Bento XVI saúda os peregrinos durante a Catequese sobre Santa Brígida: ''Na grande tradição cristã, à mulher é reconhecida uma dignidade própria''
A autêntica espiritualidade conjugal e o lugar da mulher na vida da Igreja foram destacados por Bento XVI na Catequese desta quarta-feira, 27.
O Papa falou sobre a figura de Santa Brígida da Suécia, que viveu no século XIV e foi proclamada copadroeira da Europa pelo Servo de Deus João Paulo II na vigília do Grande Jubileu do Ano 2000. Após o encontro, houve um apelo à solidariedade com a Indonésia e Benin.
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.: Catequese de Bento XVI sobre Santa Brígida da Suécia
Santa Brígida era casada com Ulf – governador de um importante distrito da Suécia –, com o qual permaneceu unida durante 28 anos, até a morte dele. Essa foi a primeira das duas fases em que o Pontífice distinguiu a vida da santa.
"Esse primeiro período da vida de Brígida ajuda-nos a apreciar aquela que hoje podemos definir como uma autêntica 'espiritualidade conjugal': unidos, os esposos cristãos podem percorrer um caminho de santidade, sustentados pela graça do Sacramento do Matrimônio", disse.
Além disso, o Santo Padre ressaltou que não poucas vezes "é a mulher que, com a sua sensibilidade religiosa, com a delicadeza e a doçura pode fazer o marido percorrer um caminho de fé. Penso com reconhecimento em tantas mulheres que, dia após dia, ainda hoje iluminam as próprias famílias com o seu testemunho de vida cristã. Possa o Espírito do Senhor suscitar também hoje a santidade dos esposos cristãos, para mostrar ao mundo a beleza do matrimônio vivido segundo os valores do Evangelho".
O segundo período da vida da santa começa quando ela torna-se viúva. "Também as viúvas cristãs, portanto, podem encontrar nessa santa um modelo a seguir", explicou. Ela vai viver junto ao mosteiro cisterciense de Alvastra – apesar de não ter feito a consagração religiosa – e iniciam-se as revelações divinas, recolhidas nas obras Revelationes (Revelações) e Revelationes extravagantes (Revelações suplementares).
Bento XVI explicou que as revelações da santa apresentam-se "sob a forma de diálogos entre as Pessoas divinas, a Virgem, os santos e também os demônios; diálogos nos quais também Brígida intervém. Outra vezes, ao contrário, trata-se do relato de uma visão particular; e, em outras, é narrado ainda aquilo que a Virgem Maria lhe revela acerca da vida e dos mistérios do Filho".
A paixão de Cristo e a dolorosa maternidade de Maria são temas frequentes dessas revelações. Brígida reconhecia que era alvo de uma especial predileção de Deus, e "estava firmemente convencida de que todo o carisma é destinado a edificar a Igreja", salientou o Pontífice.
Papel da mulher
Em 1349, a santa foi viver em Roma e buscou a aprovação papal da Regra de uma Ordem Religiosa que pretendia fundar.
"De fato, na grande tradição cristã, à mulher é reconhecida uma dignidade própria, e – sempre sob o exemplo de Maria, Rainha dos Apóstolos – um lugar próprio na Igreja, que, sem coincidir com o sacerdócio ordenado, é igualmente importante para o crescimento espiritual da Comunidade. Além disso, a colaboração dos consagrados e consagradas, sempre no respeito da sua específica vocação, reveste-se de grande importância no mundo de hoje", sublinhou, a esse propósito, o Papa.
A audiência
O encontro do Bispo de Roma com os cerca de 30 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro aconteceu às 10h30min (em Roma – 6h30min no horário de Brasília). Bento XVI também ressaltou as raízes do continente europeu e explicou que a declaração de Brígida – que viveu antes da divisão entre os cristãos – como copadroeira da Europa é sinal do desejo de se obter a graça tão desejada da plena unidade de todos os cristãos.
"Por essa mesma intenção, que tanto está presente em nossos corações, e para que a Europa saiba sempre alimentar-se das próprias raízes cristãs, desejamos rezar, queridos irmãos e irmãs, invocando a poderosa intercessão de Santa Brígida da Suécia, fiel discípula de Deus e copadroeira da Europa", finalizou.
