terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Dia Litúrgico: 3 de Janeiro (Tempo do Natal)


Evangelho (Jn 1,29-34): No dia seguinte, João viu que Jesus vinha a seu encontro e disse: «Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo. É dele que eu falei: ‘Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque antes de mim ele já existia’! Eu também não o conhecia, mas vim batizar com água para que ele fosse manifestado a Israel”. João ainda testemunhou: «Eu vi o Espírito descer do céu, como pomba, e permanecer sobre ele. Pois eu não o conhecia, mas aquele que me enviou disse-me: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, é ele quem batiza com o Espírito Santo’. Eu vi, e por isso dou testemunho: ele é o Filho de Deus!».
Comentário: Rev. D. Antoni ORIOL i Tataret (Vic, Barcelona, Espanha)
«Eu vi, e por isso dou testemunho: ele é o Filho de Deus»
Hoje, esta passagem do Evangelho de São João imerge-nos plenamente na dimensão testemunhal que lhe é própria. Testemunha é a pessoa que comparece para declarar a identidade de alguém. Pois bem, João apresenta-se-nos como o profeta por excelência, que afirma a centralidade de Jesus. Vejamo-lo sob quatro pontos de vista.

Afirma-a, em primeiro lugar, como um vidente que exorta: «Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo» (Jo 1,29). Fá-lo, em segundo lugar, reiterando convictamente: «É dele que eu falei: ‘Depois de mim vem um homem que passou à minha frente, porque antes de mim ele já existia’ (Jo 1,30). Confirma-o consciente da missão que recebeu: «Vim batizar com água para que ele fosse manifestado a Israel” (Jo 1,31). E, finalmente, voltando à sua qualidade de vidente, afirma: ‘Aquele sobre quem vires o Espírito descer e permanecer, é ele quem batiza com o Espírito Santo’. Eu vi» (Jo 1,33-34).

Perante este testemunho, que conserva dentro da Igreja a mesma energia de há dois mil anos, perguntemo-nos, irmãos: —No meio de uma cultura laicista que nega o pecado, contemplo Jesus como Aquele que me salva do mal moral? —No meio de uma corrente de opinião que vê em Jesus somente um homem religioso extraordinário, creio nele como Aquele que existe desde sempre, antes de João, antes da criação do mundo? —No meio de um mundo desorientado por mil ideologias e opiniões, aceito Jesus como Aquele que dá sentido definitivo à minha vida? —No meio de uma civilização que marginaliza a fé, adoro Jesus como Aquele em Quem repousa plenamente o espírito de Deus?

E uma última pergunta: —O meu “sim” a Jesus é tão profundo que, como João, também eu proclamo aos que conheço e me rodeiam: «Dou-vos testemunho de que Jesus é o filho de Deus!»?

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