O Papa dedicou a Catequese desta quarta-feira, 28, a dois santos sacerdotes - São Leonardo Murialdo e São José Benedito Cottolengo -, na sequência de reflexões devido à proximidade do encerramento do Ano Sacerdotal.
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"O Senhor sempre coloca sinais em nosso caminho para guiar-nos, segundo a Sua vontade, ao nosso verdadeiro bem", afirmou o Pontífice, recordando as intervenções divinas que conduziram São Cottolengo a encontrar a missão que Deus lhe confiava.
Com relação à confiança desse santo na Divina Providência, o Papa disse: "Esteve sempre pronto a seguir e servir a Divina Providência, nunca questioná-la. Dizia: 'Sou um covarde e nem sequer sei o que estou fazendo. A Divina Providência, no entanto, sabe certamente o que deseja. A mim, cabe somente concordar. Avanti in Domino'".
Já a espiritualidade de São Murialdo teve como núcleo central a convicção do amor misericordioso de Deus:
"Ele sempre se considerou um homem agraciado por Deus misericordioso: por isso, viveu o sentido alegre da gratidão ao Senhor, a serena consciência do próprio limite, o desejo ardente de penitência, o empenho constante e generoso de conversão. Ele via toda a sua existência não apenas iluminada, guiada, apoiada por esse amor, mas continuamente imersa na infinita misericórdia de Deus. Escreve em seu Testamento espiritual: 'A tua misericórdia me envolve, ó Senhor ... Como Deus está sempre em toda a parte, assim está sempre em toda a parte o amor, está sempre em toda a parte a misericórdia'".
A propósito do sacerdócio, Murialdo viveu sua vocação como dom gratuito da misericórdia de Deus, com sentimentos de alegria e gratidão.
"Sublinhando a grandeza da missão do sacerdote, que deve 'continuar a obra da redenção, a grande obra de Jesus Cristo, a obra do Salvador do mundo', isto é, aquele de 'salvar almas', São Leonardo recordava sempre a si mesmo e aos irmãos a responsabilidade de uma vida coerente com o sacramento recebido. Amor de Deus e amor a Deus: foi essa a força de seu caminho de santidade, a lei de seu sacerdócio, o significado mais profundo do seu apostolado entre os jovens pobres e a fonte da sua oração", disse o Santo Padre.
Por fim, Bento XVI ressaltou que os dois santos viveram a entrega total da vida aos mais necessitados "encontrando sempre as raízes profundas, a fonte inesgotável da própria ação no relacionamento com Deus, atraídos por seu amor, na profunda convicção de que não é possível exercitar a caridade sem viver em Cristo a na Igreja. A sua intercessão e seu exemplo continuam a iluminar o ministério de muitos sacerdotes que se gastam generosamente por Deus e pelo rebanho a eles confiado, e ajudam cada um a doar-se com alegria e generosidade a Deus e ao próximo".
FONTE: CANÇÃO NOVA
MARCADOR: PAPA BENTO XVI
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