sábado, 18 de dezembro de 2010

Dia Litúrgico: Sábado - III do Advento - 18 de Dezembro

Evangelho (Mt 1,18-24): Ora, a origem de Jesus Cristo foi assim: Maria, sua mãe, estava prometida em casamento a José e, antes de passarem a conviver, ela encontrou-se grávida pela ação do Espírito Santo. José, seu esposo, sendo justo e não querendo denunciá-la publicamente, pensou em despedi-la secretamente.

Mas, no que lhe veio esse pensamento, apareceu-lhe em sonho um anjo do Senhor, que lhe disse: «José, Filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria, tua esposa; o que nela foi gerado vem do Espírito Santo. Ela dará à luz um filho, e tu lhe porás o nome de Jesus, pois ele vai salvar o seu povo dos seus pecados». Tudo isso aconteceu para se cumprir o que o Senhor tinha dito pelo profeta: «Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome de Emanuel, que significa: Deus-conosco». Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa.

Comentário: Rev. D. Antoni CAROL i Hostench (Sant Cugat del Vallès, Barcelona, Espanha)
José, Filho de Davi, não tenhas receio de receber Maria, tua esposa

Hoje, a liturgia da palavra convida-nos a considerar o maravilhoso exemplo de São José. Ele foi extraordinariamente sacrificado e delicado com sua noiva Maria.

Não há dúvidas de que ambos os dois eram excelentes pessoas, apaixonados entre eles, como nenhum outro casal. Mas, também, temos que reconhecer que o Altíssimo quis que seu amor esponsalício passara por circunstâncias muito exigentes.

O Papa João Paulo II escreveu, que «o cristianismo é a surpresa de um Deus que saiu ao encontro da sua criatura». De fato, foi Ele quem tomou a “iniciativa”; para vir a este mundo, não esperou que fizéssemos merecimentos. Apesar de tudo, Ele propõe, não a impõe: quase —diríamos— nos pede “licença”. A Santa Maria lhe propôs — não lhe impôs! a vocação de Mãe de Deus: «Ele, que tinha o poder de criar tudo a partir de nada, negou-se a refazer o que tinha sido profanado se não assistia Maria» (São Anselmo)

Mas Deus não nos pede licença apenas, também contribuição com seus planos e, contribuição heróica. E assim foi o que aconteceu com Maria e José. Em resumo, o Menino Jesus necessitou ter pais. Mais ainda: Necessitou o heroísmo de seus pais, que tiveram que se esforçar para defender a vida do “pequeno Redentor”.

O mais bonito é que Maria revelou poucos detalhes do seu parto: um fato tão emblemático está relatado só em dois versículos (cf. Lc 2,6-7). Porém, foi mais explícita ao falar da delicadeza que seu esposo José teve com Ela. O fato foi que «antes de passarem a conviver, ela encontrou-se grávida pela ação do Espírito Santo» (Mt 1,18), e para não infamá-la, José teria preferido desaparecer discretamente e renunciar ao seu amor (circunstância que lhe desfavorecia socialmente). Dessa maneira, antes de ter sido promulgada a lei da caridade, São José já a praticou: Maria (e o tratamento justo com ela) foi sua lei.




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