sábado, 2 de abril de 2011

Igreja recorda 6º ano da morte de João Paulo II


''Não tenham medo de abrir as partas para Cristo!'', enfatizava o Papa João Paulo II
Neste sábado, 2, a Igreja recorda o 6º ano da morte de João Paulo II, que será beatificado no dia 1º de maio.

Em todo mundo, diversas iniciativas lembram a figura do futuro beato. Na manhã desta sexta-feira, 1º, o Papa Wojtyla foi centro do diálogo da Conferência da Pontifícia Universidade da Santa Cruz e, à noite, terá início a série de encontros intitulada “JP2”, promovido pela Diocese de Roma, como preparação para a beatificação.

Já os Museus Vaticanos, por esta ocasião, estarão abertos também nas noites do dia 26 a 29 de abril e no dia 2 de maio.
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.: Editoria especial sobre beatificação de João Paulo II
“O amor de Cristo foi a força dominante no nosso amado Santo Padre. Quem o viu rezar, quem o ouviu pregar, sabe. E assim, graças a esta profunda radicalidade em Cristo pôde carregar um peso que vai além das forças humanas: ser esse pastor do povo de Cristo, da sua Igreja universal”, disse o então Cardeal  Joseph Ratzinger, sobre a morte e testemunho de santidade de  Karol Wojtyla.

Sobre a beatificação de João Paulo II, o agora Papa Bento XVI diz que este comovente evento é um desejo de toda a Igreja. “Podemos estar seguros que o nosso amado Papa está agora à janela da Casa do Pai, nos vê e nos abençoa. Nós confiamos a sua estimada alma à Mãe de Deus, sua Mãe”, enfatiza Bento XVI.

Na Missa de início de seu pontificado, Joseph Ratzinger disse confiar na proteção e no sustento de seu antecessor. “Agora e continuamente, ainda ressoam em meus ouvidos suas palavras: 'Não tenham medo de abrir as partas para Cristo!'”

Seus últimos momentos de vida


João Paulo II ainda vive na memória dos fiéis de todo o mundo. A diretora do Hospital Agostino Gemelli, Rita Megliorin, recorda as últimas horas da vida terrena do saudoso Papa.

Ela lembra que, naquele dia, a praça de São Pedro estava repleta de pessoas que cantavam e rezava. “Peguei sua mão e depois fiquei olhando para o seu rosto, e percebi que estava um pouco mais fria que nos dias anteriores. E é esse carinho que recordo do último dia de sua vida”, conta Rita.

Karol Wojtyla enfrentou a doença com coragem e dignidade se tornando um exemplo para os doentes cristão e não religiosos. “O ensinamento maior, segundo eu, foi o fato de reconhecer no homem doente uma maior completude, uma maior capacidade de eleger o verdadeiro sentido da vida que naquele momento particular parece mais evidente”, diz a diretora.

A médica ressalta que João Paulo II demonstrou que no momento de sofrimento as pessoas estão mais próximos a Deus. “E Seus braços amam, nos acolhem sem julgar. Deus não abandona ninguém, até mesmo o último de seus filhos, mesmo aquele que não acredita Nele. João Paulo II me ensinou que o mistério do sofrimento merece o máximo de respeito por parte de todos, que o homem adquire com a doença uma dimensão superior, justamente porque a doença lhe impõe refletir sobre sua própria existência, sobre suas escolhas – aquelas de ontem, de hoje e aqueles que fará amanhã”, destaca.

Por diversas vezes e, especialmente, no fim de sua vida, o Papa Wojtyla permanecia no Hospital Agostino Gemelli, onde viveu momentos de muita dificuldade. Para aqueles que serviram o Santo Padre, no hospital, sua presença foi um dom.

“Foi também muito fácil servir o Santo Padre, porque ele era um homem bom, um homem alegre e aberto a todos. Assim, ele também nos fez bem!”, enfatiza  Rita Megliorin.

Quando estava internado no hospital, o Papa polonês buscava sempre se informar sobre o estado de saúde dos outros enfermos, com a preocupação de um pai para com seus filhos.

Para a médica do Hospital Agostino Gemelli, o que mais lhe marcou sobre João Paulo II foi a sua capacidade de acolher e perdoar, sem julgar, olhando para os outros como filhos, sendo sensível as suas dificuldades e limites.

“Ele conhecia as provas da vida – assim vimos, lendo sua história – e não fazia muitas perguntas, abria os braços e tudo tornava diferente. Em seus braços, nos tornávamos homens novos, homens limpos”, conclui Rita Megliorin.

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