Maria é mãe de Deus, um mistério que deixa a razão humana perplexa. Ficamos espantados talvez porque ainda temos a idéia de que Deus está muito longe de nós. É verdade que ele é grande, infinito e poderoso e não conseguimos explicá-lo com nossa razão limitada. Mas isso não significa que ele seja como um pai ausente, distante. Pelo contrário, Deus se importa conosco a ponto de morar entre nós, experimentar em Jesus nossas dores e alegrias.
Certamente uma das alegrias que Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro homem, experimentou foi o fato de ter Maria como mãe. No colo de Maria, ele sentiu o afeto, a proximidade, o carinho e o cuidado. Dela imitou muita coisa, como toda criança imita sua mãe.
Contemplar Jesus, verdadeiro Deus, mas também verdadeiro homem, vivendo com sua mãe, aprendendo com ela a se relacionar com as pessoas, ajuda-nos a valorizar nossos relacionamentos e pensar na sua qualidade. Como Jesus quis aprender de Maria, podemos também aprender com as outras pessoas, pois o próprio Deus nos deu exemplo de humildade.
Só constrói relações verdadeiras quem tem consciência de que não sabe tudo, mas precisa do outro. Quem se fecha no próprio egoísmo, na prepotência de achar que não precisa de ninguém, aprende pouco e não cresce em estatura e graça diante de Deus e das pessoas, como Jesus.
Sendo Deus, Jesus deixou-se ensinar por sua mãe. O exemplo dele e de Maria nos ensina muita coisa. Uma delas é que devemos esvaziar-nos de nossas pretensões de autossuficiência para nos relacionar de modo sincero e profundo com as pessoas.
Pe. Claudiano A. dos Santos, SSP
Texto publicado no folheto “O Domingo”
Marcador: Liturgia
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