quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Julia Beck faz uma síntese da missa da Assunção de Nossa Senhora que participou no domingo às 8:30h



                A liturgia da palavra deste domingo (19), traz o texto que representa o coração e os sentimentos de Maria quando Isabel a reconhece, ao pulo de João Batista em seu ventre, como a mãe do Senhor. Através desta leitura,  que inspirou o canto e a oração Magnífica, a bíblia traz a afirmação de Maria como mãe, mas  não como qualquer mãe, e sim como a mãe do salvador.
            Fiel e perseverante a jovem, virgem e mãe, disse sim diante de um futuro incerto. Experimentou o amor divino através do contato com a dor e entregou sua vida ao Santíssimo. Capaz de ainda humanamente alcançar os céus, Nossa Senhora  viu os sinais e prodígios de Jesus, seguiu-O e compartilhou de sua santidade quando Ele curou doentes e ergueu os caídos com a força da palavra. Reconheceu-O como o Senhor e compreendeu através dos milagres de seu Filho a importância de seu sim.

            A I Leitura, retirada do livro do Apocalipse de São João, descreve uma grande mulher revestida de Sol com a Lua debaixo dos pés. Despida dos medos e inseguranças terrenas, Maria é descrita revestida de Deus, representado pelo Sol, tendo a humanidade rebaixada, representada pela Lua. Maria dormiu na Terra e com o canto de louvor dos anjos, foi elevada e coroada no Céu.
            Partindo desta histórica experiência antropológica, o Senhor convida todos os cristãos a seguir os passos de sua maior servidora, Nossa Senhora. Como ela somos chamados em comunhão com a Santa Igreja, a cantar sempre os bens de Deus em nossas vidas. Ainda que a caminhada possua sofrimentos e tribulações, a confiança que o Poderoso sempre fará maravilhas, deve tornar-se a verdadeira razão e motivação da vivência e persistência da fé cristã.
            Como filhos, somos diariamente condicionados a amadurecer em nossos desafios, em nossas angústias, medos e dúvidas sem repostas. A necessidade de assumirmos os passos do Pai em nossa caminhada é o que de fato nos caracteriza como seus servidores. O enfrentamento humano das dificuldades anula a covardia própria e nos faz caminhar ,a passos largos, a encontro   do Criador em sua morada eterna.
            Campeã porque seguiu em frente, porque manteve-se forte diante do sofrimento de seu Filho muito amado, Maria seguiu aguardando a vitória sem nunca deixar de ser verdadeiramente e totalmente de Cristo. Digníssima do milagre da assunção, Nossa Senhora em sua carne e alma, encontrou-se, no Paraíso, com seu filho, anteriormente por ela embalado no desconforto de um presépio.
            Por estar de corpo e alma no céu, Maria é de Aparecida, de Fátima, de Lourdes e de onde Deus permitir que ela esteja. Diante das tantas fraquezas e imperfeições humanas, ela nos visita, como fez a Isabel, e permanece conosco o tempo que for necessário para que nos confortemos no aconchego de seu mais puro amor de mãe.

Julia Beck



Pastoral da Comunicação 



Paróquia Nossa Senhora Aparecida

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