domingo, 27 de setembro de 2009

MISSA DO 26º DOMINGO COMUM


Primeira Leitura: Números 11,25-29
Prouvera a Deus que todo o povo profetizasse.

Salmo Responsorial: Sl 18(19),8.10.12-13.14 (R. 8a. e 9b)
A lei do Senhor é perfeita, reconforta a alma. O mandamento do Senhor é luminoso, esclarece os olhos.

Segunda Leitura: Tiago 5,1-6
Vossas riquezas apodreceram.

Evangelho: Marcos 9,38-43.45.47-48
Um copo d’água por mim terá recompensa.

Embora o povo de Israel tivesse saído fisicamente da escravidão no Egito, seu coração permanecia ainda ligado ao modelo faraônico. Custou-lhe assumir os riscos que implicava alcançar a liberdade. A estratégia de Deus diante das queixas dos israelitas consiste em democratizar o governo, até agora nas mãos de Moisés, com a eleição de 70 dirigentes anciãos. Sobre eles se derrama o espírito de Deus com força profética, significando que seu plano de governo consistiria em trabalhar a consciência crítica do povo, para que tanto seus corpos como seus corações abandonassem definitivamente o projeto faraônico e se concentrassem na conquista da liberdade e na construção de uma nova sociedade na terra prometida.

A resposta de Moisés ao egoísmo de Josué é uma espécie de oração universal: Oxalá todo o povo do Senhor profetizasse e recebesse o espírito do Senhor.

As palavras de Tiago sobre os ricos soam como radicais parecendo não estar em sintonia com a linguagem de amor do Novo Testamento. Mas a sintonia é total, porque se alguma coisa deve ser radical é o amor. É precisamente o amor de Tiago por sua gente que lhe impede de suportar o modelo social e econômico imposto pelo império romano, que aumenta a riqueza dos poderosos e a pobreza da maioria. As razões para condenar a riqueza e os ricos são claras: o acúmulo de bens, a exploração dos trabalhadores e uma vida entregue ao luxo e ao prazer. Como nos tempo do êxodo, os pobres clamam aos céus, e Deus escuta seus queixumes e escolhe ficar do lado deles.

Muitos cristãos no mundo foram condenados por dizerem exatamente o mesmo que Tiago: que o Reino de Deus está ligado à busca da justiça social, e que o salário não pago aos trabalhadores clama ao Senhor Todo-poderoso.

O evangelho continua o processo de formação dos discípulos. O tema central gira em torno de ser ou não ser dos nossos. Jesus quer deixar claro que os objetivos e os valores do Reino de Deus não são exclusivos de algum grupo, nem sequer da Igreja. Todos os que, tendo muito amor, doam sua vida pelo sonho de outro mundo possível, mais justo e fraterno, são bem-vindos. Palavras como exclusão, sectarismo, monopolização da verdade, discriminação, intolerância... não devem se encontrar no dicionário de vida de uma comunidade cristã.

Fonte: Portal Claret

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