Vamos lá! Hoje temos mais dois capítulos da novela de Esaú e Jacó para você refletir sobre a necessidade de ser esperto e perseverante, sem se deixar abater pelas pelejas da vida.
Capítulo 5: Esperteza e teimosia: antídotos contra trapaças
Mas nem tudo vão ser flores. Para quem é trapaceador, um monte de trapaças o espera. Vamos ver se ele é mesmo esperto e decidido a ponto de vencer mais esses desafios que se apresentam. Jacó vai chegar em terras de Labão e conhecer sua prima Raquel por quem vai se apaixonar por causa de seus lindos olhos. Por ela vai trabalhar sete anos. Mas lá vem Labão para suplantar Jacó, passá-lo para trás. No dia do casamento, em vez de Raquel, Labão lhe dá Lia – a filha mais velha, dos olhos remelentos – como esposa. Lia é introduzida no quarto das núpcias e, sem que Jacó se aperceba da troca, desposa a sua cunhada. O golpe só é descoberto à luz do dia. Querendo satisfações do grande feito de seu sogro, Jacó pede explicações. Mas Labão se safa dizendo que entre eles não se dá filha mais nova em casamento antes que a mais velha seja desposada. Essa história de trapaças parece mesmo não ter mais fim. Mas tudo bem! Jacó é homem que sabe o que quer: quer a primogenitura e luta por ela; quer Raquel e por ela faz qualquer coisa. Aceita a proposta de Labão e trabalha para seu sogro mais sete anos no intuito de receber Raquel como esposa. E assim se fez. Jacó desposará ainda duas escravas, uma de Lia e uma de Raquel, e com elas terá 12 filhos. Até que chega o dia de acertar as contas com o sogro, juntar sua família e voltar para Canaã.
Decidido a voltar para Canaã, Jacó combina um preço pelos serviços prestados ao sogro. Depois de tanta peleja, não pode voltar de mãos abanando. E, de novo, trapaças. Labão combina o salário com Jacó: os animais malhados e listrados de seu rebanho. Mas trapaceia de novo. E, na sua esperteza, Jacó dá um jeito. Nada nem ninguém podem com Jacó, pois Deus está com ele, favorecendo. Parece que Deus gosta de sua esperteza e teimosia. E só nasciam animais malhados e listrados. E não havia trapaça de Labão capaz de impedir que Jacó tivesse sucesso. Jacó ajunta sua família, seus escravos e seu rebanho e volta para Canaã, terra de seus pais.
Capítulo 6: Deus: adversário ou parceiro no caminho?
Na volta para Canaã, Jacó receia encontrar seu irmão ainda pesado pelo rancor e pela cólera. “Como será recebido por seu irmão Esaú? – pensou ele – como instalar-se de novo na terra de seus pais, depois de tanto tempo distante?” E Jacó se vê obrigado a achar uma solução para o impasse. Quem sabe se ele mandasse alguns servos à sua frente, com alguns presentes para seu irmão, a ira de Esaú não se abrandaria? Cheio de sagacidade e esperteza, Israel entende que enfrentar o inimigo de peito aberto não denota inteligência nem força. O retorno à sua terra de origem pode ser mais complicado do que parece. Então, manda que seus servos tomem animais e outros bens para ofertar a seu irmão. Jacó envia-os à frente de sua comitiva. Era preciso mostrar boas intenções com Esaú, com quem tinha deixado muitas questões pendentes no passado. E assim fez. E ele e sua família ficaram para trás acampados, esperando a notícia de seus enviados.
Enquanto aguarda a bandeira de paz de seu antigo adversário, um estranho adversário aparece no caminho. Se a viagem de fuga para as terras de Labão proporcionou a Jacó o inusitado encontro com o Deus de seus pais, a viagem de volta não vai ser muito diferente. Nova surpresa (cf. Gn 32,23-33): nova bênção de Deus, dessa vez, uma bênção forçada. Jacó luta a noite toda contra um anjo, ou seja, contra Deus mesmo. Mas este não consegue vencê-lo. Isso vai lhe valer uma mudança de nome: Israel, “aquele que luta contra Deus”. Jacó já tinha enfrentado lutas terríveis: seu irmão Esaú, seu sogro Labão; lutara contra a natureza para ser o primogênito, contra os costumes para ser o líder do clã. Só faltava lutar com Deus. Era hora de enfrentá-lo. No enfrentamento noturno, antes que o dia amanhecesse e ficasse revelada a identidade de seu novo adversário,; Jacó faz Deus ceder e abençoá-lo. Ele fez cansar até Deus. Jacó não desiste. Sabe o que quer. Ele é símbolo do Israel sofredor, que enfrenta batalhas, barreiras, perseguições, sofrimentos mil, mas não desiste de sua caminhada de fé.
Não perca, na semana que vem, o capítulo final dessa história.
Solange Maria do Carmo
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