ENTENDENDO A PROPOSTA – 4
Nas semanas anteriores, falamos que, por meio da Coleção CATEQUESE PERMANENTE, queremos proporcionar a catequizandos e catequistas uma verdadeira experiência de Deus. Para isso, organizamos os conteúdos dos livros, que servem de mediação para essa experiência, em três fases: PRÉ-EVANGELIZAÇÂO, EVANGELIZAÇÂO FUNDAMENTAL E CATEQUESE COM ADOLESCENTES.
Já conversamos um pouco sobre a Pré-evangelização, a Evangelização Fundamental e a Catequese com Adolescentes. Hoje vamos tratar de algumas questões práticas que sempre vêm à tona quando falamos de catequese.
ALGUMAS QUESTÕES FINAIS
a) Onde ficam os sacramentos nesse processo? Os sacramentos da iniciação cristã são muito importantes. Mas não devem ser, no nosso modo de pensar, o objetivo em si da catequese. O objetivo é a iniciação cristã. Os sacramentos são momentos fortes de celebrar a fé que vamos adquirindo no processo de iniciação cristã. Se uma criança começa esse processo desde os cinco anos, sugerimos que faça a primeira comunhão e a primeira confissão no final ou durante o módulo 4. Nessa fase, estará concluindo o processo de experimentar os pontos essenciais da fé. É hora de celebrar a comunhão da fé: com Cristo e com a Igreja. Sugerimos que a crisma seja celebrada no final ou durante o módulo 8. O adolescente estará com 15 anos e terá, pelo conteúdo já visto, uma boa bagagem para assumir o compromisso de ser um jovem católico, com todo o sentido que isso tem.
b) E a continuidade do processo? Depois do módulo 8, depois da Crisma, pensamos que o adolescente já possa fazer parte da pastoral da juventude e, assim, engajar-se na comunidade, continuando aí a sua formação. Pensamos – para o futuro e querendo Deus – em preparar subsídios para jovens dando continuidade à coleção. Isso depende de muitos fatores.
c) E a catequese com adultos? Hoje se fala muito em catequese com adultos. Concordamos plenamente que não adianta formar na fé as crianças e adolescentes, sem ajudar os adultos a fazer a experiência de fé. Concordamos também que muitos adultos já sacramentados não estão ainda suficientemente catequizados. Nosso sonho é ter um material voltado para os adultos. Mas vamos lembrar que ao falar de jovens e adultos estamos falando da catequese em sentido um pouco mais amplo, não imaginando necessariamente encontros semanais como fazemos com as crianças e com os adolescentes, embora não excluindo isso também. Assim, podemos imaginar que a Pastoral da Juventude seja para os jovens uma experiência catequética e que a Pastoral Familiar ajude os adultos a fazer suas experiências de fé. Mas nada impede, por exemplo, que elaboremos um material catequético com os mesmos princípios orientadores da catequese de crianças e adolescentes. Jovens e adultos, como são muito sacramentados e pouco evangelizados, eles precisam também fazer as seis experiências acima citadas. Hoje, mais do que nunca, nesse mundo secularizado, torna-se imperativo não pensar a catequese dos adultos como uma escola teológica, mas como um processo de mergulho no mistério de Deus. Nossos adultos não conhecem mais Jesus Cristo, seu evangelho, sua proposta... É preciso ajudá-los a fazerem essa experiência de fé.
d) E a catequese para pessoas com necessidades especiais? Imaginamos que pessoas portadoras de necessidades especiais devam ser integradas, tanto quanto possível, nas turmas de catequese normais da paróquia. Ao falar de necessidades especiais, não podemos perder de vista a necessidade de integração dessas pessoas na comunidade. Evangelizar essas pessoas em turmas separadas não nos parece uma boa idéia. Casos em que isto não seja realmente possível, sejam tratados então de forma especial, de acordo com cada situação.
e) E o livro do catequizando, a coleção não traz? Realmente, a coleção CATEQUESE PERMANENTE não prevê um livro para o catequizando. Nossa idéia é que o catequista tenha um livro que o ajude nos encontros e encontre a melhor maneira de passar sua experiência de fé para a turma, mas sem deixar a catequese ficar parecendo escola. Mesmo porque entendemos a catequese como um processo mais afetivo, para tocar mais o coração e não para ser escrito em livros. A catequese tem seguido a pedagogia ensino-aprendizagem dos processos escolares e essa não é a pedagogia mais indicada para evangelizar. Propomos a desescolarização da catequese, a começar pelo fim do livro da criança nos encontros. Mas o livro básico da catequese não é a Bíblia? Para que tantos livros para o catequista? Concordamos plenamente que o livro central para o processo catequético é realmente a Bíblia Sagrada. Mas sabemos que os catequistas precisam de formação para entender a Bíblia, fazer a correta exegese e descobrir em cada relato a força para a vida. Nossa coleção é para formar o catequista, dando a ele instrumentos pedagógicos para exercer seu ministério, ajudando-o a compreender a Bíblia Sagrada, mas não só. O processo catequético não deve se limitar a uma simples leitura da Bíblia. A catequese não é estudo bíblico, apesar de a Bíblia ser a sua fonte principal. A catequese, apesar de afetiva, envolvente, mistagógica, existencial, é um processo orgânico e sistemático. É nesse sentido que a coleção CATEQUESE PERMANENTE quer contribuir. Sobre o uso da Bíblia na catequese, há documentos importantes da Igreja. Na coleção, não ensinamos a ler a Bíblia; damos dicas de como se dará a leitura da vida a partir da Bíblia Sagrada.
Solange do Carmo
Pe. Orione Silva
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