segunda-feira, 25 de julho de 2011

Dia Litúrgico: 25 de Julho, São Tiago, Apóstolo


Evangelho (Mt 20,20-28): A mãe dos filhos de Zebedeu, com seus filhos, aproximou-se de Jesus e prostrou-se para lhe fazer um pedido. Ele perguntou: «Que queres?». Ela respondeu: «Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda». Jesus disse: «Não sabeis o que estais pedindo. Podeis beber o cálice que eu vou beber?». Eles responderam: «Sim, podemos». Declarou Jesus: «Do meu cálice bebereis, mas o sentar-se à minha direita e à minha esquerda não depende de mim. É para aqueles a quem meu Pai o preparou». 

Quando os outros dez ouviram isso, ficaram zangados com os dois irmãos. Jesus, porém, chamou-os e disse: «Sabeis que os chefes das nações as dominam e os grandes fazem sentir seu poder. Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser ser o maior entre vós seja aquele que vos serve, e quem quiser ser o primeiro entre vós, seja vosso escravo. Pois o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos».
Comentário: Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret (Vic, Barcelona, Espanha)
«Não sabeis o que estais pedindo (...) sentar-se à minha direita e à minha esquerda (...) é para aqueles a quem meu Pai o preparou»
Hoje, no fragmento do Evangelho de São Mateus encontramos vários ensinamentos. Vou destacar apenas um, aquele que se refere ao absoluto domínio de Deus sobre a História: tanto a de todos os homens em seu conjunto (a humanidade), como a de todos e cada um dos grupos humanos (no caso, por exemplo, o grupo familiar dos Zebedeus), como também a de cada indivíduo. Por isto Jesus disse-lhes claramente: «Não sabeis o que estais pedindo» (Mt 20,22).

Se sentarão à direita de Jesus Cristo aqueles a quem seu Pai tenha destinado: «Mas o sentar-se à minha direita e à minha esquerda não depende de mim. É para aqueles a quem meu Pai o preparou» (Mt 20,23). Assim, tal como se escuta. Como escreve Cervantes na célebre obra Dom Quixote: «Não se move a folha na árvore, sem a vontade do Senhor». E isto é assim porque Deus é Deus. Dito de outro jeito: se não fosse assim, Deus não seria Deus.

Na presença disso, que indiscutivelmente se sobrepõe a todo condicionamento humano, aos homens só resta, em princípio, à aceitação e a adoração (porque Deus se nos revelou como o Absoluto);a confiança e o amor enquanto caminhamos (porque Deus se revelou a nós, também, como Pai); e no final... no final, o maior e o mais definitivo: sentar-nos junto à Jesus (à sua direita ou à sua esquerda, isso é uma questão secundária, sem dúvida).

O enigma da eleição e da predestinação divinas só se resolve, da nossa parte, com a confiança. Mais vale um miligrama de confiança depositado no coração de Deus, que todo o peso do universo pressionando sobre nosso pobre prato da balança. Na verdade, «Santiago viveu pouco tempo, pois já demonstrava uma grande fé: desprezou todas as coisas humanas e ascendeu a um patamar tão inefável, que morreu imediatamente» (São João Crisóstomo). 


FONTE: http://evangeli.net/evangelho

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