domingo, 4 de setembro de 2011

A CARIDADE FRATERNA



A correção fraterna é sempre caminho desafiador. O fato de ter sido apresentada no evangelho mostra que ela que ela é importante, que nossas comunidades não são perfeitas – estão sujeitas a falhas e erros que precisam ser corrigidos – e nossas tentativas de “correção” nem sempre são as mais adequadas. A correção fraterna estabelece alguns passos para evitar exatamente a condenação precipitada do faltoso.
Nossa primeira tentação, diante da falha de uma pessoa da comunidade, é condenar. A correção fraterna propõe o contrário: quer “recuperar” o irmão supostamente “perdido”. O verdadeiro amor, o perdão autêntico, não deixa as pessoas no erro. Amar um irmão implica ajuda-lo a crescer em todas as dimensões; implica desejar “ganhar o irmão” para a comunidade. Como percebemos, a correção fraterna não tem nada que ver com fofocas.

Os passos propostos por  Jesus significam que é preciso ser criativo no esforço de recuperar quem errou e se afastou da comunidade. Eles evitam a difamação e a humilhação – que não têm nada que ver com amor e podem “destruir” mais ainda a pessoa ou arruinar uma família. Corrigir é obra de amor, nunca é extinguir energias ou sufocar entusiasmos. É, sim, encorajamento.

Este evangelho mostra que a Igreja é formada não só de pessoas santas, mas também de membros pecadores. A Igreja é um terreno onde cresce o trigo e o joio; é uma rede que acolhe todo tipo de peixes; é um banquete proposto a todas as pessoas. Além disso, o evangelho indica que nenhuma pessoa é uma ilha. Os membros das comunidade fazem parte de nossa vida. Repartimos com eles alegrias e sofrimentos, oração e reflexão, trabalho e lazer. Em parte, somos responsáveis pelo caminho que os outros assumem.

Pe. Nilo Luza, ssp
 TEXTO PUBLICADO NO FOLHETO "O DOMINGO"

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