domingo, 27 de setembro de 2009

SUPERANDO O SECTARISMO

A primeira parte do evangelho deste domingo apresenta o ciúme dos discípulos contra alguém que faz o bem em nome de Jesus, embora sem pertencer ao grupo que com ele convivia. É a tentativa de impedir que alguém faça algo de bom porque não faz parte do grupo dos discípulos de Jesus.

Ninguém tem o monopólio do bem, nem mesmo uma instituição religiosa. Fazê-lo está ao alcance de qualquer um, seja cristão ou não, seguidor de Jesus ou não. Onde houver alguém promovendo o bem, aí se encontra a mão de Deus agindo.

Deus age livremente, seu Espírito sopra onde e como quer. Distribui seus dons a quem bem quiser. Não se deixa prender pelos critérios humanos. Nós é que devemos nos adaptar aos seus desejos, e não o contrário, querendo ensinar a Deus como deve agir e o que deve fazer. Não raro somos tentados a submetê-lo ao nosso capricho.

“A perene tentação dos que crêem é a de seqüestrar a Deus, monopolizá-lo para si para seu uso e consumo,  enquadrá-lo em suas certezas teológicas, exauri-lo em suas instituições eclesiásticas, esquecendo-se de que sua ação salvífica não se exaure entre as funções visíveis de sua Igreja e que sua graça transborda e chega até nós por muitos outros canais além dos sinais sacramentais tradicionais” (Missal dominical, Paulus).

Venha de onde vier, todo bem é sempre bem-vindo. Se vem de ambientes “profanos”, às vezes é mais visível do que se vem das comunidades cristãs. Quando isso acontece, pode haver a tentativa de camuflá-lo ou ignorá-lo.

 O Espírito de Deus está presente em todos os que o promovem, que contribuem para a construção de uma sociedade melhor, mais fraterna e solidária... Moisés exclama: “Oxalá todo povo fosse profeta”. Poderíamos completar: “e ajudasse na melhoria da sociedade”.

Pe. Nilo Luza,ssp

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