''Amar Deus e, por seu amor, amar o nosso próximo. Somente assim poderemos encontrar a verdadeira alegria''
"Amar Deus e, por seu amor, amar o nosso próximo. Somente assim poderemos encontrar a verdadeira alegria, antecipação da bem-aventurança eterna". Foi o que disse o Papa Bento XVI na Catequese desta quarta-feira, 2, dedicada a Guilherme de Saint-Thierry, abade cisterciense.
A natureza humana, na sua mais profunda essência, é feita para amar, destacou Bento XVI. Porém, o homem só consegue realizar este objetivo, sincera, autêntica e gratuitamente, aprendendo na escola de Deus, que é Amor.
"A vocação do homem é tornar-se como Deus, que o criou a sua imagem e semelhança. A imagem de Deus presente no homem o move à semelhança, isto é rumo, à uma identidade cada vez mais plena entre a própria vontade e aquela divina. Esta perfeição, que Guilherme chama unidade de espírito, se alcança não somente com esforço pessoal, mas é necessário uma outra coisa: se alcança por ação do Espírito Santo, que habita na alma e a purifica, a plenifica transforma em caridade cada impulso e cada desejo de amor presente no homem", explica Bento XVI.
Guilherme nasceu em Lieja por volta do ano 1080. Dotado de grande inteligência e de um amor inato pelo estudo, freqüentou uma das escolas mais famosas de seu tempo, em Reims (sua cidade natal), na França.
Amigo e biógrafo de São Bernardo de Claraval, Guilherme de Saint-Thierry, após ter sido abade em um mosteiro beneditino, decidiu fazer-se cisterciense, dedicando-se à contemplação orante dos mistérios de Deus e à composição de escritos de literatura espiritual.
Para o Papa, podemos considerá-lo como o "Cantor do amor, da caridade", pois, segundo o abade, a "força principal que move o espírito humano é o amor".
Após a catequese, o Papa recordou que hoje se celebram os 25 anos da promulgação da Exortação Apostólica "Reconciliatio et paenitentia", que chamou à atenção a importância do sacramento da penitência na vida da Igreja.
Nesta significativa data, Bento XVI citou algumas figuras extraordinárias de "apóstolos do confessional", incansáveis dispensadores da misericórdia divina: São João Maria Vianney, São José Cafasso, São Leopoldo Mandić, São Pio da Pietrelcina.
"Que o testemunho de fé e de caridade encoraje vocês, caros jovens, a fugirem do pecado e a projetarem seu futuro como um generoso serviço a Deus e ao próximo. Que ajude vocês, queridos enfermos, a experimentarem no sofrimento a misericórdia de Cristo crucificado. E peço a vocês, queridos noivos, a criarem na família um clima constante de fé e de recíproca compreensão", afirmou o Pontífice.
Por fim, aos sacerdotes, especialmente neste Ano Sacerdotal, o Papa faz votos de que o exemplo desses santos, seja para eles e para todos os cristãos um convite a confiar sempre na bondade de Deus, aproximando-se e celebrando com confiança o Sacramento da Reconciliação.
FONTE: CANÇÃO NOVA
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