segunda-feira, 5 de julho de 2010

Décima Quinta Semana do Tempo Comum - Segunda-feira, 5 de julho de 2010

Evangelho: Mateus (Mt 9, 18-26)

A tua fé te salvou


18Enquanto Jesus estava falando, um chefe aproximou-se, inclinou-se profundamente diante dele, e disse: "Minha filha acaba de morrer. Mas vem, impõe tua mão sobre ela e ela viverá".

19Jesus levantou-se e o seguiu, junto com os seus discípulos. 20Nisto, uma mulher que sofria de hemorragia há doze anos veio por trás dele e tocou a barra de seu manto. 21Ela pensava consigo: "Se eu conseguir ao menos tocar no manto dele, ficarei curada". 22Jesus voltou-se e, ao vê-la, disse: "Coragem, filha! A tua fé te salvou". E a mulher ficou curada a partir daquele instante.

23Chegando à casa do chefe, Jesus viu os tocadores de flauta e a multidão alvoroçada, 24e disse: "Retirai-vos, porque a menina não morreu, mas está dormindo". E começaram a caçoar dele. 25Quando a multidão foi afastada, Jesus entrou, tomou a menina pela mão, e ela se levantou. 26Essa notícia espalhou-se por toda aquela região. Palavra da Salvação!

Leituras paralelas: Mc 5, 21-43; Lc 8, 40-56 (vide textos no site)


Comentando o Evangelho

A fé salvadora

Tanto a cura da mulher, vítima de uma persistente hemorragia, quanto a ressurreição da filha de uma pessoa importante acontecem no âmbito da fé. Observando os fatos com um olhar superficial, parece que a mulher e o chefe judeu tinham uma visão mágica do poder taumatúrgico do Mestre. Tem-se a impressão de que o chefe pensava que a ressurreição de sua filha pudesse depender da imposição das mãos de Jesus, ou seja, que a menina retornaria à vida mediante um gesto mágico, e que, por sua vez, a mulher acreditasse poder ser curada por meio de um simples toque no manto dele.

Sabemos que no coração da mulher havia algo mais que uma esperança mágica. Havia muita fé! E isto o deduzimos da declaração de Jesus: “Tua fé te salvou”. O que vale também para o homem, cuja filha tinha morrido. Apenas uma visão mágica do poder taumatúrgico do Mestre seria insuficiente para movê-lo a beneficiar alguém.

A fé consiste em abandonar-se totalmente nas mãos de Jesus, pondo nele toda a confiança. Portanto, acontece num contexto de relações interpessoais, e não apenas entre uma pessoa e um objeto, como se passa no mundo da magia. E mais, a fé interpela a pessoa a fazer espaço, em sua vida, para acolher Jesus, deixando-se transformar por ele. Por conseguinte, para ser salvífica, a fé deve ser existencial e abrir o fiel para o amor. [Evangelho Nosso de Cada Dia, Pe. Jaldemir Vitório, ©Paulinas, 1997]

Para sua reflexão: Temos aqui, de um lado, a fé do chefe de sinagoga, que se chamava Jairo (segundo os sinóticos de Marcos e Lucas) e da mulher hemorroíssa; do outro lado, o poder de Jesus sobre a enfermidade e a morte. O primeiro milagre puxa o segundo, ou seja, a cura de uma doença incurável e a ressurreição da filha já falecida do chefe. A dor do pai e a vergonha da mulher podem ser um símbolo de todos os nossos males pessoais e coletivos. Nos dois casos o ponto chave é evidentemente a fé. O contato da mulher nas vestes do Senhor representa o contato profundo com Jesus pela mesma fé. As curas do Messias seguem nos dias atuais, centradas evidentemente na fé como consequência de nossas orações. O impossível só pode ser vislumbrado pela ótica humana. Para Deus, tudo é possível, segundo Seus justos e insondáveis critérios.


MARCADOR: LITURGIA
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