quarta-feira, 14 de julho de 2010

Quarta-feira, 14 de julho de 2010 - Décima Quinta Semana do Tempo Comum -

Evangelho: Mateus (Mt 11, 25-27)
Revelação aos humildes

25Naquele tempo Jesus pôs-se a dizer: "Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelaste aos pequeninos. 26Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 27Tudo me foi entregue por meu Pai, e ninguém conhece o Filho, senão o Pai, e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e a quem o Filho o quiser revelar". Palavra da Salvação!


Leituras paralelas: Lc 10, 21-22

Comentando o Evangelho

A revelação aos pequeninos

O verdadeiro conhecimento de Jesus e do Pai não se adquire através de estudos e pesquisas teóricas. Ele é oferecido como dom livre e gratuito. Neste âmbito, pessoas tidas como sábias e doutas perdem para os pequeninos. Os sábios, pensando poder conhecer a Deus por si mesmos, correm o risco de criar um deus à sua imagem e semelhança, com todas as limitações humanas. Enquanto isso, os pequeninos, conscientes de suas limitações, dependem unicamente de Deus para conhecê-lo. Ser sábio ou pequenino nada tem a ver com condição social ou econômica. Trata-se, isto sim, de modos de posicionar-se diante de Deus e de seu Filho Jesus.

É este quem revela a identidade do Pai a quem ele quer, na medida em que a pessoa esteja disponível para tornar-se sua discípula. As palavras de Jesus, especialmente suas parábolas, oferecem pistas para a compreensão do Pai. Por outro lado, este pode ser conhecido mediante o modo de ser e agir de Jesus. A misericórdia do Filho é expressão da misericórdia do Pai. Seu respeito pelos pobres e marginalizados, sua atitude de valorizar as mulheres e as crianças, seu esforço para libertar o ser humano de toda sorte de escravidão revelam o profundo amor de Deus pela humanidade. Portanto, é na contemplação de Jesus e no seguimento de seus passos que o discípulo tem acesso ao Pai. [Evangelho Nosso de Cada Dia, Pe. Jaldemir Vitório, ©Paulinas, 1997]

Para sua reflexão: São os discípulos que Jesus os chama de pequeninos, aos quais são revelados os mistérios do Reino diante da soberba e arrogância das cidades amaldiçoadas. “Deus revela seus segredos aos humildes” (Eclo 3, 20). Os prodígios de Deus confundem a sabedoria dos sábios. O prodígio presente é o envio e presença de seu Filho, mistério que os “ignorantes” humildes compreendem, pois não vivem satisfeitos com seus preconceitos, ao passo que os doutores que se creem suficientes olhando não veem. Trata-se da oração messiânica de Jesus diante da revelação surpreendente de Deus aos deserdados deste mundo. A salvação não depende de uma maior ou menor perícia na complexa interpretação bíblica, e sim da capacidade para captar a passagem de Deus na história e da disponibilidade para aceita o chamado de Deus.


MARCADOR: LITURGIA
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