sábado, 8 de outubro de 2011

Dia Litúrgico: Sábado XXVII do Tempo Comum



Evangelho (Lc 11,27-28): Naquele tempo, enquanto Jesus assim falava, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e lhe disse: Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram. Ele respondeu: Felizes, sobretudo, são os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática.
Comentário: Rev. D. Jaume AYMAR i Ragolta (Badalona, Barcelona, Espanha)
Feliz o ventre que te trouxe e os seios que te amamentaram
Hoje, escutamos o melhor dos louvores que Jesus podia fazer a sua própria Mãe: Felizes (...) são os que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática (Lc 11,28). Com essa resposta, Jesus Cristo não rejeita o apaixonado elogio que aquela simples mulher dedicava a sua Mãe, pelo contrário o aceita e vai além, explicando que Maria Santíssima é bem-aventurada, sobretudo! Pelo fato de ter sido boa e fiel no cumprimento da Palavra de Deus.

Às vezes me perguntam se os cristãos acreditam na predestinação, como acreditam outras religiões. Não! Os cristãos acreditamos que Deus tem reservado um destino de felicidade para nós. Deus quer que sejamos felizes, afortunados, bem-aventurados. Prestemos atenção em como essa palavra vai se repetindo nos ensinos de Jesus: Felizes, felizes, felizes... . Felizes os pobres, os mansos, os que têm fome e sede da justiça, os que não viram, e creram! (cf. Mt 5,3-12; Jn 20,29). Deus quer nossa felicidade, uma felicidade que começa já neste mundo, apesar de que os caminhos para chegar lá, não sejam nem a riqueza, nem o poder, nem o êxito fácil, nem a fama, senão o amor pobre e humilde de quem tudo o espera. A alegria de acreditar! Aquela da que falava o converso Jacques Maritain.

Trata-se de uma felicidade que é ainda maior do que a alegria de viver, porque acreditamos em uma vida sem fim, eterna. Maria, a Mãe de Jesus, não é somente afortunada por tê-lo trazido ao mundo, por tê-lo amamentado e criado; como percebia aquela espontânea mulher do povoado, senão, sobretudo, por ter sido ouvinte da Palavra e, por pô-la em prática: por ter amado e, por deixar se amar por seu Filho Jesus. Como escrevia o poeta: Poder dizer mãe e ouvir-se dizer filho meu / é a sorte que nos invejava Deus. Que Maria, Mãe do Amor Perfeito, rogue por nós.

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