5. A CONVERSÃO É NECESSÁRIA
É famosa a frase: “Vejo o bem que quero, mas faço o mal que não quero” (Rm 7,19). Essa frase de são Paulo cabe a todos nós, pois vivemos a ambiguidade da vocação à santidade associada a fraquezas e maldades, que fazem parte da nossa natureza.
A conversão é proposta para todos, sem exceção. Na oração pela conversão dos pecadores, devemos nos incluir, pois somos pecadores e necessitamos de conversão.
A conversão não se esgota em um momento, mas é processo existencial marcado por momentos fortes, que se tornam experiências norteadoras da nossa vida, na busca de sermos perfeitos como o Pai celestial é perfeito (cf. Mt 5,48) e de fazermos ao próximo o que desejamos que ele nos faça (cf. Mt 7,12). Trata-se de busca que nunca termina.
A conversão exige o corpo, o conhecimento, o sentimento, a vontade, a fé e, principalmente, a graça divina. Não existe conversão sem a totalidade da pessoa, e não existe totalidade da pessoa sem o benefício dos outros e, principalmente, sem os benefícios de Deus, que leva, por sua graça, o ser humano à plenitude.
Também não existe conversão fechada no próprio horizonte existencial. É necessário um horizonte novo, maior, mais largo, que nos revele de forma mais ampla e profunda o próprio Cristo, a fim de que possamos buscar nova e mais profunda configuração a ele e nos tornar seu sacramento vivo, sinal de seu mistério de Ressuscitado pressente no mundo.
A conversão se impõe nos dias de hoje. Diante de tantos sofrimentos, dores e mortes causadas pelas calamidades climáticas, o nosso coração deve sentir-se solicitado a alargar o horizonte da fé e responder positivamente a Deus. Ele nos chama a viver o amor nas situações concretas do nosso tempo.
Pe. José Adalberto Vanzella
(Secretário-executivo do R. Nordeste 5)
TEXTO PUBLICADO NO FOLHETO “O DOMINGO”
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