terça-feira, 29 de junho de 2010

São Pedro e São Paulo, apóstolos



A celebração de hoje é antiquíssima; foi inscrita no Santoral romano muito antes da festa do Natal. No século IV já se celebravam três missas, uma em São Pedro no Vaticano, outra em São Paulo fora dos muros, a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde provavelmente estiveram escondidos por algum tempo os corpos dos dois apóstolos.

São Pedro

Simão era pescador de Betsaida (Lc 5,3; JO 1,44), que mais tarde se estabelecera em Cafarnaum (Mc 1,21.29). Seu irmão André o introduz entre os que seguem Jesus (Jo 1,42): mas Simão havia sido certamente preparado para este encontro por João Batista. O Cristo lhe muda o nome e o chama "Pedra" (Mt 16,17-19; JO 21,15-17), para realizar em sua pessoa o tema da pedra fundamental. Simão Pedro é uma das primeiras testemunhas que vê o sepulcro vazio (Jo 20,6) e merece uma especial aparição de Jesus ressuscitado (Lc 24,34).

Depois da ascensão, ele toma a direção da comunidade cristã (At 1,15; 15,7), enuncia o esquema da Boa-nova (At 2,1441), e é o primeiro a tomar consciência da necessidade de abrir a Igreja aos pagãos (At 10-11). Essa missão espiritual não o livra da condição humana nem das deficiências do temperamento (Mt 10,41; 14,29.66-72; Jo 13,6; 18,10; Mt 14,29-31). Paulo não hesita em contradizê-lo na discussão de Antioquia (At 15; Gl 2, 11-14), para convidá-lo a libertar-se das praticas judaicas. Parece, de fato, que neste ponto Pedro tenha tardado a abrir-se e tendesse a considerar os cristãos de origem pagã como uma comunidade inferior a dos cristãos de origem judaica (At 6,1-2). Quando Pedro vai a Roma torna-se o apóstolo de todos. Cumpre, então, plenamente, sua missão de "pedra angular", reunindo num só "edifício" os judeus e os pagãos e ratifica esta missão com seu sangue.

A celebração de hoje é antiquíssima; foi inscrita no Santoral romano muito antes da festa do Natal. No século IV já se celebravam três missas, uma em São Pedro no Vaticano, outra em São Paulo fora dos muros, a terceira nas catacumbas de São Sebastião, onde provavelmente estiveram escondidos por algum tempo os corpos dos dois apóstolos.

São Paulo

Depois de sua conversão na estrada de Damasco, Paulo percorre, em quatro ou cinco viagens, o Mediterrâneo. Faz a primeira viagem em companhia de Barnabé (At 13-14); partem de Antioquia, param na ilha de Chipre e depois percorrem a atual Turquia. Após o concílio dos apóstolos em Jerusalém, Paulo inicia uma segunda viagem, desta vez expressamente como "convidado" dos "Doze" (At 15,36-18,22). Atravessa novamente a Turquia, evangeliza a Frigia e a Galácia, onde adoece (Gl 4,13). Passa à Europa com Lucas e funda a comunidade de Filipos (Grécia setentrional). Depois de um período de prisão, evangeliza a Grécia; em Atenas sua missão encontra nos Filósofos um obstáculo; em Corinto funda a comunidade que lhe dá mais trabalho. Em seguida volta a Antioquia. Uma terceira viagem (At 18,23-21,17) o leva às Igrejas fundadas na atual Turquia, especialmente a Éfeso, depois à Grécia e a Corinto. De passagem em Mileto, anuncia aos anciãos sua próxima provação. De fato, pouco depois de sua volta a Jerusalém é preso pelos judeus e posto no cárcere (At 21). Sendo cidadão romano, Paulo apela para Roma.

Empreende assim uma quarta viagem, esta a Roma, mas não mais em estado de liberdade (At 21-26). Chega a Roma pelo ano 60 ou 61; é mantido na prisão até cerca do ano 63; no entanto, aproveitando de algumas facilidades que lhe são proporcionadas, entra em frequente contato com os cristãos da cidade e escreve as "cartas do cativeiro". Libertado no ano 63, faz, provavelmente, uma última viagem à Espanha (Rm 15,24-28) ou às comunidades dirigidas por Timóteo e Ti to, às quais escreve cartas que deixam entrever seu fim próximo. De novo preso e encarcerado, Paulo sofre o martírio cerca do ano 67.

Pedro e Paulo: dois nomes que ao longo dos séculos personificaram a Igreja inteira em sua ininterrupta Tradição. Aos dois primeiros mestres da fé chegou-se mesmo a "confessar" os pecados no Confiteor, reconhecendo neles a Igreja histórica. Para os orientais também, os dois "irmãos" significam todo o colégio apostólico, como pedras fundamentais da fé. Ainda hoje o Papa invoca a autoridade dos santos Apóstolos Pedro e Paulo quando, em seus atos oficiais, quer referir a Tradição à sua fonte: a palavra de Deus. Só pela escuta desta palavra no Espírito, pode a Igreja se "tornar perfeita no amor em união como Papa, os bispos e toda a ordem sacerdotal". [MISSAL DOMINICAL ©Paulus, 1995]

Óbolo de São Pedro

Por determinação da VII Assembleia da CNBB, em todas as igrejas e oratórios, mesmo dos mosteiros, conventos e colégios, comemora-se o DIA DO PAPA, com pregações e orações que traduzam amor, veneração, respeito e obediência ao Vigário de Cristo na terra, Cabeça da Santa Igreja universal, e com piedosas e generosas ofertas para o Óbolo de São Pedro.


MARCADOR: SANTO DO DIA
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