domingo, 4 de outubro de 2009

A PROFECIA DO CASAMENTO


Não é muito freqüente que o homem e a mulher se amem em plenitude, se bem que a aspiração ao amor total e pleno seja quase sempre universal. É raro porque o verdadeiro sentido de nossa vida está no futuro, para onde caminhamos, em busca de um amor que seja eterno.

Quando Jesus lembra aos fariseus que “no princípio não era assim” e não existia divórcio ou separação, quer lembrar-nos que só havia uma exigência clara da palavra de Deus: que o homem e a mulher vivessem unidos no amor, num relacionamento de igualdade e de reciprocidade.

Não se tratava de cumprir uma lei ou um mandamento. Trata-se de respeitar uma profecia. E a profecia era esta: “O homem não separe o que o amor uniu”, mas ela e ele formem uma só carne.

Do ponto de vista do evangelho, o divórcio não faz sentido. O evangelho entende que o amor é por si mesmo indissolúvel. E isso não por coação externa, e sim por escolha, por decisão espontânea dos dois.

Os vínculos que nunca rebentam são os que nascem da liberdade e se fundamentam na lei do amor, o qual postula esquecer a si mesmo e viver pelo outro. A esta altura, o que vale mesmo é o dom recíproco da vida pela vida.

A imagem de Cristo na cruz deve sugeria a medida do amor nupcial. Pois, quando falamos desse amor, queremos entender a entrega de si mesmo, como Cristo se entrega na cruz.

Esse é o amor no sentido evangélico e profético, como o próprio Jesus entendeu. E eis porque o amor entre homem e mulher é “Sacramento”: porque é sinal daquele mistério profundo que levou o filho de Deus a morrer numa cruz, fazendo-se dom para a humanidade inteira. Essa é a “profecia” do casamento.

Pe. Virgílio, ssp

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