sábado, 16 de julho de 2011

Dia Litúrgico: Sábado XV do Tempo Comum


Evangelho (Mt 12,14-21): Naquele tempo, os fariseus saíram e tomaram a decisão de matar Jesus. Ao saber disso, Jesus retirou-se dali. Grandes multidões o seguiram, e ele curou a todos. Advertiu-os, no entanto, que não dissessem quem ele era. Assim se cumpriu o que foi dito pelo profeta Isaías: «Eis o meu servo, que escolhi; o meu amado, no qual está meu agrado; farei repousar sobre ele o meu Espírito, e ele anunciará às nações o direito. Ele não discutirá, nem gritará, e ninguém ouvirá a sua voz nas praças. Não quebrará o caniço rachado, nem apagará a mecha que ainda fumega, até que faça triunfar o direito. Em seu nome as nações depositarão sua esperança».
Comentário: Fray Josep Mª MASSANA i Mola OFM (Barcelona, Espanha)
«Ele curou a todos»
Hoje, encontramos uma dupla mensagem. De um lado, Jesus nos convida a segui-lo: «Muitos o seguiram e todos foram curados» (Mt 12,15). Se o seguimos, encontraremos soluções às dificuldades do caminho, como nos lembrava há pouco tempo. «Venham a mim os cansados e abatidos, e eu os darei o descanso» (Mt 11,28). Por outro lado, nos mostra o valor do amor manso: «Não disputará, nem gritará» (Mt 12,19).

Ele sabe que estamos cansados e abatidos pelo peso de nossas debilidades físicas e de caráter... E por esta cruz inesperada que nos visitou com toda sua aspereza, pelas contrariedades, pelos desenganos, pelas tristezas. De fato, «conspiraram contra Ele para ver como eliminar-lo» (Mt 12,14). E... Nós que sabemos que o discípulo não é nada mais que o mestre (cf. Mt 10,24), devemos ser conscientes de que também sofremos incompreensão e perseguição.

Tudo isso constitui um feixe de lenha que pesa em cima de nós, um feixe que nos manipula. E sentimos como se Jesus nos dissesse: «Deixa teu feixe aos meus pés, e eu me ocuparei dele; dá-me esse peso que te deixa abatido, e eu te levarei; descarrega e entrega-me tuas preocupações...».

É curioso: Jesus nos convida a deixar nosso peso, mas nos oferece outro: seu jugo, com promessa, isso sim, de que é leve e delicado. Quer nos mostrar que não podemos ir pelo mundo sem peso nenhum. Uma ou outra carga terá que levar. Mas que o nosso feixe não seja cheio de materialidade; que seja seu peso, que não preocupa.

Em África, as mães e irmãs mais velhas levam os pequenos nas costas. Uma vez, um missioneiro viu a uma menina que levava o seu irmãozinho... E disse-lhe: «Não achas que é um peso muito grande para ti?». Ela respondeu sem pensar: «Não é um peso, é meu irmãozinho e o amo». O amor, o jugo de Jesus, não só é pesado, e sim nos liberta de tudo aquilo que nos preocupa.

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