Os adolescentes e os jovens vivem a fase da fantasia e dos sonhos. Em geral, não estão em busca de compromissos sérios. Ainda que os pais, com freqüência, sonhem o futuro dos filhos, estes nem sempre assumem o que foi planejado para eles. O evangelho da festa da Sagrada Família revela tanto a preocupação de Maria e José para com Jesus quanto a preocupação deste com as coisas do “Pai”. Sem querer desprezar sua mãe e seu pai adotivo, Jesus se refere ao Pai celeste, o Pai de todos nós.
Tal como outros adolescentes judeus, Jesus, aos doze anos, dá seus primeiros passos para a liberdade e a autonomia e começa a participar da vida da comunidade. Apesar de ser Filho de Deus, envolve-se com as leis e os costumes de seu povo, não se descuida de seus compromissos sociais e religiosos. Desde jovem, ele provoca a admiração da comunidade e dos próprios pais.
O evangelho da festa de hoje nos propõe uma reflexão também sobre nossas famílias. O exemplo da família de Nazaré deve ser inspirador para as famílias de hoje. Em que pese o fato de Jesus ter se afastado de seus pais, percebemos, nessa família, sinceridade e abertura ao diálogo. Este, além de ajudar a solucionar os conflitos internos, é fundamental para a convivência fraterna e pacífica de qualquer grupo humano. Onde há sinceridade e diálogo, há possibilidade de superação dos desentendimentos.
A despeito de todas as transformações e crises pelas quais possa passar, a família continua sendo essencial na educação de seus membros. Ela é o lugar natural e o espaço vital onde a criança recebe os primeiros e fundamentais valores humanos e cristãos, preparando-se para o compromisso com a comunidade cristã e com a sociedade. Ocupar-se com as “coisas do Pai” é ocupar-se também com os valores éticos da comunidade e da sociedade.
Pe Nilo Luza, SSP
Texto publicado no Folheto “O Domingo”
MARCADOR: “LITURGIA”
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá. Seja bem vindo (a)!!! Deixe seu comentário. Será bem legal.
Obrigada. Volte sempre!!!!!