terça-feira, 7 de junho de 2016

Terças Missionárias “Palavras de Deus, vida e missão nas comunidades”

Caríssimos irmãos e irmãs em Cristo, paz.
Hoje vamos relatar um pouco sobre o que trata o capítulo 2 do Documento 100 da CNBB, Comunidade de comunidades.

                Nós cristãos encontramos no modelo de vida de Jesus e dos apóstolos a inspiração para sermos e vivermos em comunidade. A experiência familiar e comunitária marcou a constituição do Povo de Deus: Abraão, como o pai da grande nação; Isaac e Israel como os patriarcas das doze tribos; Moisés, como o libertador da escravidão; os profetas anunciam a vontade de Deus; e o exílio no Egito refere à saudade da Terra Prometida. Percebem como os povos daquela época já viviam em comunidade?

Jesus participava dos costumes de sua religião: ele rezava com o povo e ia aos sábados na sinagoga. Participava da vida comunitária de Israel e apoiava a experiência comunitária da vivência da fé. Jesus se apresentou como um servidor: “Vinde a mim todos os que estão cansados sob o peso do vosso fardo e eu vos darei descanso. Tomai sobre vós o meu jugo e sede discípulos meus, porque sou manso e humilde de coração” (Mt 11, 28-29). E valorizou os humildes: Eu te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos e as revelastes aos pequeninos” (Mt 11, 25).

Jesus ia ao encontro das pessoas, tinha um cuidado especial com os doentes e apresentava um caminho de vida nova. Não excluía ninguém. Através das parábolas comparava as coisas de Deus com o dia a dia das pessoas.
Sua própria vida era o testemunho do que ensinava.

Ele tinha a certeza da presença do Espírito de Deus em sua vida.
Valorizou a casa das famílias e a vivência em comunidade.
A comunidade de apóstolos e discípulos foi aprendendo com Jesus
 um novo jeito de viver, na oração em comum, na partilha dos bens, na amizade, na igualdade, no serviço, no perdão e na alegria. Jesus também apresentou quatro recomendações para a missão dos discípulos: a hospitalidade (levar a paz), a partilha, a comunhão da mesa e a acolhida aos excluídos.
Na manhã da Páscoa, a comunidade dos discípulos fez a experiência do encontro com Jesus ressuscitado. O Ressuscitado transmitiu aos apóstolos o Espírito Santo, para que se tornassem testemunhas do Evangelho. Então saíram os apóstolos e criaram comunidades, ensinando, partilhando os bens materiais, fortalecendo assim o entendimento do dízimo, e os bens espirituais. Esses elementos permitiam que a própria existência da comunidade fosse essencialmente missionária. Por meio da Eucaristia, a fé e a esperança vindas de Cristo são sustentadas. Os cristãos receberam o envio de Jesus: “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19). A comunidade cristã anuncia Jesus Cristo e acolhe novos membros que, pelo Batismo, tornam-se discípulos do Senhor, para testemunharem com palavras e gestos o Evangelho do Reino de Deus. A missão é sustentada especialmente por casais missionários e o carisma das mulheres é fundamental para entender a obra missionária. O Apóstolo Paulo emprega o conceito de Igreja Doméstica, indicando que as comunidades se reuniam na casa dos cristãos. A Igreja do Novo Testamento será chamada de ekklesia, o que significa comunidade reunida para ouvir a Palavra de Deus e celebrar a Ceia. A comunidade primitiva foi marcada pela experiência da presença viva do Espírito Santo, pois o Reino de Deus se revela na palavra e nas obras. Utiliza-se a ideia de Corpo de Cristo, do qual cada pessoa é membro.
O ser humano se forma nas relações que estabelece com a comunidade de fé.

Deus nos ajude a sermos missionários, continuadores da missão dos apóstolos, anunciadores e testemunhas do Evangelho de Cristo e da paz.

Tatiane Bittencourt 

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