quarta-feira, 26 de agosto de 2009

CATEQUESE - Bento XVI diz que a natureza é um dom de Deus a ser cultivado

“A natureza é um dom do Criador, que traçou os seus ordenamentos intrínsecos, dos quais o homem há de tirar as devidas orientações para guardar e cultivar”, recordou o Papa Bento XVI nesta quarta-feira, 26, em sua catequese, no pátio da residência de verão em Castel Gandolfo.

“Que nós possamos construir juntos um desenvolvimento humano integral, inspirado nos valores da caridade e da verdade, em benefício dos povos de hoje e amanhã”, afirmou o Pontífice.

Em sua encíclica Caritas in Veritate, o Papa falou de questões sobre o meio ambiente e sua preservação, recordando ainda a “urgente necessidade moral de uma renovada solidariedade”, não apenas entre países, mas também entre os indivíduos, uma vez que o ambiente foi dado a todos por Deus e seu uso constitui uma responsabilidade que temos para com os pobres, as gerações futuras e a humanidade inteira.

Bento XVI recordou aos governos e a comunidade internacional a sua responsabilidade de conscientizar os cidadãos a forma correta para preservar o meio ambiente.

“Os custos econômicos e sociais derivados do uso dos recursos ambientais comuns devem ser reconhecidos de maneira transparente e plenamente suportados por quem deles usufrui e não por outras populações nem pelas gerações futuras. A proteção do ambiente, dos recursos e do clima requer que todos os responsáveis internacionais atuem conjuntamente e se demonstrem prontos a agir de boa fé, no respeito da lei e da solidariedade para com as regiões mais necessitadas da terra”, advertiu o Pontífice.

A degradação do meio-ambiente e o escândalo da fome e da miséria humana requerem a transformação imediata do atual modelo de desenvolvimento global.

O Papa pediu aos participantes da Cúpula das Nações Unidas para discutirem o assunto de forma corajosa e construtiva.

Saudações aos peregrinos

Como é de costume, após fazer a catequese em italiano, Bento XVI leu um resumo em várias línguas para que todos compreendessem o teor de seu discurso. E deixou a sua saudação em língua portuguesa:

“Saúdo todos os peregrinos de língua portuguesa, nomeadamente os grupos do Coral de Vila Real e de Mogi das Cruzes, desejando que esta visita ao Sucessor de Pedro fortaleça a vossa fé e vos ajude a irradiar o Amor de Deus na própria casa e na sociedade. O Pai do Céu derrame os seus dons sobre vós e vossas famílias, que de coração abençôo”.

Em francês, o Papa saudou os peregrinos de Burquina-Fasso, Bélgica e França, o Papa os convidou a agradecer a Deus pelo inestimável dom da Criação, e recordou a nossa responsabilidade de proteger o meio-ambiente e salvaguardar os recursos da Terra e do clima.

Ao dar as boas-vindas aos fiéis e turistas de língua inglesa, o Pontífice ofereceu seu apoio aos líderes de governos e agências internacionais que participarão da cúpula da ONU sobre mudanças climáticas, em Copanhagen, em dezembro próximo.

Em polonês, Bento XVI cumprimentou os peregrinos pela Solenidade de Nossa Senhora de Częstochowa, de quem a Polônia “recebe, há séculos, ajuda e defesa extraordinários”; e os convidou a perseverarem com Maria, seguindo o exemplo do servo de Deus João Paulo II.

Para os italianos, o Papa falou sobre a memória litúrgica de Santa Mônica e Santo Agostinho, que celebraremos nos próximos dias, pedindo que seu exemplo leve os jovens a uma busca sincera e apaixonada pela verdade evangélica, revele aos doentes o valor redentor do sofrimento oferecido a Deus, e sustente os noivos no generoso testemunho da gratuidade do amor de Deus.

Dirigindo-se aos fiéis de língua alemã, Bento XVI saudou os jovens coroinhas e estudantes em férias presentes aqui. Inspirando-se justamente no tempo de verão, que “nos dá a oportunidade para admirar a beleza da natureza”, frisou que as questões do meio ambiente estão estritamente relacionadas com o tema do desenvolvimento integral do homem. A responsabilidade da Criação é partilhada; e a Igreja também sente esta obrigação. O homem não é um soberano absoluto sobre a Criação”, reafirmou o Papa.

Esta primeira parte do encontro encerrou-se com a oração do Pai Nosso e a benção apostólica. Em seguida o Papa se dirigiu à Sala dos Suíços, onde recebeu um grupo de 2.200 visitantes alemães. Após esta audiência especial, Bento XVI retornou ao balcão da residência onde concedeu outra benção.
FONTE: CANÇÃO NOVA

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