terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

ANO SACERDOTAL


O Ano Sacerdotal foi instituído pelo Papa Bento XVI num momento muito especial da vida da Igreja. Em alguns paises, as vocações ao sacerdócio têm diminuído sensivelmente. Diminui também a estima pela imagem do Padre. Uma das causas deste fenômeno é o secularismo. Trata-se de uma compreensão da realidade sem referencia a Deus e à Fé. Na cosmo visão secularista, a realidade se explica por si mesma.

O Ano Sacerdotal iniciou-se na solenidade do Sagrado Coração de Jesus (19/06/2009) e terminará na solenidade do Coração de Jesus deste ano. Ao tomar como ponto de referência para o Ano Sacerdotal o Coração de Jesus, o Papa quis recordar que o sacerdócio ministerial brotou do amor do Coração de Jesus chegado ao extremo na instituição da Eucaristia: Jesus “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (JO 13,1). Com essas palavras, o quarto evangelho introduz a Celebração da Última Ceia. A Eucaristia é, pois, um dom do amor do Coração de Jesus à Igreja. O sacerdócio ministerial, instituído com a Eucaristia e em função da Eucaristia, é também um dom do Coração de Jesus.

O sacerdócio ministerial não é uma profissão. É uma vocação. Algo que envolve toda a existência da pessoa e que dá sentido a sua vida. É dom e mistério como afirmou o Papa João Paulo II. Implica a doação da própria vida a Cristo, à Igreja e aos irmãos.

O Ano Sacerdotal dever ser um tempo forte de oração pela santificação dos sacerdotes do mundo inteiro. A santidade consiste na conformação a Cristo, ou seja, fazer com que a nossa vida tenha a forma da vida de Cristo. Isto é válido para todos os cristãos em razão do batismo, que nos inseriu em Cristo. É mais válido ainda para cada sacerdote, pois, em razão do Sacramento da Ordem, ele foi identificado sacramentalmente com Cristo. Tornou-se um “outro Cristo”. Age “na pessoa de Cristo” quando preside à celebração dos sacramentos, sobretudo a Eucaristia e a Reconciliação (Confissão).

O Ano Sacerdotal tem ainda, como finalidade, levar cada sacerdote a tomar consciência mais profunda da própria identidade. A tradição católica expressou esta identidade numa tríplice afirmação: Mestre da Palavra, ministro dos sacramentos e pastor da comunidade cristã.


Dom Benedito Beni dos Santos
Bispo Diocesano de Lorena

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