Primeira Leitura: 1 Isaías 60, 1-6
A glória do Senhor amanhece sobre ti.
Salmo Responsorial: Sl 71(72), 2. 7-8. 10-11. 12-13 (R. cfr. 11)
Todos os reis hão de adorá-lo, hão de servi-lo todas as nações.
Segunda Leitura: Efésios 3,2-6
Revelou-se também aos gentios.
Evangelho: Mateus 2, 1-12
Viemos do Oriente para adorar o Rei.
A grandiosa visão do profeta, descrevendo a subida das nações para Jerusalém não oculta inteiramente o particularismo que o texto ainda inspira. Da mesma maneira que no salmo 71, promete-se um Rei ao qual todos os demais reis da Terra pagarão tributo. O profeta, sob a influência de um procedimento conhecido na literatura oriental, vê em Sião a cidade na qual o universo inteiro se reúne para trazer suas riquezas e oferecer seus sacrifícios; mas este universalismo é muito centralista, uma vez que ainda só concebe a universalidade da salvação a partir de Sião. Os primeiros cristãos acreditaram por sua vez, durante muito tempo, que a unidade religiosa do mundo se faria a partir de Jerusalém: Levanta os olhos e olha à tua volta: todos se reúnem para vir a ti: teus filhos chegam de longe, e tuas filhas são transportadas à garupa (Isaías 60,4).
Paulo, na carta aos Efésios, nos fala de um mistério que lhe foi revelado: os gentios são co-herdeiros e membros do mesmo corpo, e co-partícipes da promessa em Cristo Jesus pelo Evangelho (Efésios 3, 6). Isto nos dá mostras claras de que a missão de Jesus e seus discípulos é para toda a humanidade; que não somente veio para o povo Judeu, mas para todas as nações da terra.
O essencial do quadro pintado por Mateus é a oposição entre a repulsa dos judeus e a fé dos pagãos. Vendo o espetáculo dos pagãos que adoram a Jesus, Mateus introduz a profecia de Isaías 60, 6, em que diz: Trarão ouro e incenso, e assinala que foi cumprida. Os pagãos que se tinham tornado cristãos encontravam aqui uma nova razão para afirmar sua fé: as próprias profecias judaicas lhes mostravam como tinham falado da realização dessas coisas.
Por outro lado, notemos como ao longo de todo o evangelho Mateus se preocupa em justificar esta rejeição dos judeus e o acesso dos pagãos à fé cristã. Depois da Ressurreição volta a pôr em cena os sacerdotes que se recusam a crer, e opõe a este trecho o envio dos apóstolos a todas as nações. Portanto, a lição essencial do evangelho parece que está clara.
O relato é, pois, um midrash (nterpretação) popular com a finalidade de inculcar a verdade do universalismo do novo Reino. Que todos os elementos desse midrash, sejam ou não históricos, não põem em julgamento o propósito do relato. Fiquemos com o essencial: o Menino adorado pelos Magos instaura um reino universal do qual todos somos convidados a participar e a nos pôr em atitude de adoração e de anúncio de que o Reino de Deus se fez presente.
FONTE: PORTAL CLARET
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