Jesus, ao se despedir de seus discípulos, ensina-lhes o “segredo” para que não sofram sua ausência, mas vivam em união íntima com ele: conservar a sua palavra, ou seja, obedecer à mensagem por ele deixada. Quem faz isso experimenta o convívio familiar com Deus; percebe, como um filho amado, que Deus não é um ser distante ou uma idéia complexa, difícil de entender. Quem procura praticar os ensinamentos de Jesus vivencia a proximidade divina, torna-se morada de Deus.
Mas o que significa guardar a palavra de Jesus? O evangelho deste domingo nos dá uma dica importante: Jesus pede que seus discípulos guardem sua palavra, sua mensagem, falando de amor: quem ama a Jesus guarda sua palavra. Em contrapartida, quem leva em consideração a palavra, os ensinamentos de sua vida, é amado por Deus. É no amor que realizamos a vontade de Jesus.
E nunca é demais repetir: o amor, para os seguidores de Jesus – que tanto amou, a ponto de dar a vida -, não é apenas uma palavra romântica, dita sob impulso emocional ou até em estado de descontrole racional, mas significa empenho em favor do outro. O amor é sorriso, é alegria, são beijos, abraço, mas não só. O amor é perfume, mas é também remédio. E remédios nem sempre são agradáveis...
Ao guardarmos o mandamento de Jesus, ou seja, ao agirmos sempre por amor, construímos espaço para a presença de Deus em nós, a qual se reflete nos outros. A morada de Deus em nós não é um cofre ou uma prisão, mas um espaço aberto de partilha, comunhão, que nos faz viver em paz, sem temores no coração.
Pe. Claudiano A. dos Santos, SSP
TEXTO PUBLICADO NO FOLHETO “O DOMINGO”
6º DOMINGO DA PÁSCOA
MARCADO: LITURGIA
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Olá. Seja bem vindo (a)!!! Deixe seu comentário. Será bem legal.
Obrigada. Volte sempre!!!!!