Evangelho: Mateus, (Mt 7, 6.12-14)
Entrai pela porta estreita
Entrai pela porta estreita
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 6"Não deis aos cães as coisas santas, nem atireis vossas pérolas aos porcos; para que eles não as pisem com os pés e, voltando-se contra vós, vos despedacem. 12Tudo quanto quereis que os outros vos façam, fazei também a eles. Nisto consiste a lei e os profetas. 13Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta e espaçoso é o caminho que leva à perdição, e muitos são os que entram por ele! 14Como é estreita a porta e apertado o caminho que leva à vida! E são poucos os que o encontram". Palavra da Salvação!
Leitura paralela: Lc 13,23-24
Comentando o Evangelho
A cautela pastora
Soa enigmática a orientação de Jesus aos discípulos: não dar aos cães as coisas sagradas, nem jogar pérolas aos porcos. A que estaria se referindo?
As palavras do Mestre exortam a cautela no trabalho pastoral. Era uma forma de precaver os missionários contra a ingenuidade de partilhar a mensagem do Reino com gente despreparada para recebê-la, ou pior ainda, avessa ao Reino e a seus mensageiros. Seria um trabalho inútil, com o risco de provocar um reação violenta.
Esta norma pastoral de Jesus pressupõe um mínimo de boa vontade e de abertura por parte de quem é evangelizado. E inútil querer levar alguém a converter-se ao Reino, contra a sua vontade. Será pura perda de tempo! A Palavra só produz frutos no coração de quem a recebe com liberdade e alegria. Seria fazer mau uso dessa Palavra querer forçar alguém a acolhê-la. Jesus entrevê até mesmo um risco para a vida do apóstolo, ao dizer que os porcos poderiam voltar-se contra ele e despedaçá-lo. Não valeria a pena correr tal risco!
A experiência missionária de Jesus ofereceu-lhe as bases para chegar a esta conclusão. Ao longo de seu ministério, ele se deparou com pessoas absolutamente refratárias ã sua mensagem, numa evidente atitude hostil. Por isso, não nutria a ilusão de poder convertê-las. As coisas santas e as pérolas teriam destinatários melhores. [Evangelho Nosso de Cada Dia, Pe. Jaldemir Vitório, ©Paulinas, 1997]
Para sua reflexão: Cães e porcos eram animais desprezíveis ou impuros. Para comer das oferendas ou sacrifícios do culto a pessoa deve estar pura. Não inculca o esoterismo, mas a devida discrição no uso dos tesouros cristãos. Profana-se o santo e os indignos não se beneficiam. A “regra de outro” conhecida no mundo antigo na sua forma negativa é renovada por Jesus sob dois aspectos (v.12): o discípulo deve tomar a iniciativa de fazer o bem (formulação positiva) sem ter em conta que será retribuído por isso. O tema bíblico dos “dois caminhos” (v.13-14) ilustra a necessidade de escolha com que o ser humano se confronta, ao acolher o Evangelho. A imagem da porta estreita sugere as exigências e os riscos que o seguimento de Jesus comporta. (Bíblias: Peregrino e Capuchinhos)
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