, aguarda-nos. E nós, temos verdadeiramente desejo d’Ele? Sentimos, no nosso interior, o impulso para O encontrar?", questionou o Santo Padre, e explicou: "Quem não vive a fé como amor, não está preparado para as núpcias e é expulso. A comunhão eucarística exige a fé, mas a fé exige o amor".
Bento XVI explicou também que os quatro Evangelhos, apresentam o último banquete de Jesus como um lugar de anúncio. Mas ali sobretudo Jesus rezou, dirigiu súplicas ao Pai.
"Jesus transforma a sua Paixão em oração, em oferta ao Pai pelos homens. O objetivo próprio e último da transformação eucarística é a nossa transformação na comunhão com Cristo. A Eucaristia tem em vista o homem novo, com uma novidade tal que assim só pode nascer a partir de Deus e por meio da obra do servo de Deus".
O Papa destaca ainda que na oração, durante a Ceia, Jesus queria escolher somente uma súplica que, segundo o evangelista João, foi repetida quatro vezes. "Tal súplica continua sem cessar sendo a Sua oração ao Pai por nós: trata-se da oração pela unidade. Jesus diz explicitamente que tal súplica vale não somente para os discípulos então presentes, mas tem em vista todos aqueles que hão de acreditar n’Ele (cf. Jo 17, 20)".
"Só pode haver a unidade dos cristãos se estes estiverem intimamente unidos com Ele, com Jesus. Fé e amor por Jesus: fé no seu ser um só com o Pai e abertura à unidade com Ele são essenciais. Portanto, esta unidade não é algo somente interior, místico. Deve tornar-se visível; tão visível que constitua para o mundo a prova do envio de Jesus pelo Pai", explica o Santo Padre.
Por isso, continua o Papa, "tal súplica tem escondido um sentido eucarístico. Com a Eucaristia, nasce a Igreja. Todos nós comemos o mesmo pão, recebemos o mesmo corpo do Senhor e isto significa: Ele abre cada um de nós para além de si mesmo. Torna-nos todos um só".
"A Eucaristia é o mistério da proximidade e comunhão íntima de cada indivíduo com o Senhor. E, ao mesmo tempo, é a união visível entre todos. A Eucaristia é sacramento da unidade. Ela chega até ao mistério trinitário e, assim cria, ao mesmo tempo, a unidade visível".
O Papa concluiu com uma oração: "Senhor, Vós tendes desejo de nós, de mim. Tendes desejo de nos fazer participantes de Vós mesmo na Sagrada Eucaristia, de Vos unir a nós. Senhor, suscitai também em nós o desejo de Vós. Reforçai-nos na unidade convosco e entre nós. Dai à vossa Igreja a unidade, para que o mundo creia. Amém".
Assista homilia do Papa na íntegra
O Santo Padre destacou que Jesus desejava viver a última ceia com seus discípulos. "No seu íntimo, esperou aquele momento em que haveria de dar-Se aos seus sob as espécies do pão e do vinho".
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E acrescentou: "No desejo de Jesus, podemos reconhecer o desejo do próprio Deus: o seu amor pelos homens, pela sua criação, um amor em expectativa. O amor que espera o momento da união, o amor que quer atrair os homens a si".
"Jesus deseja-nos, aguarda-nos. E nós, temos verdadeiramente desejo d’Ele? Sentimos, no nosso interior, o impulso para O encontrar?", questionou o Santo Padre, e explicou: "Quem não vive a fé como amor, não está preparado para as núpcias e é expulso. A comunhão eucarística exige a fé, mas a fé exige o amor".
Bento XVI explicou também que os quatro Evangelhos, apresentam o último banquete de Jesus como um lugar de anúncio. Mas ali sobretudo Jesus rezou, dirigiu súplicas ao Pai.
"Jesus transforma a sua Paixão em oração, em oferta ao Pai pelos homens. O objetivo próprio e último da transformação eucarística é a nossa transformação na comunhão com Cristo. A Eucaristia tem em vista o homem novo, com uma novidade tal que assim só pode nascer a partir de Deus e por meio da obra do servo de Deus".
O Papa destaca ainda que na oração, durante a Ceia, Jesus queria escolher somente uma súplica que, segundo o evangelista João, foi repetida quatro vezes. "Tal súplica continua sem cessar sendo a Sua oração ao Pai por nós: trata-se da oração pela unidade. Jesus diz explicitamente que tal súplica vale não somente para os discípulos então presentes, mas tem em vista todos aqueles que hão de acreditar n’Ele (cf. Jo 17, 20)".
"Só pode haver a unidade dos cristãos se estes estiverem intimamente unidos com Ele, com Jesus. Fé e amor por Jesus: fé no seu ser um só com o Pai e abertura à unidade com Ele são essenciais. Portanto, esta unidade não é algo somente interior, místico. Deve tornar-se visível; tão visível que constitua para o mundo a prova do envio de Jesus pelo Pai", explica o Santo Padre.
Por isso, continua o Papa, "tal súplica tem escondido um sentido eucarístico. Com a Eucaristia, nasce a Igreja. Todos nós comemos o mesmo pão, recebemos o mesmo corpo do Senhor e isto significa: Ele abre cada um de nós para além de si mesmo. Torna-nos todos um só".
"A Eucaristia é o mistério da proximidade e comunhão íntima de cada indivíduo com o Senhor. E, ao mesmo tempo, é a união visível entre todos. A Eucaristia é sacramento da unidade. Ela chega até ao mistério trinitário e, assim cria, ao mesmo tempo, a unidade visível".
O Papa concluiu com uma oração: "Senhor, Vós tendes desejo de nós, de mim. Tendes desejo de nos fazer participantes de Vós mesmo na Sagrada Eucaristia, de Vos unir a nós. Senhor, suscitai também em nós o desejo de Vós. Reforçai-nos na unidade convosco e entre nós. Dai à vossa Igreja a unidade, para que o mundo creia. Amém".
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