CHAMADOS A SEMEAR

A primeira parte do evangelho deste domingo fala da parábola da semente. Essa parábola compara três espécies de sementes perdidas e uma que produz resultado positivo. As perdidas caíram em solo desfavorável: à beira do caminho, em terreno pedregoso e entre espinhos. As sementes que caíram em terreno fértil produziram frutos abundantes.

A última parte do evangelho explica a parábola da semente. A semente é a palavra de Deus. Somos anunciadores da mensagem e, ao mesmo tempo, destinatários. Homens e mulheres da palavra, devemos ser pessoas de esperança e só podemos semear na esperança.

Não podemos desanimar diante dos corações endurecidos que não acolhem a palavra, nem nos deixar intimidar pelas agressões lançadas como pedras contra nós, nem nos deixar abater pelos espinhos que podem nos ferir. Não temos direito de escolher ou selecionar os terrenos e decidir, de antemão, qual é o bom, o melhor, o receptivo ou o merecedor.

Somos chamados a semear e a ser terreno acolhedor. Por isso é importante nos perguntar que tipo de solo somos: duro, que não permite à semente penetrar e germinar? Pedregoso, que acolhe a semente, mas não lhe dá condições para crescer? Repleto de espinhos que sufocam rapidamente os brotos das sementes? Ou somos terreno bom, que acolhe a semente e lhe dá condições para produzir excelentes frutos?

Não é fácil semear em terreno que não acolhe a semente da palavra. No entanto, a tarefa da comunidade e de cada seguidor de Jesus é lançar a palavra com todos os recursos e meios modernos possíveis – como ensinava Tiago Alberione, fundador da Família Paulina. Na perserverança consegue-se o resultado promissor.

Todos somos chamados a ser semeadores no terreno do reino de Deus. Ele necessita de alguém que se dedique a semear, cultivar e colher os frutos. A primeira preocupação não deve ser com os resultados, mas em semear com perseverança, com generosidade, sem cálculos mesquinhos.

Pe. Nilo Luza, ssp

TEXTO PUBLICADO NO FOLHETO "O DOMINGO"