O Papa falou sobre a figura de Santa Brígida da Suécia, que viveu no século XIV e foi proclamada copadroeira da Europa pelo Servo de Deus João Paulo II na vigília do Grande Jubileu do Ano 2000. Após o encontro, houve um apelo à solidariedade com a Indonésia e Benin.
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.: Catequese de Bento XVI sobre Santa Brígida da Suécia
Santa Brígida era casada com Ulf – governador de um importante distrito da Suécia –, com o qual permaneceu unida durante 28 anos, até a morte dele. Essa foi a primeira das duas fases em que o Pontífice distinguiu a vida da santa.
"Esse primeiro período da vida de Brígida ajuda-nos a apreciar aquela que hoje podemos definir como uma autêntica 'espiritualidade conjugal': unidos, os esposos cristãos podem percorrer um caminho de santidade, sustentados pela graça do Sacramento do Matrimônio", disse.
Além disso, o Santo Padre ressaltou que não poucas vezes "é a mulher que, com a sua sensibilidade religiosa, com a delicadeza e a doçura pode fazer o marido percorrer um caminho de fé. Penso com reconhecimento em tantas mulheres que, dia após dia, ainda hoje iluminam as próprias famílias com o seu testemunho de vida cristã. Possa o Espírito do Senhor suscitar também hoje a santidade dos esposos cristãos, para mostrar ao mundo a beleza do matrimônio vivido segundo os valores do Evangelho".
O segundo período da vida da santa começa quando ela torna-se viúva. "Também as viúvas cristãs, portanto, podem encontrar nessa santa um modelo a seguir", explicou. Ela vai viver junto ao mosteiro cisterciense de Alvastra – apesar de não ter feito a consagração religiosa – e iniciam-se as revelações divinas, recolhidas nas obras Revelationes (Revelações) e Revelationes extravagantes (Revelações suplementares).
Bento XVI explicou que as revelações da santa apresentam-se "sob a forma de diálogos entre as Pessoas divinas, a Virgem, os santos e também os demônios; diálogos nos quais também Brígida intervém. Outra vezes, ao contrário, trata-se do relato de uma visão particular; e, em outras, é narrado ainda aquilo que a Virgem Maria lhe revela acerca da vida e dos mistérios do Filho".
A paixão de Cristo e a dolorosa maternidade de Maria são temas frequentes dessas revelações. Brígida reconhecia que era alvo de uma especial predileção de Deus, e "estava firmemente convencida de que todo o carisma é destinado a edificar a Igreja", salientou o Pontífice.
Papel da mulher
Em 1349, a santa foi viver em Roma e buscou a aprovação papal da Regra de uma Ordem Religiosa que pretendia fundar.
"De fato, na grande tradição cristã, à mulher é reconhecida uma dignidade própria, e – sempre sob o exemplo de Maria, Rainha dos Apóstolos – um lugar próprio na Igreja, que, sem coincidir com o sacerdócio ordenado, é igualmente importante para o crescimento espiritual da Comunidade. Além disso, a colaboração dos consagrados e consagradas, sempre no respeito da sua específica vocação, reveste-se de grande importância no mundo de hoje", sublinhou, a esse propósito, o Papa.
A audiência
O encontro do Bispo de Roma com os cerca de 30 mil fiéis reunidos na Praça de São Pedro aconteceu às 10h30min (em Roma – 6h30min no horário de Brasília). Bento XVI também ressaltou as raízes do continente europeu e explicou que a declaração de Brígida – que viveu antes da divisão entre os cristãos – como copadroeira da Europa é sinal do desejo de se obter a graça tão desejada da plena unidade de todos os cristãos.
"Por essa mesma intenção, que tanto está presente em nossos corações, e para que a Europa saiba sempre alimentar-se das próprias raízes cristãs, desejamos rezar, queridos irmãos e irmãs, invocando a poderosa intercessão de Santa Brígida da Suécia, fiel discípula de Deus e copadroeira da Europa", finalizou.
MARCADOR: PAPA BENTO XVI
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