ANO CATEQUÉTICO

13. A CATEQUESE E A ALEGRIA

É de esperar que a catequese nos encaminhe não só para o conhecimento e a prática da verdade cristã, mas também para a profunda alegria de conhecer, amar e servir a Jesus Cristo.

A alegria é um dos frutos do Espírito Santo (cf. Gl 5,22-23). Quando o apóstolo Paulo quis definir o reino de Deus, disse: “ele é justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Rm 14,17). Ser cristão comporta vibrar pela participação no supremo regalo de ser salvo do egoísmo do pecado e impregnado da graça de ser uma só natureza com Cristo.

Uma das faces da alegria cristã está no fato de ela poder conviver com a precariedade da vida e até com o sofrimento, porque ela nasce do amor. É assim que entendemos a serena alegria dos mártires a caminho do suplício ou o sorriso das nossas e dos nossos dedicados agentes da pastoral da saúde: um sorriso que não fere, mas consola. Ou ainda os nossos idosos, que, com um sorriso, às vezes expresso com dificuldade, ajudam a reconstruir situações aflitivas e até desesperadoras. Os exemplos são muitos e servem de contraste com a tristeza do pecado.

O domingo, ocasião em que especialmente nos reunimos para a eucaristia, por ser o dia da ressurreição de Cristo, deveria ser um dia de alegria para cada família cristã. E em cada celebração nos lembramos dos pobres e dos pecadores, que talvez estejam longe da experiência da alegria cristã. Uma característica do cristianismo – verdadeiro paradoxo tanto na Antiguidade quanto hoje – é ser portador de uma mensagem de incontida alegria para os pobres, exatamente como ensinou Jesus ao responder aos discípulos de João Batista: um dos sinais da presença do Messias era a mensagem alegre e feliz (evangélion) chegando aos pobres (cf. Mt 11,2-11).

Aproveitamos esse dia para pedir a Deus que nos conceda, ou nos faça redescobrir, a alegria do convívio com ele durante toda a semana. Como ensinou São Paulo, deixemos que a alegria invada o nosso coração (cf. Ef. 5,19).

Domingos Zamagna

NO MARCADOR "ANO CATEQUETICO"