Por Ronaldo da Silva
São muitas as discussões que a Igreja Católica está provocando com a realização nesta semana, de 17 a 22 de julho, no Rio de Janeiro, do 7º Muticom - Mutirão Brasileiro de Comunicação.
Atualmente a Igreja no Brasil detém a concessão de centenas de emissoras de rádio, inclusive organizadas numa rede chamada RCR (Rede Católica de Rádio); inúmeros jornais e revistas, centenas e talvez milhares de sites e blogs marcando uma presença determinante no espaço digital com grande desenvoltura. Quanto à televisão, o maior veículo de comunicação de massa atual, já soma quase um dezena de emissoras e, claro, algumas com maior expressão e abrangência nacional.
Se na década de 80, quando a Igreja ainda engatinhava nos meios de comunicação, e nem as TVs católicas e a internet existiam ainda, o lema era “Evangelizar é mais fazer do que dizer”, e isso em todos os campos, também o da evangelização com as mídias, hoje o foco é outro. Agora, a hora é de utilizar “bem” o potencial dos meios de comunicação da Igreja e trabalhar mais conjuntamente para levar sua mensagem a um número maior de pessoas.
No Muticom, cujo tema é “Comunicação e Vida: Diversidade e Mobilidade”, a equipe organizadora preocupou-se em propor as mais diversas reflexões, debates e oficinas para os cerca de oitocentos participantes. Além de palestras sobre a mídia contemporânea, ficção, vida cotidiana e a vida captada e narrada pelos meios de comunicação, o Mutirão também oferece nas oficinas o contato prático com a comunicação gerencial, pastoral e técnica. As diversas modalidades são: Blogs, sites, portais, publicidade e propaganda, texto jornalístico, comunicação feita pelo escritório da paróquia, planejamento executivo de shows e eventos católicos etc.
Os participantes são comunicadores que atuam na mídia católica, membros das Pastorais da Comunicação de todo o país, estudantes de comunicação social e comunicadores em geral.
Nas discussões têm se apresentado a necessidade de qualificação para os comunicadores católicos; aperfeiçoamento da linguagem utilizada; um olhar para o homem todo, humano e espiritual; a manutenção da verdade como essencial valor para a construção de uma sociedade sem vícios e corrupção e o respeito aos valores do outro.
Durante seis dias, profissionais renomados como Luiz Erlanger, Diretor da Central Globo de Comunicação; Marcelo Canellas, repórter especial da TV Globo; André Trigueiro, apresentador da Globonews; cineastas como Ismail Xavier e Moira Toledo, professora da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP); o Coronel Robson Rodrigues da Silva, Comandante Geral das Unidades de Polícia Pacificadora do Rio de Janeiro (UPPs); e dezenas de outros profissionais e especialistas estão se revezando nos debates com a intenção de despertar o senso crítico e o desejo de uma formação permanente dos comunicadores católicos.
A Igreja ainda está sendo desafiada a criar uma estratégia comunicativa comum a toda a sua mídia e a fazer uma imersão em si mesma para descobrir como quer ser vista e como quer ser identificada na sociedade. Os bons ventos comunicativos estão soprando no Muticom 2011. Que eles amplifiquem para o a Igreja do Brasil as vozes e os testemunhos daqueles que aqui estão ou que ouvirão seu ruído a fim de que o mundo possa conhecer “a razão da nossa esperança” (cf. 1Pd 3,15).
Ronaldo da Silva, membro da Comunidade Canção Nova,diretor da Rádio Canção Nova em Brasília - twitter: @ronaldocn
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