sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Dia Litúrgico: Tempo Comum, Semana XX, Sexta-Feira, 20 de agosto


Evangelho (Mt 22,34-40):
 Naquele tempo, os fariseus ouviram dizer que Jesus tinha feito calar os saduceus. Então se reuniram, e um deles, um doutor da Lei, perguntou-lhe, para experimentá-lo: «Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?». Ele respondeu: «Amarás o Senhor, teu Deus, com todo o teu coração, com toda a tua alma e com todo o teu entendimento! Esse é o maior e o primeiro mandamento. Ora, o segundo lhe é semelhante: Amarás teu próximo como a ti mesmo. Toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos».

Comentário: Rev. D. Pere CALMELL i Turet (Barcelona, Espanha)

Amarás o Senhor, teu Deus (...). Amarás teu próximo

Hoje, o Mestre da Lei pergunta a Jesus: «Qual é o mandamento mais importante da Lei?» (Mt 22,36), o mais importante, o primeiro. A resposta, porém, fala do primeiro mandamento e do segundo, que lhe «é semelhante» (Mt 22,39). Dois elos inseparáveis, que são uma só coisa. Inseparáveis, mas uma primeira e outra segunda, uma de ouro, outra de prata. O Senhor nos leva ao âmago da catequese cristã, porque «toda a Lei e os Profetas dependem desses dois mandamentos» (Mt 22,40).

Eis aqui a razão de ser do comentário clássico sobre as duas madeiras da Cruz do Senhor: a que está fincada na terra é a verticalidade, que olha na direção do Céu, a Deus. O transverso representa a horizontalidade, a relação com nossos iguais. Também nesta imagem há um primeiro e um segundo. A horizontalidade estaria em nível da terra, se antes não possuíssemos uma haste na vertical e, quando mais queremos elevar o nível dos nossos serviços aos nossos semelhantes —a horizontalidade — mais elevado deve ser nosso amor a Deus. Do contrário, virá facilmente o desânimo, a inconstância, a exigência de compensações quaisquer que elas sejam. Disse S. João da Cruz: «Quanto mais ama uma alma, mais perfeita é naquilo que ama; daqui que essa alma, que já é perfeita, toda ela é amor e, todas suas ações são amor».

De fato, nos santos que conhecemos vemos como o amor a Deus, que sabem manifestar-lhe de muitas maneiras, lhes outorga uma grande iniciativa no momento de ajudar o próximo. Peçamos hoje à Virgem Santíssima que nos encha de desejo de surpreender ao Nosso Senhor com obras e palavras de afeto. Assim nosso coração será capaz de descobrir como surpreender com algum detalhe simpático aos que vivem e trabalham ao nosso lado e, não somente fazer isso nos dias assinalados, que isso todos sabem como agir. Surpreender!: Forma prática de pensar menos em nós mesmos.



MARCADOR: LITURGIA
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