segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Dia Litúrgico: Segunda I do Advento

Evangelho (Mt 8,5-11): Quando Jesus entrou em Cafarnaum, um centurião aproximou-se dele, suplicando:«Senhor, o meu criado está de cama, lá em casa, paralisado e sofrendo demais». Ele respondeu: «Vou curá-lo». O centurião disse: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Diz uma só palavra e o meu criado ficará curado. Pois eu, mesmo sendo subalterno, tenho soldados sob as minhas ordens; e se ordeno a um: ‘Vai’e, ele vai, e a outro: ‘Vem’ e, ele vem; e se digo ao meu escravo: ‘Faz isto’, ele faz».

Ao ouvir isso, Jesus ficou admirado e disse aos que o estavam seguindo: «Em verdade, vos digo: em ninguém em Israel encontrei tanta fé. Ora, eu vos digo: muitos virão do oriente e do ocidente e tomarão lugar à mesa no Reino dos Céus, junto com Abraão, Isaac e Jacó

Comentário: Rev. D. Joaquim MESEGUER García (Sant Quirze del Vallès, Barcelona, Espanha)
Em verdade, vos digo: em ninguém em Israel encontrei tanta fé

Hoje Cafarnaum é a nossa cidade e, a nossa aldeia, onde há pessoas doentes, umas conhecidas, outras anônimas, frequentemente esquecidas por causa do ritmo frenético que caracteriza à vida atual: carregados de trabalho, vamos correndo sem parar e sem pensar naqueles que, por causa da sua doença ou de outra circunstância, ficam à margem e não podem seguir esse ritmo. Pelo contrário Jesus nos dirá um dia: «todas as vezes que fizestes isso a um destes mais pequenos, que são meus irmãos, foi a mim que o fizestes!» (Mt 25,40). O grande pensador Blaise Pascal recolhe esta ideia quando afirma que «Jesus Cristo, nos seus fiéis, encontra-se na agonia de Getsemani até ao final dos tempos».

O centurião de Cafarnaum não se esquece do seu criado prostrado no leito, porque o ama. Apesar de ser mais poderoso e de ter mais autoridade que o seu servo, o centurião agradece todos os seus anos de serviço e tem por ele grande admiração. Por isso, movido pelo amor, dirige-se a Jesus e na presença do Salvador faz uma extraordinária confissão de fé, recolhida pela liturgia Eucarística: «Senhor, eu não sou digno de que entres em minha casa. Diz uma só palavra e o meu criado ficará curado» (Mt 8,8). Esta confissão fundamenta-se na esperança; brota da confiança posta em Jesus Cristo e, ao mesmo tempo do seu sentimento de indignidade pessoal que o ajuda a reconhecer a sua própria pobreza.

Só podemos nos aproximar de Jesus Cristo com uma atitude humilde, como a do centurião. Assim poderemos viver a esperança do Advento: esperança de salvação e de vida, de reconciliação e de paz. Apenas pode esperar aquele que reconhece a sua pobreza e, é capaz de perceber que o sentido da sua vida não está nele próprio, mas sim em Deus, pondo-se nas mãos do Senhor. Aproximemo-nos com confiança a Cristo e, ao mesmo tempo, façamos nossa a oração do centurião.



FONTE: http://evangeli.net/evangelho

***

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Olá. Seja bem vindo (a)!!! Deixe seu comentário. Será bem legal.
Obrigada. Volte sempre!!!!!