SÉRIE LITÚRGICA - n° 4 - A SANTA MISSA – ESTRUTURA GERAL (II) - Ritos Iniciais e Ritos Finais

Seminarista Thales Nogueira - 1° ano de Teologia/Diocese de Lorena

Caríssimos leitores, dando continuidade à nossa formação litúrgica, especificamente sobre a estrutura da Santa Missa, gostaria de apresentar nesta última parte os Ritos Iniciais e os Ritos Finais.  Os Ritos Iniciais são bem familiares nas nossas liturgias, pois eles começam com o cântico ou antífona de entrada. Dessa forma, os ministros devidamente paramentados dirigem-se ao presbitério para dar início à celebração (procissão de entrada). 

O presidente da celebração beija o altar (juntamente com os presbíteros concelebrantes e os diáconos, se houver). Os demais que auxiliam na liturgia façam reverência ao altar do Senhor. Feito isto, o presidente da celebração dirige-se a cadeira presidencial e juntamente com a assembleia faz o sinal da cruz, “Em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo”. E assembleia responde: Amém. 

Em seguida o presidente da celebração abre os braços e saúda a assembleia com as fórmulas próprias que estão no Missal Romano, nos Ritos Iniciais. Uma delas, e a mais conhecida, é “A graça de nosso Senhor Jesus Cristo, o amor do Pai e a comunhão do Espírito Santo estejam convosco”, ou “O Senhor, que encaminha os nossos corações para que o amor de Deus e a constância de Cristo, esteja convosco” (2Ts 3,5). Também existem outras saudações, que são trechos, das cartas católicas. Portanto, para estas saudações o povo deve responder “Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo”. 

Em seguida tem-se início o Ato Penitencial, ou seja, é o momento em que a assembleia é convidada a manifestar diante de Deus sua fraqueza, suplicando misericórdia de seus pecados. “Confesso a Deus todo e a vós, irmãos e irmãs; que pequei muitas vezes por pensamentos e palavras, atos e omissões, por minha culpa, minha tão grande culpa. E peço a Virgem Maria, aos anjos e santos e a vós, irmãos e irmãs, que rogueis por mim a Deus, Nosso Senhor”. Em seguida reza-se: “Senhor, tende piedade de nós”, “Cristo, tem de piedade de nós” e “Senhor tende piedade de nós”. Esta oração do “Kyrie eleison” (Senhor, tende piedade) pode ser rezada ou cantada em latim ou em português. 

Feitas estas orações se canta ou recita o “Glória”, mas somente nas festas e solenidades e aos domingos. Na quaresma e no advento omite-se o “Glória” aos domingos. Quando o Sacerdote convoca a assembleia a recitar esta oração muitos não sabem rezar pelo fato deste ser sempre cantado e, além disso, muitas vezes o texto não é valorizado na música (o que deveria ocorrer).

A oração da coleta ou oração do dia encerra os Ritos Iniciais, é nela que o presidente da celebração convida a rezar quando diz “Oremos”, e num instante de silêncio todos oram, e assim o sacerdote eleva a Deus Pai, por Cristo e no Espírito Santo as súplicas do povo reunido.

Após a liturgia da palavra e a liturgia eucarística (formação nº3 série litúrgica), tem-se início os Ritos finais, que começam com a benção final e a despedida da assembleia “Ide em paz, e o Senhor vos acompanhe”.

Assim, encerramos nossa formação sobre a estrutura da Missa. Nossa próxima formação será sobre as cores litúrgicas usadas nas celebrações e o nome e significados dos paramentos usados nas celebrações da Igreja. Até a próxima.

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