5. PANORAMA GERAL DA CRISE ECOLÓGICA
Diante do avanço da industrialização e da urbanização, impõe-se nos esforço coletivo para salvar a vida no planeta. As ameaças vêm de todas as partes, desde as mais amplas até as bem localizadas. A mudança do clima, o efeito estufa e o aquecimento global afetam a totalidade do planeta terra. Como causa de tal fenômeno estão a emissão de dióxido de carbono, a desflorestação, a exploração dos bens da terra além de sua capacidade de regeneração, com conseqüente desgaste irrecuperável e ameaça de morte.
Daí surgem várias crises: climática, energética, alimentar, migratória, de valores, de emprego, de recursos não renováveis – além da recente pane econômica nos órgãos centrais das finanças mundiais. Cada uma delas merece uma reflexão.
As pessoas simples, sem ter acesso aos dados científicos, comentam nas ruas como o clima mudou. A previsibilidade de frio ou calor, de chuva ou seca, cedeu lugar a catástrofes imprevisíveis e gigantescas.
E por sobre as vantagens da energia elétrica paira a ameaça do apagão. A indústria se desenvolve à base de consumir essa energia, e sua escassez causa imediatamente paralisia na produção.
A necessidade de alimento digladia com a contradição. O agronegócio, que fatura alto e recebe incentivos dos governos, pensa menos na comida do povo do que em produzir ração para animais. Por sua vez, a pequena agricultura produz a maioria dos alimentos no país.
O problema migratório cresce, ao moverem-se as camadas populares e povos pobres em direção aos centros. No fundo, está o problema ecológico. Tratamos a terra como objeto de exploração, entregue à ganância dos mais fortes e poderosos à custa da fome de bilhões de pessoas. Mais uma vez, reina o desequilíbrio em desfavor dos pobres.
J. B. Libanio, sj
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