Papa saúda peregrinos presentes na Praça São Pedro, no Vaticano, para a tradicional Catequese das quartas-feiras.
Na Catequese desta quarta-feira, 28, o Papa Bento XVI não falou de um santo em especial, mas do seculo XII, período da Igreja, favorável ao renascimento da teologia latina.
Na Catequese desta quarta-feira, 28, o Papa Bento XVI não falou de um santo em especial, mas do seculo XII, período da Igreja, favorável ao renascimento da teologia latina.
Nesta época, explicou o Papa, a paz e o desenvolvimento econômico e social reinava na Europa. Na Igreja, a "reforma gregoriana" estava produzindo notáveis frutos, como a expansão da vida consagrada. Bases para que, no século XIII, despontassem figuras como São Tomás e São Boaventura.
Neste contexto, continuou Bento XVI, os mosteiros foram um âmbito de grande atividade teológica. Neles, os monges, dotados de uma vasta cultura e de um grande fervor evangélico, tentavam suscitar o desejo por Deus, mediante a contemplação dos mistérios sagrados na Escritura. Precisamente, esta aproximação espiritual ao texto bíblico - a Lectio Divina – foi um dos temas centrais do Sínodo dos Bispos do ano passado.
Outro âmbito deste florescimento teológico foram as escolas que apareceram junto às catedrais. Estes centros, dedicados à instrução do clero, buscavam apresentar a harmonia e a unidade da Revelação Cristã, mediante o chamado "método escolástico", onde predomina a confiança na razão para a compreensão das verdades da fé.
Após a catequese, o Papa saudou os peregrinos. Em português, Bento XVI explicou este período:
"Queridos irmãos e irmãs,
No século XII, a partir dos mosteiros e das escolas junto das catedrais, desenvolveram-se dois modelos diferentes de teologia: a "teologia monástica" e a "teologia escolástica". A primeira foi desenvolvida pelos monges, devotados ouvintes e leitores orantes da Sagrada Escritura, que procuravam incentivar e nutrir o desejo amoroso de Deus. A teologia escolástica é obra de pessoas cultas, de mestres desejosos de mostrar o caráter razoável e o fundamento dos mistérios de Deus e do homem, que se devem acreditar com a fé, mas também compreender pela razão. Fé e razão, em recíproco diálogo, vibram de alegria quando ambas são animadas pela busca de uma união cada vez mais íntima com Deus.
Amados peregrinos do Porto e demais pessoas de língua portuguesa, sede bem-vindos! Uma saudação particular ao coro infanto-juvenil de Maringá e aos grupos paroquiais de Santa Cruz, em Belém, e de Nossa Senhora do Carmo, no Rio de Janeiro. Que nada vos impeça de viver e crescer na amizade de Deus. Procurai iluminar o vosso caminho com a Palavra divina, ouvindo-a atentamente na Eucaristia do domingo e reservando alguns momentos em cada dia para a sua meditação. Sobre vós e vossas famílias, desça a minha bênção."
FONTE: CANÇÃO NOVA
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