quinta-feira, 8 de outubro de 2009

ANO CATEQUÉTICO

9. QUEM PRECISA DE CATEQUESE?

Certamente todos necessitamos da instrução que sirva de lastro para a vivência e o discipulado cristãos. A moderna pedagogia nos ensina que a formação é permanente.

Do ponto de vista numérico e olhando apenas para nosso continente, o que chama a atenção é o manancial de jovens e de pobres. Se tivéssemos de responder muito resumidamente à pergunta do título desta reflexão, a resposta seria: todos - particularmente os jovens e os pobres. Mas ninguém deveria excluir as crianças de um processo de iniciação religiosa. Se os pais acreditam em valores, não seria estranho que esperassem a adolescência ou a juventude para começar a transmitir às crianças o rico patrimônio espiritual que a Igreja herdou do evangelho? O próprio Jesus quis que a sua palavra chegasse às criancinhas (cf. Lc 18,15-17).

É claro que a cada idade cabe uma proposta própria de catequese. Com os adolescentes, não empregamos a mesma linguagem usada com as crianças nem tratamos dos mesmos problemas trabalhados com elas. E seria fora de propósito oferecer aos universitários ou, mais amplamente, aos adultos a mesma reflexão desenvolvida junto aos adolescentes. Assim procedemos em biologia, geografia, aritmética, literatura... O certo é que todos precisamos aprender a esclarecer o dom da fé e amadurecê-la pela prática das virtudes, da oração, da meditação da palavra de Deus, da recepção dos sacramentos, da vida de testemunho. O que não podemos é parar no meio do caminho. Do contrário, jovens e adultos se comportariam como se ainda fossem crianças; seria um retrocesso tão contraproducente quanto forçar as crianças a uma precocidade que só lhes traria prejuízo.

É muito importante que os pais orientem os filhos para a catequese paroquial ou colegial, apoiando-os com o ensino domestico. Cabe aos pais e a todos os adultos procurar atualização. A ninguém se pede heroísmo ou o impossível, mas são tantas as formas de aprendizagem no nosso tempo (aulas presenciais, ensino a distância, leituras, visitas, rádio, TV, internet, participação na liturgia, etc.), que só mesmo a preguiça e a falta de compromisso com Deus e a família poderiam explicar nossas omissões no esforço pela catequese constante e renovada em nossa vida.

Domingos Zamagna

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