Cuidado, Jesus contesta nosso cristianismo feito apenas de palavras, porém vazio de conteúdo, sem nenhuma ação, e nos conclama a reaviva-lo.
Efetivamente, com demasiada frequência, a vida que levamos ao longo da semana desmente nossas domingueiras profissões de fé; nossas ações e contradizem o batismo que um dia recebemos; muitos dos sins que falamos a Deus e aos nossos semelhantes não passam de nãos mascarados.
Mas, afinal, que valor tem um cristianismo feito de falsos sins e de promessas não mantidas? E para que servem as nossas discussões acerca da caridade e do amor cristão, incapazes de reverter a situação de miséria, injustiça e violência em que a sociedade continua se debatendo?
É justamente aquele tipo de cristianismo estéril e sem incidência na sociedade de hoje que Jesus denuncia. Ao mesmo tempo, é um cristianismo fecundo em obras, ações e gestos de amor gratuito que ele quer exaltar e promover.
Quanto a nós, sobra-nos o compromisso de aposentar ou enterrar de vez o assim chamado “cristianismo declamatório”, cujos admiradores passam a vida louvando a beleza do evangelho, criando poesias e comparando músicas, porém nada fazem para passar da declamação à ação, a fim de transformar a dura realidade em que vivemos.
Alguém disse que o verdadeiro cristianismo requer um décimo de inspiração e nove décimos de transpiração. Em outros termos, um décimo de oração e nove décimos de suor.
Quase ninguém respeita a tabelinha acima. No entanto, um pouco de contemplação multiplicaria nossas forças, ajudar-nos-ia a sair do clube dos que “dizem e não fazem” e nos inseriria entre aqueles que “não dizem, mas fazem”. Nesse caso, com certeza o mundo seria muito melhor.
Pe. Virgílio, ssp
Texto publicado no folheto “O Domingo”
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