domingo, 11 de outubro de 2009

O CAMINHO DA VIDA ETERNA


Desde o tempo de Jesus até hoje, a preocupação com a vida eterna é uma realidade. “Vida eterna” é a vida que se inicia no presente e vai além destes poucos anos de nossa existência – é vida que perdura para sempre.

Diante da pergunta do rico, que queria saber o “que fazer para herdar a vida eterna”, Jesus lhe apresenta alguns requisitos que servem também para nós.

A vivência dos mandamentos – do que já está previsto – é necessária mas não basta. O freio que certas leis nos impõem – não faça isso nem aquilo – pode ser importante, mas precisamos ir além. Realizar o que está previsto pode ser até fácil e cômodo, mas não há muito mérito nisso; precisamos ser criativos e descobrir caminhos novos, e não apenas cumprir leis e preceitos. Para Jesus, não basta sermos apenas cumpridores de normas, por mais recomendáveis e santas que sejam. A cada um ele diz o que ainda “falta”.

O homem do evangelho disse que procurou viver os mandamentos desde a juventude. Jesus lhe propõe algo mais: desapegar-se dos muitos bens que o prendiam. (Mateus acrescenta: “Se queres ser perfeito”.) Diante dessa proposta, o rico preferiu seguir o próprio caminho. Ele não conseguiu desvencilhar-se dos seus bens.

A riqueza não pode tomar conta do coração; quando isso acontece, já não há espaço para Deus nem para os irmãos e irmãs.

Embora não seja a todos que Jesus propõe abandonar tudo, a todos ele convida ao desprendimento dos bens materiais. Ele continua revelando a cada uma conduta sábia de quem deseja seguir seus passos. Para entrar no seu reino, há necessidade de renunciar ao acúmulo, não pensar apenas em si mesmo, mas olhar também para os outros, partilhar com eles em suas necessidades. O apego ao dinheiro é grande obstáculo para o acesso ao reino de Deus.

Pe. Nilo Luza, ssp

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