Com o milagre da multiplicação dos pães, Jesus, o pão da vida, conquistou uma grande legião de seguidores. A princípio, estas pessoas abandonaram tudo o que possuíam para acompanhá-lo, pois estavam atrás de providências meramente materiais, mais precisamente, buscavam o alimento do corpo.
Incomodado com os interesses superficiais daquele povo, o Filho de Deus reconhece que a procura popular é guiada por milagres e não pelos sinais que o indicavam como o Senhor do céu e da terra. Jesus o verdadeiro alimento da alma, o genuíno canal de salvação que liga o homem ao céu e ao Pai criador, é visto aos olhos humanos, conotativamente, como o Governo que deveria alimentá-los e suprir, obrigatoriamente, as necessidades dos que O buscavam.
O evangelho deste domingo, juntamente à primeira leitura do livro do Êxodo, nos faz refletir: "Do que vale a saciedade fisiológica, se a alma encontra-se desnutrida do alimento da vida eterna?" Assim como aquela população, muitas vezes nós vivemos com Deus um relacionamento a base de interesses e trocas. Acabamos compactuando com os egípcios, que em murmúrios no deserto, preferiam ainda que humilhados e sem dignidade satisfazer vontades à seguir o Senhor.
A palavra de Deus convida a todos os sedentos do pão do céu a renovarem a fé cristã, libertando-se do materialismo e edificando a caminhada diária à base da dignidade que nos levará ao banquete eterno. É preciso que pelo batismo tornemo-nos sempre "homens novos" interessados nos sinais de Deus e não interesseiros por seus milagres.
Julia Beck
Pastoral da Comunicação
Paróquia Nossa Senhora Aparecida
Muito bom Júlia.
ResponderExcluirDeus te abençoe.