ANO CATEQUÉTICO

5. DIREITOS E DEVERES NA CATEQUESE

Desde quando Jesus Cristo ordenou aos discípulos que evangelizassem até os confins da terra, a catequese passou a ser não só um dever da Igreja – missionária por natureza -, mas também um direito de cada pessoa.

Será um direito apenas dos católicos ou, numa perspectiva mais abrangente, apenas dos cristãos? Trata-se de um direito mesmo dos que não conhecem ainda a fé cristã. Os cristãos devem ser obedientes à ordem do Senhor, mas não podem ser meros repetidores de fórmulas; precisam ser também criativos e encontrar meios de fazer ressoar por toda a terra a voz libertadora de nosso mestre.

Devemos nos dirigir primeiro aos irmãos da fé para o anúncio da palavra de Deus, da oração, dos sacramentos, da prática da caridade, dos ministérios. É desse modo que mantemos entre nós o constante apelo à conversão. Mas a palavra evangélica deve ser acessível a todos os povos, a todas as nações. Não podemos excluir quem quer que seja da universalidade do amor de Deus. Se alguma vez excluirmos alguém do amor evangélico que devemos ter para com todos, até para com os inimigos, podemos ser agradáveis, simpáticos, diplomáticos, virtuosos etc., mas certamente seremos menos cristãos.

Sem ser impertinentes, sem pressões, valorizando ao máximo a liberdade de cada pessoa, devemos colher todas as ocasiões para dar a razão da nossa fé, para pregar ao mundo o evangelho de amor do Filho de Deus. Ai do mundo se ele for privado da força desse evangelho! Ai de nós se não evangelizarmos!

Quem tem o dever de anunciar a palavra evangélica e levar o ensino e a formação a todos os que são objeto do amor do Pai?

Todos os batizados têm esse dever. Mas é um serviço que se estende de modo particular aos que, na nova aliança, recebem o chamado para o ministério de pastores. Os cristãos e seus pastores, começando pelo próprio exemplo de vida, cada qual no seu grau específico, devem colaborar, evitando o escândalo das divisões, para que o mandato do Senhor seja realmente executado e todos possam chegar ao conhecimento e à prática da verdade do evangelho.

Domingos Zamagna

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