TERCEIRO DIA DO 7º MUTIRÃO DE COMUNICAÇÃO

Rio de Janeiro, 19 jul (RV) – Terceiro dia de atividades no 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação, que se realiza até o próximo dia 22 de julho na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC – Rio). 

A abertura do evento ocorreu na tarde do último domingo com a Santa Missa e a primeira conferência do Mons. Darío Viganò, professor da Pontifícia Universidade Lateranense de Roma, falou sobre o tema do Muticom: “Comunicação e Vida: Diversidade e Mobilidades”. 

Mons. Dario fez uma síntese de como é a imagem da Igreja nos dias de hoje. Ao iniciar sua explanação, explicou o conceito de audiência e público. Na realidade não existe mais "o" público das mídias, mas os numerosos e diferentes públicos. Precisamos estar cientes de que precisamos de uma linguagem jovem e diversificada, disse. Ele mostrou como a Igreja Católica, no contexto das transformações culturais, pode fortalecer sua identidade institucional e sua missão evangelizadora para comunicar sua mensagem para os homens e mulheres que vivem na chamada cultura midiática. Mons. Dario falou ainda da importância da Igreja estar presente nas Redes Sociais, como uma forma de dialogar com todo o “público”.

A primeira noite do Muticom foi encerrada com a música e animação típica dos cariocas. A apresentação da Banda Fuzibossa, formada por músicos do Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha Brasileira.

As manhãs do Muticom são dedicadas aos painéis temáticos, nos quais estão sendo discutidos os caminhos e desafios da comunicação tanto na Igreja, quanto no mundo. Ontem as atividades do Muticom começaram, com o painel “Concepção, filosofia, estruturas e modalidades da Comunicação na Igreja e a imagem da Igreja na mídia”. O primeiro a falar foi o Diretor da Central Globo de Comunicação, Luis Erlanger que falou sobre a presença da Igreja Católica na Mídia. Erlanger ressaltou a necessidade de a Igreja trabalhar mais em rede para projetar as suas ações. “Imagem não é algo que você queira transmitir, é como você é percebido”, explicou.

A análise, concentrada principalmente na Internet, a partir de buscas por palavras-chave, revelou que, por mês, quatro milhões de pessoas buscam a palavra “Deus”, por exemplo. Já a palavra “Oração” tem aproximadamente um milhão e meio de buscas mensais. Para Erlanger, um problema é que essas buscas não encontram, nos primeiros resultados, sites da Igreja Católica. Neste ponto, o jornalista também lembrou a importância de avaliar o que é dito sobre a Igreja na Internet e de responder ao que é falado. Também o Presidente do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais deixou a sua mensagem, evidenciando o grande evento do Mutirão e pedindo para o que aqui for tratado seja traduzido em espanhol para que também os demais comunicadores da América Latina possa receber o entusiasmo e as reflexões dos comunicadores brasileiros.

Já nos painéis desta terça-feira o tema é “Documentário, ficção e vida cotidiana”, ou seja a vida captada e narrada pelos meios de comunicação. Teremos ainda a exposição do filme Bicho de sete cabeças, de Laís Bodansky, Prêmio Margarida de Prata da CNBB de 2001.

Sobre o início dos trabalhos do 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação, nós ouvimos o Arcebispo do Rio, afitrião do encontro, Dom Orani João Tempesta. (Dom Orani)

Ouvimos ainda o coordenador-geral do Muticom, Padre Omar Raposo. (Pe. Omar)
Os mais de 800 participantes do Muticom terão ainda na tarde de hoje oficinas técnicas e grupos de trabalhos com destaque para o tema juventude e projeto profissional, o Sagrado e a comunicação e ainda sociabilidades contemporâneas. O dia termina com a parte cultural e a apresentação do Grupo Farofa Carioca.

Do Rio de Janeiro para a Rádio Vaticano, Silvonei José


FONTE: http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/articolo.asp?c=505588