sábado, 14 de maio de 2011

Dia Litúrgico: 14 de maio: São Mateus, apóstolo



Evangelho (Jn 15,9-17): Naquele tempo, Jesus disse aos discípulos: «Como meu Pai me ama, assim também eu vos amo. Permanecei no meu amor. Se observardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu observei o que mandou meu Pai e permaneço no seu amor. 

»Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa. Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 

»Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi e vos designei, para dardes fruto e para que o vosso fruto permaneça. Assim, tudo o que pedirdes ao Pai, em meu nome, ele vos dará. O que eu vos mando é que vos ameis uns aos outros».

Comentário: Rev. D. Josep VALL i Mundó (Barcelona, Espanha)
«Eu vos disse isso, para que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa»
Hoje, a Igreja lembra o dia em que os Apóstolos escolheram aquele discípulo de Jesus que tinha que substituir a Judas Iscariote. Como nos diz certamente São João Crisóstomo numa das suas homílias, que na hora de eleger pessoas para uma certa responsabilidade podem-se dar certas rivalidades ou discussões. Por isso, São Pedro «desentende-se da inveja que podia haver surgido», ou deixa à sorte, à inspiração divina e evita assim qualquer possibilidade. Continua dizendo este Padre da Igreja: «E é que as decisões importantes muitas vezes podem criar desgostos». 

No Evangelho do dia, o Senhor fala aos Apóstolos da alegria que hão de ter: «Que a minha alegria esteja em vós, e a vossa alegria seja completa» (Jo 15,11). Em efeito, o cristão, como Mateus, viverá feliz e com uma serena alegria se assume os diversos acontecimentos da vida desde a graça da filiação divina. De outro modo, acabaria deixando-se levar pelos falsos desgostos, por tontas invejas ou por prejuízos de qualquer tipo. A alegria e a paz são sempre frutos da exuberância da entrega apostólica e da luta para chegar a ser santos. É o resultado lógico e sobrenatural do amor a Deus e do espírito de serviço ao próximo. 

Romano Guardini escrevia: «A fonte da alegria encontra-se no mais profundo do interior da pessoa (...) Aí habita Deus. Então, a alegria dilata-se e faz-nos luminosos. E tudo aquilo que é belo é entendido com todo o seu resplendor». Quando não estamos contentes temos de saber rezar como Santo Tomé Moro: «Deus meu, concede-me o sentido do bom humor para que saboreie nesta vida a felicidade e possa transmiti-la aos outros». Não esqueçamos aquilo que Santa Teresa de Jesus também pedia: «Deus, libera-me dos santos com cara triste, já que um santo triste é um triste santo».


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