domingo, 13 de setembro de 2009

24º DOMINGO DO TEMPO COMUM

Primeira Leitura: Isaías 50,5-9a
Aos que me feriam, apresentei as espáduas.

Salmo Responsorial: Sl 114(115),1-2.3-4.5-6.8-9 (R. 9)
Na presença do Senhor continuarei o meu caminho na terra dos vivos.

Segunda Leitura: Tiago 2,14-18
A fé, se não tiver obras, é morta em si mesma.

Os evangelistas viam em Jesus o servo sofredor de que nos fala hoje o profeta Isaías. Um servo que assume sua situação com firmeza, porque sente tão próxima a presença de Deus que pode escutar sua voz de alento e consolo no meio de todas as humilhações a que é submetido.

Na segunda leitura, ouvimos a preocupação de Tiago ao ver muitos cristãos, de ontem e de hoje, vivendo uma religiosidade aparente, uma fé vazia, uma fé sem obras nem coerência de vida; uma fé claramente inconsequente com o projeto de Jesus. Crer sem viver de acordo com o que cremos é uma farsa.

Para Jesus chegou a hora de fazer um descanso no caminho, antes de começar sua viagem para Jerusalém. Sua pergunta no evangelho de Marcos é simples: quem é Jesus de Nazaré? O comum do povo não tinha podido identificar com clareza a pessoa e a proposta desse profeta notável. Não conseguia vê-lo como uma novidade (Novo Testamento), mas como um personagem ressuscitado do Antigo Testamento. Pedro, em nome dos discípulos, responde certeiramente: Tu és o Messias! A resposta é acertada, mas o que entende Pedro por Messias? Para a tradição judaica, o Messias era o enviado de Deus que, com o título de rei, resgataria Israel das mãos dos pagãos invasores. Era uma visão triunfalista, nacionalista e militar. Esta concepção ia totalmente contra um Messias que assume o sofrimento, a Paixão e a morte como passagem para o triunfo da ressurreição. Jesus passa do título de Messias ao de Filho do Homem, para recordar que sua condição divina está intimamente ligada à sua condição humana. Impedir o caminho da Paixão do Filho do Homem é pôr obstáculo ao caminho do projeto de Deus, razão pela qual Jesus repreende Pedro, chamando-o nada menos que de satanás, o grande inimigo do plano divino.

Quantas vezes, como Pedro, somos pedras de tropeço ou de escândalo que impedem o avanço do projeto de Jesus entre nossos irmãos, famílias ou sociedade? A conclusão de Jesus é lógica: quem quiser unir-se a seu projeto deve assumir também todos os seus objetivos, suas condições e suas consequências. O discípulos deve, portanto, negar-se a si mesmo, quer dizer, partir mais dos critérios de Deus que dos próprios; deve entender sua vida como doação, entrega e solidariedade em favor dos outros; deve encher-se diariamente de Deus, para dar testemunho de sua fé mesmo com sacrifício de sua própria vida. Estamos preparados para ser realmente discípulos de Jesus? Que nos falta para seguirmos por seu caminho?

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