sábado, 17 de julho de 2010

A ÚNICA COISA NECESSÁRIA

Durante a longa viagem para Jerusalém, onde entregará a própria vida, Jesus é hospedado por uma mulher de nome Marta. Maria, sua irmã, reconhece o privilégio de ter Jesus em sua casa e fica aos pés dele, ouvindo seu ensinamento. Ela sabe valorizar aquele momento, pois naquela sociedade machista mestres não ensinavam às mulheres.

Jesus é mestre diferente. Seu ensinamento não conhece fronteiras. Ele ensina, sim, às mulheres, pois quer que elas também colaborem em sua missão. Porém, mais que transmitir um ensinamento, Jesus, com suas palavras, doa a própria vida. A vida que ele doa é, enfim, a única coisa necessária para nós.

A agitação e a preocupação de Marta, por sua vez, impedem-na de escutar a palavra do Mestre. Sua atitude nos faz pensar na parábola do semeador, em que preocupações sufocam a semente e esta não produz fruto (cf Lc 8,14)

Maria soube escolher a melhor parte, ou seja, soube reconhecer que atentos à palavra de Jesus, nossa vida e nossas ações ganham novo significado. Ela soube deixar de lado as preocupações e agitações, consciente de que as inquietações facilmente impedem a escuta do que Deus tem para dizer.

A história das duas irmãs nos mostra que mais importante que fazer as coisas é fazê-las segundo o ensinamento de Jesus.

Nós de fato, nos agitamos e nos inquietamos por tantas coisas...

Quanto nos falta da atitude de Maria? Quando aprendemos com o Mestre, reconhecemos a única coisa necessária, a vida que ele nos doa e que ninguém nos poderá tirar. Encontramos então, por acréscimo, tudo o mais: a esperança, a fé e o amor que nos impulsionam a doar-nos como Jesus se doou.

Pe. Paulo Bazaglia, ssp

TEXTO PUBLICADO NO FOLHETO “O DOMINGO”

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